Interpretação de 2 Reis 8

Interpretação de 2 Reis 8

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2 Reis 8


i) O Interesse do Rei por Eliseu. 8:1-16. Apesar do grande interesse que o rei revelou ter por Eliseu, demonstrado por este incidente, ainda assim não abandonou os seus pecados; pois o parágrafo seguinte (vs. 7-15) indica que o juízo estava para vir.
1. Falou Eliseu, serve de introdução ao que se segue. O momento exato do incidente é indeterminado. Levanta-te. A advertência de Eliseu foi mais um testemunho do cuidado de Deus por aqueles que nEle confiam. Evidentemente a mulher agora já enviuvara, pois Eliseu havia solicitado que ela partisse e foi ela que “clamou” pela restauração de suas propriedades quando retomou.
3. Quando a mulher retornou, encontrou outras pessoas morando em suas propriedades.
4. Conta-me. O rei queria conhecer os atos menos notórios da vida de Eliseu.
5. A mulher entrou – pela providência divina.
6. Faze restituir-lhe. O rei ficou impressionado com a história da ressurreição do seu filho. Ele lhe deu mais do que ela pediu. Este rei poderia ter sido Acazias ou Jorão, ambos reis que “fizeram o que era mau” (I Reis 22: 51, 52; II Reis 3:1, 2).


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j) Hazael Usurpa o Trono de Ben-Hadade. 8:7-15.
7. O homem de Deus é chegado aqui. Eliseu era bem conhecido na Síria. A predição de I Reis 19:15 aguardava até agora para a sua realização. A mudança de reis na Síria fora de menos importância para Elias do que a destruição do Baalismo, contra o qual ele agiu imediatamente. Agora, a visita de Eliseu aponta para o juízo por vir sobre Israel, por intermédio de Hazael, porque ela persistia em seu caminho pecaminoso (veja I Reis 19: 17; II Reis 8:12). A subida de Hazael ao trono foi narrada para completar o quadro.
9. Quarenta camelos carregados indicam um presente costumeiro feito pelos povos pagãos aos seus deuses quando desejavam receber um oráculo.
10. Certamente sararás. Traduza: “Vá e lhe diga (como você pretende fazer): ‘Certamente sararás’; contudo, o Senhor me revelou que ele certamente morrerá (por sua mão)”.
11. (Hazael) ficou embaraçado. Conhecendo o coração de Hazael, Eliseu fitou-o com seriedade até que os pensamentos do sírio foram revelados através de seu acanhamento. E chorou o homem de Deus. Ele previu que crueldades Hazael descarregaria sobre Israel (II Reis 10: 32; 13:3, 4, 22) apesar de seus protestos de humildade - “este cão” e sua negativa - “não pense que eu quero ser rei” (8:13) - tão prontamente apresentados. Eliseu só repetiu o fato de que Hazael seria rei.
15. Estendeu sobre o rosto do rei. Hazael sufocou o rei para que a morte parecesse natural. Depois usurpou o trono e assim cumpriu as palavras de Eliseu e sua própria ambição. Salmaneser III (860-825A.C.), da Assíria, diz dele: “Hazael, filho de ninguém, apossou-se do trono” (Davi D. Luckenbul, Ancient Records of Assyria and Babylonia, Vol. I, Sec. 681). Em outras palavras, Hazael não era de linhagem real.

10) Reinados de Jeorão e Acazias em Judá. 8:16-29. A breve história de Jeorão e Acazias está incluída para mostrar como o culto a Baal e os pecados conseqüentes entraram em Judá.
16. No ano quinto . . . começou a reinar Jeorão, filho de Josafá (cons. II Reis 3:1). Jeorão começou uma co-regência com seu pai (veja Thiele, op. cit., págs. 54, 65).
18. Porque a filha deste (Acabe) era sua mulher. Ela foi a fonte dos pecados de Jeorão. Atalia introduziu o culto a Baal em Judá, o que acelerou a derrocada da nação e foi o fator principal de sua ruína (II Cr. 21: 5-7).
19, 20. Porém o Senhor não quis destruir . . . Nos dias de Jeorão. Embora Judá mergulhasse profundamente no pecado, nem a dinastia nem o reino veriam o seu fim tão logo. Contudo, Judá pagaria caro com a perda de principados antes submissos, tais como Edom (vs. 20-22a) e Libna (v. 22b).
21. Zair. Provavelmente deve ser lido Seir. Isto é, Edom. (Veja v. 21 com referência à região da campanha para apoiar a tradução de Seir).
22b. Libna, que ficava perto da Filístia, foi possivelmente incitada pelos filisteus (cons. II Cr. 21:16). O pecado provoca perdas incalculáveis.
25. Começou a reinar Amazias. Em 842 A.C. (veja Thiele, op. cit., págs. 63, 64).
26, 27. Sua mãe chamava-se Atalia. Ele andou no caminho . . . de Acabe. Atalia passou os pecados de Acabe para Acazias. “As más companhias corrompem os bons costumes”. Ela era a bisneta (descendente), não filha de Onri; um tributo a Onri. Em II Crônicas 21 o nome de Acazias é Jeoacaz, mas é o mesmo nome. Acaz é a parte verbal do nome, ao qual foi colocado como prefixo o nome divino Jah, que se pronuncia Jeo e ias é uma terminação. A ascensão de Acazias marcou um momento crítico em Judá, do qual ela nunca mais se recuperou.
28. Foi com Jorão. Eis aí a causa imediata que provocou a morte de Acazias (cons. 9:16), a qual veio como um juízo sobre a “casa de Acabe”.