Fundo Histórico do Livro de Filemom

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Filemom era um cristão abastado que conheceu a Jesus Cristo por meio de Paulo (v. 19). Na sua casa se reunia uma igreja (v. 2). De acordo com Colossenses 4.9, Filemom morava em Colossos.

O seu escravo Onésimo tinha fugido. Se fosse pego novamente e devolvido ao seu senhor, teria de contar com punição severa. Isso poderia significar tanto chicotadas quanto a crucificação. O dono tinha a liberdade para escolher a forma do castigo, pois, de acordo com a opinião das pessoas na antiguidade, um escravo não era gente, mas um objeto pelo qual se tinha pago uma quantia em dinheiro.

Onésimo passou a crer em Jesus Cristo por meio do apóstolo Paulo, e precisa agora sofrer as conseqüências de ter transgredido a lei. Paulo não fica com ele, mas o envia de volta ao seu dono, lembrando-o, no entanto, de que o seu escravo agora também é o seu irmão em Jesus. O escravo e o senhor pertencem um ao outro por meio de Jesus Cristo (cf. Gl 3.28). Por isso Filemom já não pode agir com Onésimo conforme prevê o direito romano. No mínimo, precisa recebê-lo como irmão e membro da igreja que se reúne na sua casa. Melhor mesmo seria libertá-lo e colocá-lo à disposição de Paulo como seu colaborador.

Surpreende-nos o fato de que Paulo não trata essa questão tão séria com uma linguagem mais série e dura, mas com muito humor. O humor é quase perceptível no olhar de Paulo enquanto está ditando a carta. Provavelmente Filemom de fato libertou o seu escravo Onésimo, pois na sua carta aos Efésios, Inácio menciona três vezes o bispo Onésimo de Éfeso.1 Será que não era o escravo Onésimo mencionado por Paulo nessa carta?