Introdução ao Livro de Deuteronômio
O discurso de Moisés 1.1—4.43
O segundo discurso de Moisés
4.44—28.68
O terceiro discurso de Moisés caps.
29—30
Os últimos conselhos de Moisés
caps. 31—32
A bênção de Moisés cap. 33
A morte de Moisés cap. 34
INTRODUÇÃO
Deuteronômio é o nome deste livro na antiga versão
grega chamada de Septuaginta. A palavra “Deuteronômio” quer dizer “segunda lei”
e vem da tradução grega de uma expressão que, no original hebraico, quer dizer
“cópia da Lei” (ver 17.18, n.).
Neste livro estão os discursos que Moisés fez
quando o povo de Israel estava no território de Moabe, no lado leste do rio
Jordão, pronto para entrar na Terra Prometida, depois da longa caminhada de
quarenta anos pelo deserto.
1. CONTEÚDO
Nos seus discursos ao povo de Israel, Moisés faz
com que o povo se lembre de como Deus os tinha livrado da escravidão no Egito e
de como os tinha levado pelo deserto, durante quarenta anos, para a Terra
Prometida. Deus havia cuidado deles, e não lhes havia faltado comida ou roupa
durante aqueles quarenta anos.
Moisés manda o povo obedecer a Deus e cumprir a sua
parte da aliança que Deus havia feito com eles. Também avisa que serão
castigados se forem desobedientes. Moisés entrega novamente os dez mandamentos
(5.1-22; Êx 20.1-17) e fala sobre a importância do primeiro mandamento, que
ordena que o povo de Israel adore somente o Senhor,
o Deus dos seus antepassados. Moisés também chama a atenção do povo para as
outras leis que devem governar a vida dos israelitas. Israel será uma
teocracia, isto é, um povo que tem Deus como o seu rei.
Finalmente, Moisés escolhe Josué para ficar no seu
lugar e, obedecendo à ordem de Deus, sobe o monte Pisga, de onde vê a terra de
Canaã no outro lado do rio Jordão. Ali, no monte, morre Moisés, o maior de
todos os profetas de Israel.
A passagem-chave do livro se encontra em 6.5. Ali
está o mandamento que Jesus considerou o mais importante de todos: “Amem o Senhor, nosso Deus, com todo o coração,
com toda a alma e com todas as forças.”
2. MENSAGEM
2.1. Deuteronômio é o livro
(31.24-26; Js 1.7-8) no qual está escrita toda a Lei de Deus (4.44-45;
17.18-19; 28.58-61; 29.20-21; 30.10; 31.9-13; 32.46), da qual nada deve ser
tirado e à qual nada deve ser acrescentado (4.2; 12.32).
2.2. O Senhor faz uma aliança com o povo de Israel, o que quer
dizer que ele será o Deus deles e eles serão o seu povo. Eles prometem obedecer
às leis e aos mandamentos que Deus lhes deu por meio de Moisés (26.16-17;
27.9-10), e Deus promete abençoá-los (28.1-14).
2.3. Na Terra Prometida, Deus
escolherá um único lugar de adoração. O Senhor
é um, é o único Deus e precisa ser adorado num só lugar. Ali, serão oferecidos
os sacrifícios (12.5-7,11-14,18,26-28; 14.23-24; 26.2), e ali os israelitas se
reunirão para comemorar as três grandes Festas (16.2,6,11,15-16).
2.4. Moisés apela ao povo de
Israel para que nunca se esqueçam de que foram escravos no Egito, que sempre se
lembrem das promessas de Deus e das grandes coisas que ele fez a favor deles
(5.15; 7.18-19; 8.2,18; 11.3-7; 15.15; 24.9,18,22). Eles precisam se lembrar de
que Deus os ama não porque são um povo grande e famoso, mas porque ele quer que
pertençam exclusivamente a ele (4.37; 7.7-8; 10.15). O povo de Deus nunca deve
se esquecer do amor de Deus.