Evangelho de João — Final do Segundo Século

1. No final do 2 século:

A evidência externa é a seguinte: No final do 2º século, a igreja estava já em posse dos quatro Evangelhos, que foram utilizados como livros sagrados, que eram lidos nas igrejas, em adoração pública, realizada em honra como autênticos, e tratadas como parte do cânone da Escritura (ver Evangelhos). Um deles foi o Quarto Evangelho, universalmente atribuído ao apóstolo João como o seu autor. Temos as provas sobre este ponto por Ireneu, Tertuliano, Clemente de Alexandria, um pouco mais tarde do que Orígenes. Clemente é o testemunho da fé e prática da Igreja no Egito e sua vizinhança; Tertuliano para a Igreja na África, e Irineu, que foi criado na Ásia Menor, foi um professor em Roma, e foi bispo de Lyon na Gália, pelas igrejas nestas terras. A crença era tão inquestionável, que Ireneu poderia dar motivos para se crer na autenticidade para qualquer um que não tivesse convicção da autoria do mesmo. Para as provas do relato de Ireneu, Tertuliano e Clemente no terreno do desejo de encontrar a autoria apostólica para os seus livros sagrados, não é argumento, mas simples afirmação. Pode ter sido essa a tendência, mas no caso dos quatro Evangelhos, não há prova de que não havia necessidade para tal coisa, no final do 2 século. Pois existe prova da crença na autoria apostólica dos Evangelhos por dois apóstolos, e de dois companheiros dos apóstolos, como uma realidade existente nas igrejas muito antes do final do século II.



Fonte: International Standard Bible Encyclopedia