A Pregação Apóstolica

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Jesus surgiu proclamando que o Reino de Deus estava próximo. Não afirmou abertamente ser o Messias, mas aceitou o título quando este Lhe foi conferido por Seus discípulos, e foi crucificado nesse fundamento. Para a mente judia um Messias crucificado era algo inconcebível, e a própria crucificação foi considerada como suficiente para anular todas as Suas reivindicações. Até mesmo os discípulos, que O haviam confessado como o Cristo, ficaram abalados, e somente Sua ressurreição lhes pôde restaurar a fé. Então entenderam que Jesus aceitara a cruz por ser aquela a vontade de Deus, e então descobriram, nas Escrituras, evidências de que ao Messias competia sofrer. Por conseguinte, a cruz fazia parte do determinado desígnio e presciência de Deus. Nenhum homem sentiu com maior agudeza a ofensa da cruz que o apóstolo Paulo, talvez até mesmo depois de receber a visão do Senhor ressurreto: mas justamente por esse motivo se gloriava ele na mensagem de Cristo crucificado. Aquele foi o ato da incrível misericórdia de Deus, pelo qual reconciliava homens pecaminosos consigo mesmo. A crucificação não significou que a proclamação do Reino fora inútil. Pelo contrário, abriu o Reino para todos os crentes.

Apesar de todas as riquezas e da individualidade do pensamento do apóstolo Paulo, apesar de toda a sua insistência sobre o fato que recebera a verdade por direta revelação divina, o âmago central de sua pregação corresponde exatamente aos discursos dos primeiros capítulos do livro de Atos. Conforme os profetas predisseram, Jesus de Nazaré, da descendência de Davi, foi enviado por Deus. Foi crucificado pelos judeus por autoridade de Pôncio Pilatos, e morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras. Mas ressuscitou dentre os mortos ao terceiro dia, e acha-se exaltado à mão direita de Deus, de onde retornará para julgar a humanidade e inaugurar seu Reino Visível. A todos quantos se arrependam e confiem, é prometida a remissão de pecados, o dom do Espírito Santo e a vida eterna. Esses são os fatos do Evangelho, o Evangelho pregado por todos os apóstolos, que logo haveria de tomar forma de confissão no Credo dos Apóstolos.