1 Coríntios - Inspirado e Proveitoso

gênesis, livro de gênesis, estudos bíblicosEsta carta do apóstolo Paulo é de muito proveito, pois nos faz compreender melhor as Escrituras Hebraicas, que ele cita muitas vezes. No capítulo dez, Paulo frisa que os israelitas, sob a direção de Moisés, beberam da rocha espiritual, que representava a Cristo. (1 Cor. 10:4; Núm. 20:11) Em seguida, ele passa a mostrar as terríveis consequências do desejo de coisas prejudiciais, como atesta o caso dos israelitas, sob a direção de Moisés, e acrescenta: “Ora, estas coisas lhes aconteciam como exemplos e foram escritas como aviso para nós, para quem já chegaram os fins dos sistemas de coisas.” Jamais sejamos auto-confiantes, pensando que não podemos cair! (1 Cor. 10:11, 12; Núm. 14:2; 21:5; 25:9) De novo ele usa uma ilustração da Lei. Refere-se aos sacrifícios de comunhão oferecidos em Israel, a fim de mostrar que os que participam da Refeição Noturna do Senhor devem fazer isso de modo digno da mesa do Senhor. Daí, para confirmar seu argumento de que é correto comer tudo o que se vende no açougue, ele cita Salmo 24:1, dizendo: “A Yehowah pertence a terra e o que a enche.” — 1 Cor. 10:18, 21, 26; Êxo. 32:6; Lev. 7:11-15.

Mostrando a superioridade das “coisas que Deus tem preparado para os que o amam” e a futilidade dos “raciocínios dos sábios” deste mundo, Paulo de novo cita das Escrituras Hebraicas. (1 Cor. 2:9; 3:20; Isa. 64:4; Sal. 94:11) Nas suas instruções, no capítulo 5, sobre desassociar o malfeitor, ele cita como autoridade a lei de Yehowah que diz “Tens de eliminar o mal do teu meio”. (Deut. 17:7) Quando Paulo diz que teria direito de viver por meio do ministério, cita de novo a Lei de Moisés, que prescrevia que os animais não deviam ser açaimados quando estivessem trabalhando, impedindo-os de comer, e que os levitas que serviam no templo deviam receber do altar a sua porção. — 1 Cor. 9:8-14; Deut. 25:4; 18:1.

Quantos benefícios recebemos em forma de instruções inspiradas encerradas na primeira carta de Paulo aos cristãos coríntios! Medite nos conselhos dados para nos precaver das divisões e de seguir a homens. (Capítulos 1-4) Lembre-se do caso de imoralidade e de como Paulo sublinhou a necessidade da virtude e da pureza que devem existir na congregação. (Capítulos 5, 6) Considere os seus conselhos inspirados sobre ficar sem se casar, sobre casamento e separação. (Capítulo 7) Pense em como o apóstolo tratou a questão dos alimentos oferecidos a ídolos, e com que força sublinhou a necessidade de nos resguardarmos de fazer outros tropeçar e cair na idolatria. (Capítulos 8-10) Os conselhos sobre a sujeição correta, a consideração sobre os dons espirituais, a bem prática consideração sobre a excelência da qualidade duradoura do amor que nunca falha — estas coisas também são analisadas. E quão bem o apóstolo acentuou a necessidade de ordem nas reuniões cristãs! (Capítulos 11-14) Que maravilhosa defesa da ressurreição escreveu ele sob inspiração! (Capítulo 15) Tudo isto e muito mais passou diante dos olhos da mente — e é tão valioso para os cristãos hoje em dia!

Esta carta aumenta notavelmente o nosso entendimento do glorioso tema da Bíblia, a saber, o Reino de Deus. Dá forte aviso de que os injustos não entrarão no Reino, e alista muitas das práticas corruptas que desqualificam uma pessoa. (1 Cor. 6:9, 10) Mas é de máxima importância a explicação que ela fornece a respeito da relação existente entre a ressurreição e o Reino de Deus. Mostra que Cristo, “as primícias” da ressurreição, tem de “reinar até que Deus lhe tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés”. Daí, quando tiver exterminado a todos os inimigos, incluindo a morte, ele ‘entregará o reino ao seu Deus e Pai, para que Deus seja todas as coisas para com todos’. Por fim, em cumprimento da promessa do Reino feita no Éden, o completo esmagamento da cabeça da Serpente será efetuado por Cristo, junto com Seus ressuscitados irmãos espirituais. É, deveras, grandiosa a perspectiva da ressurreição dos que hão de participar da incorruptibilidade com Cristo Jesus no Reino celestial. É com base na esperança da ressurreição que Paulo admoesta: “Consequentemente, meus amados irmãos, tornai-vos constantes, inabaláveis, tendo sempre bastante para fazer na obra do Senhor, sabendo que o vosso labor não é em vão em conexão com o Senhor.” — 1 Cor. 15:20-28, 58; Gên. 3:15; Rom. 16:20.