João 13 — Comentário Devocional

João 13

Título: A Liderança Serva de Jesus e a Última Ceia.

Introdução:
O capítulo 13 de João é um capítulo central no Evangelho de João, pois contém o relato de Jesus lavando os pés dos discípulos, simbolizando Sua liderança servil e a instituição da Ceia do Senhor.

Seção 1: A Lavagem dos Pés dos Discípulos (João 13:1-17)
O capítulo começa com Jesus e Seus discípulos reunidos para a ceia pascal. Durante a refeição, Jesus assume o papel de servo lavando os pés dos discípulos, incluindo Judas Iscariotes, que mais tarde O trairia. Jesus explica que Ele está dando um exemplo de serviço humilde para Seus discípulos e os instrui a fazerem o mesmo uns pelos outros.

Seção 2: Predição da Traição de Jesus (João 13:18-30)
Durante a refeição, Jesus prediz Sua traição, indicando que um de Seus discípulos O trairá. Judas sai da reunião para cumprir sua traição, e Jesus diz aos discípulos restantes que Ele só estará com eles por mais um pouco.

Seção 3: Um Novo Mandamento (João 13:31-35)
Jesus prediz Sua partida iminente e enfatiza a importância do amor entre Seus seguidores. Ele lhes dá um “novo mandamento”: amar uns aos outros como Ele os amou. Jesus afirma que este amor será uma marca distintiva dos Seus discípulos e um testemunho para o mundo.

Seção 4: Predita a negação de Pedro (João 13:36-38)
Pedro, preocupado com a partida de Jesus, pergunta para onde Ele vai. Jesus explica que Pedro O negará três vezes antes que o galo cante.

João capítulo 13 mostra a humildade e a liderança servil de Jesus enquanto Ele lava os pés de Seus discípulos, dando um exemplo de amor e serviço. Também destaca Sua previsão de traição e negação. O capítulo culmina com o mandamento de Jesus de amar uns aos outros, enfatizando a importância do amor como característica central de Seus seguidores. Este capítulo serve como um prelúdio aos acontecimentos da crucificação de Jesus e ao Seu último ato de amor e sacrifício pela humanidade, que é comemorado na Ceia do Senhor. Desafia-nos a seguir o exemplo de Jesus de serviço humilde e amor altruísta uns pelos outros como um reflexo dos Seus ensinamentos e a marca do verdadeiro discipulado.

Devocional

13.1 Jesus sabia que seria traído por um de seus discípulos, negado por outro e abandonado por todos eles por um tempo. Todavia, “Como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim”. Deus nos conhece completamente, assim como Jesus conhecia os seus discípulos (2.24, 25; 6.64). Ele sabe dos pecados que cometemos e aqueles que ainda come teremos. Entretanto, mesmo assim Ele nos ama. Como você responde a este tipo de amor?

13.1ss Nos caps. 13-17 deste Evangelho, somos informados sobre o que Jesus disse aos seus discípulos na noite anterior à sua morte. Todas as palavras do Mestre foram ditas em uma noite quando, tendo somente os discípulos como seus ouvintes, o Senhor lhes deu instruções finais com o propósito de prepará-los para sua morte e ressurreição, acontecimentos que mudariam a vida daqueles homens para sempre.

13.1-3 Para mais informações sobre Judas Iscariotes, veja seu perfil em Marcos.

13.1-17 Jesus foi o exemplo de servo, e demonstrou sua atitude servil a seus discípulos. Lavar os pés dos convidados era um serviço que o criado da casa deveria realizar, quando os convidados chegassem. Mas Jesus cingiu-se com uma toalha, como os escravos mais humildes deveriam fazer, e lavou e enxugou os pés de seus discípulos. Se Ele, que era o Deus encarnado, estava disposto a servir, nós, os seus seguidores, também devemos ser servos dispostos a trabalhar de maneira que o glorifique. Você está disposto a seguir o exemplo de Cristo sobre servir? A quem você pode servir hoje? Há uma bênção especial para aqueles que não apenas concordam que o serviço humilde faz parte dos ensinamentos de Cristo, mas que também seguem Jesus e praticam as mesmas obras que Ele (13.17).

13.6, 7 Coloque-se por alguns instantes no lugar de Pedro; ele viu Jesus lavar os pés dos outros discípulos e aproximar-se cada vez mais dele. Ver seu Mestre se comportar como um es cravo deve ter confundido Pedro. Ele ainda não entendia a lição de Jesus que dizia que, para ser um líder, uma pessoa deveria ser um servo. Este não é um ensino confortável para os líderes que consideram difícil servir as pessoas que ocupam posições inferiores às deles. Como você trata aqueles que trabalham ou vivem sob seu comando (crianças, empregados ou voluntários)?

13.12ss Jesus não lavou os pês dos discípulos somente para ser gentil com cada um deles. Seu objetivo maior era estender sua missão na terra depois de sua partida. Estes homens deveriam ir a todas as partes do mundo para servir a Deus. ajudando uns aos outros e a todas as pessoas a quem levassem a mensagem da salvação.

13.22 Não era óbvio que Judas fosse o traidor, afinal ele foi o discípulo a quem Jesus confiou os recursos financeiros do grupo (12.6; 13.29).

13.26 Era um costume frequente durante as refeições que o convidado de honra fosse tratado desse modo.

13.27 A participação de Satanás na traição de Jesus não tira qualquer responsabilidade de Judas. Desiludido por Jesus falar a respeito de morte em vez de estabelecer um reino terreno, tal vez Judas tenha sido tentado a forçar Jesus a usar o seu poder para provar que era o Messias. Mas também é possível que Judas não tenha entendido a missão de Jesus e não cresse que Fie era escolhido de Deus. Qualquer que tenha sido a motivação de Judas para trair Jesus, podemos admitir que Satanás tenha considerado que a morte de Jesus poria fim à sua missão e frustraria os planos de Deus. É provável que, como Judas, Satanás não soubesse que a morte de Jesus era a parte mais importante do plano de Deus em todos os tempos.

13.27-38 João descreveu esses breves momentos com detalhes. Percebemos que Jesus sabia exatamente o que aconteceria. Tinha certeza sobre o que Judas e Pedro fariam, mas não interveio na situação e não deixou de amá-los. Da mesma maneira, Jesus sabe exatamente o que faremos e o que o ferirá. Contudo, ainda nos ama incondicionalmente e nos perdoará sempre que lhe pedirmos que o faça. Judas não podia entender isto, por esta razão, sua vida terminou tragicamente. Pedro entendeu e, apesar de suas falhas, triunfou, porque nunca deixou de crer naquele que o amou.

13.34 Amar o próximo não era um novo mandamento (ver Lv 19.18), mas amar os semelhantes, assim como Cristo os amou, era um mandamento revolucionário. Agora devemos amar aos outros baseando-nos no amor sacrificial de Jesus por nós. Tal amor não apenas levara os incrédulos a Cristo; também manterá os cristãos fortes e unidos em um mundo que é hostil a Deus Jesus foi um exemplo vivo do amor de Deus, e nós devemos ser exemplos vivos do amor de Jesus!

13.34, 35 Jesus disse que nosso amor cristão mostrará que somos seus discípulos. As pessoas veem dissensões, ciúme e divisão em nossa igreja ou reconhecem-nos como seguidores de Jesus pelo amor que demonstramos uns aos outros?

13.35 O amor é mais do que simplesmente um sentimento afetuoso; é uma atitude. Como podemos amar os outros como Jesus nos amou? Ajudando o próximo, mesmo quando não nos for conveniente: dando, mesmo quando formos feridos; dedicando nossos esforços ao bem-estar dos outros, ao invés do nosso; compartilhando a dor dos semelhantes sem reclamar ou vingar-se. Este tipo de amor é difícil de praticar. É por isso que as pessoas nos notam quando o fazemos e sabem que somos capacitados por uma Fonte sobrenatural. A Bíblia Sagrada contém outra bela descrição do amor em 1 Coríntios 13.

13.37, 38 Pedro orgulhosamente disse a Jesus que estava pronto para morrer por Ele. Mas Jesus o corrigiu, pois sabia que, naquela mesma noite, para proteger-se, Pedro negaria que o conhecia (18.15-18, 25-27). Em nosso entusiasmo, é fácil fazer promessas, mas Deus conhece a extensão do nosso compromisso. Paulo recomendou que não pensemos em nós mesmos mais do que devemos (Rm 12.3). Em vez de gabar-se, demonstre o seu compromisso a medida que você crescer no conhecimento da Palavra de Deus e na fé.

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