Comentário de John Gill: João 2:15-16

comentário do evangelho de joão 2:15 - E quando ele fez um chicote de cordas,… Quer dizer, Jesus, como a versão de Persa expressa. Este açoite poderia ser feito de qualquer corte de correias das peles de bestas mortas em sacrifício; ou das cordas, com que os donos do gado tinham os trazido para este lugar; ou com que eles tinham os firmado. E parece ser feito, e usado, não apenas com terror, ou para intimidar estas pessoas, os violadores do lugar santo, que mereciam o açoite de ira divina e castigo; como também para mostrar o poder milagroso de Cristo expulsando vários homens, usando tão pequena e insignificante arma; porque a frase é diminuta. A razão dada por Dr. Lightfoot, e outros, do por que o Cristo fez uso de um chicote, ou açoite, é porque estava ao contrário de um cânon judeu[1] entrar na montanha da casa, ou templo, com um cajado na mão; e ainda havia o homem da montanha da casa, ou o mestre dela, que costuma andar em volta com tochas, se ele achasse um Levita adormecido,[2] o golpeava במקלו, com o seu cajado, e tinha o poder para queimar as roupas dele.

Ele os expulsou do templo;… Ou seja, ele expulsou “os homens”, como a versão Persa lê; os mercadores, os vendedores de novilho, e pombas e cambistas: “e as ovelhas, e novilho” da mesma forma; a versão Persa acrescenta “pombas”; mas essas são depois mencionadas:

E derramou o dinheiro dos cambistas;… Das mesas, dos novilhos, ou pratos, e os locais onde se guardava o dinheiro:

E virou as mesas;… Onde eles ficavam sentados, e onde eles contavam o dinheiro.

2:16 - E ele disse aos que vendiam pombas,... Porque como estes eram mantidos em gaiolas, eles não puderam ser expulsos, como as ovelhas e bois, nem poderiam lhes deixar sair, e voar, sem a perda dos donos: e então o Cristo disse a eles

Tirais estas coisas daqui;... Não apenas as pombas; mas as gaiolas, as bolsas, em onde eles colocavam tudo junto:

Parai de fazer da casa do meu Pai uma casa de negócio;... Assim ele chama o templo que foi construído como uma casa para Deus e onde Ele tinha a sua residência; onde era o símbolo da sua presença; onde a adoração Dele foi mantida, e sacrifícios oferecidos a Ele: e ele afirma que Deus, cuja casa era esta, era o seu Pai, e ele era o Seu filho, como nenhum dos profetas foi antes feito; e em tal sentido nem homens nem anjos são; e que leva nisto uma razão do porque ele estava tão preocupado com a honra de Deus, e se ressentiu tanto com a profanação da casa Dele; porque Ele era o seu Pai. Uma igual ação feita por Cristo em outro momento, é registrado em Mat. 21:12. Isso foi no começo do seu ministério, a última que ele expressou com mais calor e severidade do que esta: aqui ele só os acusa de fazer da casa do seu Pai uma casa de mercadoria, mas lá de fazer dela uma guarida de ladrões; visto que eles não só tinham desprezado, e menosprezavam a primeira reprovação dele, mas tinham voltado aos seus modos maus, e cresceram para pior e sendo mais audaciosos. Este exemplo de Cristo entrando no templo como um ministro público, e que foi a primeira vez da sua entrada no templo, era uma realização adicional de Mal. 3:1, porque ele entrou nele, como o Senhor e Proprietário dela; e o qual esta ação sua, expulsando os comerciantes, com o gado deles, mostra um exemplo surpreendente do seu poder divino; e é igual a outros milagres seus, que uma única pessoa, um estranho, de nenhum poder e autoridade no governo, sem auxílio e desarmado, com apenas um açoite de cordas pequeno, deveria levar tal temor e majestade com ele, e injetar tal terror neles, que estavam vendendo coisas para usos religiosos, e foi apoiado pelos sacerdotes e os membros do Sinédrio da nação.


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Notas
[1] Misn. Beracot, c. 9. seç. 5.
[2] Misn. Middot, c. 1. seç. 2.