Ana — “Não Há Rocha Igual ao Nosso Deus”

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Na manhã seguinte, Ana voltou ao tabernáculo com Elcana. É provável que ela tenha lhe falado sobre o pedido e a promessa que tinha feito a Deus, pois a Lei mosaica dizia que o marido podia anular um voto feito pela esposa sem o seu consentimento. (Números 30:10-15). Mas aquele homem fiel não anulou o voto de sua esposa. Em vez disso, ele e Ana, juntos, prestaram adoração ao Senhor no tabernáculo antes de voltar para casa.

Quando foi que Penina percebeu que não conseguia mais atormentar Ana? O relato não diz, mas a expressão “seu semblante não estava mais preocupado” sugere que a partir de então Ana recuperou o ânimo. De qualquer forma, Penina logo descobriu que seu comportamento cruel já não surtia efeito. A Bíblia não menciona mais o seu nome.

Os meses se passaram e a paz que Ana sentia se transformou numa indescritível alegria. Ela estava grávida! Mas Ana não esqueceu nem por um momento quem a tinha abençoado. Quando o menino nasceu, ela o chamou de Samuel, que significa “Nome de Deus”; pelo visto uma referência a se invocar o nome divino, como Ana havia feito. Naquele ano, ela não acompanhou Elcana e sua família na viagem a Silo. Ela ficou em casa por três anos, até desmamar a criança. Então, reuniu forças para o dia em que teria de se separar de seu querido filho.

A despedida não deve ter sido nada fácil. É claro que Ana sabia que Samuel seria bem cuidado em Silo, talvez por algumas mulheres que serviam no tabernáculo. Mas ele ainda era tão pequeno! E que mãe não quer ficar perto de seu filho? Mesmo assim, Ana e Elcana levaram o menino, não contrariados, mas com sentimento de gratidão. Eles ofereceram sacrifícios na casa de Deus e entregaram Samuel a Eli, mencionando o voto que Ana havia feito anos antes.

Então, Ana fez uma oração que Deus considerou digna de ser incluída em sua Palavra inspirada. Ao ler suas palavras em 1 Samuel 2:1-10, em cada linha você notará a profunda fé que Ana tinha em Deus. Ela louvou a Deus pela forma maravilhosa como ele usa seu poder — por Sua capacidade inigualável de humilhar os orgulhosos, abençoar os oprimidos, pôr fim à vida ou até salvar da morte. Ela louvou seu Pai por sua santidade sem igual, e por sua justiça e fidelidade. Com bons motivos, Ana pôde dizer: “Não há rocha igual ao nosso Deus.” O Senhor é completamente confiável, imutável e um refúgio para todos os oprimidos que buscam sua ajuda.

Com certeza, o pequeno Samuel foi privilegiado por ter uma mãe com tanta fé em Deus. Mesmo sentindo saudades dela, à medida que crescia, ele nunca se sentiu abandonado. Todo ano, Ana viajava para Silo, levando uma pequena túnica sem mangas para ele usar no serviço do tabernáculo. Cada ponto costurado era prova do seu amor e carinho. (1 Samuel 2:19) Podemos imaginar seu olhar de ternura e suas palavras bondosas e encorajadoras enquanto colocava a túnica no menino e a ajeitava. Samuel foi abençoado por ter uma mãe assim, e quando cresceu ele mesmo se tornou uma bênção para seus pais e todo o Israel.

Ana também não foi abandonada. Deus a abençoou com mais cinco filhos. (1 Samuel 2:21) Mas talvez a maior bênção de Ana tenha sido sua relação com seu Pai Celestial. E essa relação ficava cada vez mais forte ao longo dos anos. Que o mesmo aconteça com você, ao passo que imita a fé demonstrada por Ana.


Esse estudo começa com Ana — Ela Abriu Seu Coração a Deus