Comentário de A.T Robertson: João 3:1-2

3:1 - Agora (Gr.: de). Bem frequente em João é a palavra de, que é explanatória e transicional, não adversativa. Nicodemos é um exemplo do conhecimento de Cristo sobre os homens (João 2:25) e alguém a quem se confiava, diferentemente daqueles em João 2:24. Como um Fariseu, “ele pertencia a esse partido, que com toda a sua intolerância continha um sal de patriotismo verdadeiro e poderia produzir tais homens cultos e importantes como Gamalieu e Paulo” (Marcus Dods).

Chamado Nicodemos (Gr.: Nikodemos onoma). A mesma construção em João 1:6, “Nicodemós nome a ele.” Assim em Ap 6:8. É um nome grego e ocorre em Josefo (Ant. XIV. iii. 2) como um nome de um embaixados de Aristobulo e Pompeu Apenas em João no N.T. (Aqui e em João 7:50; 19:39). Ele era um fariseu, um membro do Sinédrio, e rico. Não nenhuma evidência de que ele era o jovem governante rico de Luc 18:18 por causa do archon (governador) aqui.

3:2 - O mesmo (Gr.: houtos). “Esse mesmo.”

De noite (Gr.: nuktos). Genitivo de tempo. Que ele veio sozinho é notável, não porque havia perigo, como era verdade em periodos tardios, mas por causa de sua própria prominiência. Ele desejava evitar comentários por outros membros do sinédrio e outros. Jesus já tinha provocado a oposição dos eclesiásticos por assumir sua autoridade messiânica sobre o templo. Não há qualquer razão para atribuir esse incidente a qualquer periodo tardio, pois isso se encaixa perfeitamente aqui. Jesus já estava aos olhos do público (João 2:23) e o interesse de Nicodemos era verdadeiro e ainda assim agiu com cautela.

Rabi (Gr.: Rabbei). Veja nota em João 1:38. Tecnicamente, Jesus não era reconhecido como um Rabi das escolas, mas Nicodemos, de fato, o reconhece como tal e assim o chama “Meu Mestre” assim como André e João fizeram (João 1:38). Foi um longo passo para Nicodemos tomar como um Fariseu, pois os Fariseus tinham escrutinado de perto as credenciais de João Batista João 1:19-24 (Milligan and Moulton’s Comm.).

Sabemos (Gr.: oidamen). Segundo perfeito indicativo da primeira pessoa do plural. Ele parece falar em nome de outros de sua classe, assim como fez o homem cego João 9:31. Westcott acha que Nicodemos foi influenciado, em parte, pela relato da comissão enviado a João Batista (João 1:19-27).

Que és um instrutor vindo de Deus (Gr.: apo theou eleluthas didaskalos). “Tens vindo de Deus como um professor.” Segundo perfeito ativo indicativo de erchomai e predicativo nominativo de didaskalos. Essa é a explicação de Nicodemos de vir até Jesus, obscuro camponês galileu como ele parecia, evidencia que satisfez um dos líderes dos Fariseus.

Pode fazer (Gr.: dunatai poiein). “Pode continuar fazer” (presente ativo infinitivo de poieo e assim linear).

Esses sinais que fazes (Gr.: tauta ta semeia ha su poieis). Aqueles mencionados em João 2:23 que convenceu tantos na multidão e que agora apareceu a um erudito. Note su (tu) como bem fora do comum. O desprezo de Jesus por parte dos Fariseus impediu muitos até o final (João 12:42), mas Nicodemos se atreve a sentir-se desse forma.

A menos que Deus esteja com ele (Gr.: ean me ei ho theos met' autou). Condição da terceira class, apresentado como probabilidade, mas como um um fato definido. Ele queria saber mais do ensino creditado então por Deus. Jesus sai fazendo o bem porque Deus estava com ele, pedro disse: (Atos 10:38).


Fonte: The Robertson's Word Pictures of the New Testament de Archibald Thomas Robertson. Copyright © Broadman Press 1932,33, Renewal 1960. Todos os direitos reservados. (Southern Baptist Sunday School Board)