João 1:18 — Palavras Gregas
ΚΑΤΑ ΙΩΑΝΝΗΝ 1:18 Grego NT: Westcott/Hort
Θεὸν οὐδεὶς ἑώρακεν πώποτε μονογενὴς θεὸς ὁ ὢν είς τὸν κόλπον τοῦ πατρὸς ἐκεῖνος ἐξηγήσατο.
ΚΑΤΑ ΙΩΑΝΝΗΝ 1:18 Greek NT: Igreja Ortodoxa Grega
Θεὸν οὐδεὶς ἑώρακεν πώποτε ὁ μονογενὴς υἱὸς ὁ ὢν εἰς τὸν κόλπον τοῦ πατρὸς ἐκεῖνος ἐξηγήσατο.
ΚΑΤΑ ΙΩΑΝΝΗΝ 1:18 Greek NT: Tischendorf 8a Ed.
θεὸν οὐδεὶς ἑώρακεν πώποτε ὁ μονογενὴς υἱὸς ὁ ὢν εἰς τὸν κόλπον τοῦ πατρός, ἐκεῖνος ἐξηγήσατο.
ΚΑΤΑ ΙΩΑΝΝΗΝ 1:18 Greek NT: Stephanus Textus Receptus (1550, com acentos)
θεὸν οὐδεὶς ἑώρακεν πώποτε ὁ μονογενὴς υἱός, ὁ ὢν εἰς τὸν κόλπον τοῦ πατρὸς ἐκεῖνος ἐξηγήσατο
ΚΑΤΑ ΙΩΑΝΝΗΝ 1:18 Greek NT: Bizantino/Texto Majoritário (2000)
θεον ουδεις εωρακεν πωποτε ο μονογενης υιος ο ων εις τον κολπον του πατρος εκεινος εξηγησατο
ΚΑΤΑ ΙΩΑΝΝΗΝ 1:18 Greek NT: Textus Receptus (1894)
θεον ουδεις εωρακεν πωποτε ο μονογενης υιος ο ων εις τον κολπον του πατρος εκεινος εξηγησατο
θεον substantivo - acusativo singular masculino
theos (theh’-os): Deus
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ουδεις adjetivo - nominativo singular masculino
oudeis (u-dice’): Ninguém
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εωρακεν verbo - perfeito ativo do indicativo – terceira pessoa do singular
horao (ror-ah’-o): Ver
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πωποτε advérbio
popote (po’-pot-e): Nunca
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μονογενης adjetivo - nominativo singular masculino
monogenes (mon-og-en-ace’): Unigênito
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υιος substantivo - nominativo singular masculino
huios (rui-os’): Filho
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ων verbo - presente particípio - nominativo singular masculino
on (oan): Estar
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εις preposição
eis (ice): Dentro
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τον artigo definido - acusativo singular masculino
ho (ro): O
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κολπον substantivo - acusativo singular masculino
kolpos (kol’-pos): Seio
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πατρος substantivo - genitive singular masculine
pater (pat-er’): Pai
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εκεινος pronome demonstrativo - nominativo singular masculino
ekeinos (ek-i’-nos): Esse
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εξηγησατο verbo – aoristo médio deponente do indicativo – terceira pessoa do singular
exegeomai (ex-aig-e’-om-ei): Explicar
João 1:18 (Contemporary English Version)
“Ninguém nunca viu Deus. O filho único, que é verdadeiramente Deus e está bem próximo do Pai, tem nos mostrado como é Deus.”
João 1:18 (Amplified Bible)
“Nenhum homem tem visto a Deus em qualquer ocasião; o filho único, [ou unigênito], Que está no seio [em presença íntima] do Pai, Ele O tem declarado [Ele O tem revelado e O expôs onde Ele pode ser visto; Ele O interpretou e O fez manifesto]”
João 1:18 (New Living Translation)
“Ninguém jamais viu Deus. Mas o único, que é ele mesmo Deus, está próximo do coração do Pai. Ele tem revelado Deus para nós.”
João 1:18 (GOD’S WORD Translation)
Ninguém nunca viu Deus, O filho unigênito de Deus, o único que está bem próximo do coração do Pai, O tem manifestado.
João 1:18 (Holman Christian Standard Bible)
“Ninguém nunca viu Deus. O Filho único que está ao lado do Pai, ele O tem revelado”
João 1:18 (João Ferreira de Almeida Corrigida e Fiel)
“Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou”
A REVELAÇÃO DE DEUS
Quando João diz que nenhum homem jamais viu a Deus qualquer pessoa do mundo antigo concordaria em tudo com ele. No mundo antigo os homens se sentiam fascinados, deprimidos e frustrados pelo que consideravam a distância infinita e a absoluta incognoscibilidade de Deus. No Antigo Testamento Deus é representado dizendo a Moisés: “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá.” (Êxodo 33:20). Quando Deus lembra o povo da entrega da Lei, diz: “A voz das palavras ouvistes; porém, além da voz, não vistes aparência nenhuma”. Nenhuma pessoa do Antigo Testamento teria pensado que era possível ver a Deus.
Os grandes pensadores gregos sustentavam exatamente a mesma opinião. Xenofonte havia dito. “A conjetura é sobre tudo.” Platão havia dito: “O homem e Deus nunca se podem encontrar." Celso se tinha rido pela forma em que os cristãos chamavam a Deus de Pai porque “Deus sempre está além de todas as coisas”. No melhor dos casos, dizia Apuleyo, os homens podem vislumbrar uma faísca de Deus, tal como um raio ilumina uma noite escura: um milésimo de segundo de iluminação e logo a escuridão absoluta. Como disse Glover: “Algo que fosse Deus, estava muito longe de estar ao alcance do comum dos homens.”
Pode ser que tenha havido momentos muito raros de êxtase em que os homens experimentavam uma fagulha do que chamavam “o Ser absoluto”, mas os homens comuns eram prisioneiros da ignorância e da fantasia. Ninguém se oporia a João quando disse que nenhum homem jamais viu a Deus.
Mas João não se detém aqui; passa a fazer a afirmação surpreendente e reveladora de que Jesus revelou por completo como é Deus. O que chegou aos homens é o que J. H. Bernard chama “a exibição ao mundo de Deus em Cristo”. Aqui volta a ressoar a chave do evangelho de João: “Se querem ver como é Deus, olhem para Jesus Cristo.”
Por que será que Jesus pode nascer o que nenhum outro jamais fez? Onde reside seu poder de revelar Deus aos homens? João diz três coisas a respeito de Jesus.
(1) Jesus é único. A palavra grega é monogenes, que as versões correntes traduzem por unigênito. É verdade que este é o significado literal de monogenes; mas muito antes desta época tinha perdido seu significado puramente físico e tinha adquirido dois sentidos especiais. Tinha chegado a significar único e especialmente amado. É evidente que um filho único possui um lugar único e um amor único no coração de seu pai. De maneira que esta palavra chegou a expressar o caráter de único antes de qualquer outra coisa. No Novo Testamento está presente a convicção de que Jesus é único, que não existe nenhum outro como Ele, que pode fazer pelos homens o que nenhum outro pode fazer. Ele é o único que pode trazer Deus aos homens e levar os homens a Deus.
(2) Jesus é Deus. Aqui nos encontramos com a mesma frase que vimos no primeiro versículo do capítulo. Isto não quer dizer que Jesus é idêntico a Deus; o que significa é que em mentalidade, em caráter e em ser Jesus é um com Deus. Neste caso seria melhor que pensássemos que quer dizer que Jesus é divino. Vê-lo é ver como é Deus.
(3) Jesus está no seio do Pai. Estar no seio de alguém é uma frase hebraica mediante a qual se expressa a maior intimidade possível na vida humana. A emprega ao referir-se a uma mãe e seu filho; a um marido e sua esposa. Um homem fala da esposa de seu seio (Isaías 62:5; Cantares 4:8); ele a emprega ao referir-se a dois amigos que estão em completa comunhão mútua. Quando João empregou esta frase ao referir-se a Jesus, quis dizer que entre Jesus e Deus há uma intimidade completa, total e ininterrupta devido ao fato de que Jesus é tão íntimo com Deus, é um com ele, e pode revelá-lo aos homens.
Em Jesus Cristo o Deus distante, incognoscível, invisível, inalcançável chegou aos homens; e Deus já não pode voltar a ser um estranho para nós. (Comentário de William Barclay do Evangelho de João 1:18)