Perspectiva do Livro de Apocalipse

Perspectiva do Livro de Apocalipse

Perspectiva do Livro de Apocalipse


Cf. Título do Livro de Apocalipse
Cf. Teologia do Livro de Apocalipse
Cf. Introdução Geral ao Livro de Apocalipse
Cf. Fundo Histórico do Livro de Apocalipse

O ponto de vista aqui adotado sobre as profecias do livro de Apocalipse é primariamente o futurista, mas sem esquecer que João estava escrevendo não somente para o fim desta era, mas também para os cristãos a ele contemporâneos e, de fato, para os crentes de cada geração. Em particular, o conflito entre o cristianismo e os césares corresponde à peleja entre o povo de Deus durante a tribulação (quer a Igreja ou outra porção desse povo) e o Anticristo, o qual governará sobre o redivivo império romano. O livro de Apocalipse retém sua relevância de modo perene por causa da possibilidade que tem cada geração sucessiva de ver o cumprimento do livro em suas predições.

Após o endereço, o primeiro capítulo contém a narrativa da visão que João teve de Cristo em certo dia (“dia do Senhor”, 1:10), quando se achava exilado na ilha de Patmos devido a seu testemunho cristão. A tradição da Igreja antiga parece subentender que João mais tarde pôde deixar o exílio e passou em Éfeso seus últimos anos de vida. Os capítulos dois e três encerram sete mensagens ditadas a João pelo próprio Jesus, endereçadas a sete igrejas da Ásia Menor, em Éfeso e cercanias. (Essas mensagens são incorretamente intituladas “cartas”, porque tal epíteto implicaria em comunicações distintas para cada igreja local, ao passo que a João competia escrever e enviar o conteúdo inteiro do Apocalipse, no qual as sete mensagens estão inclusas (vide 1:11).) “Ásia” refere-se à província romana daquele nome, na Ásia Menor, parte da atual Turquia. Segue-se uma visão sobre a majestade de Deus, Sua corte celestial e o aparecimento de Cristo como um cordeiro, trazendo ainda as cicatrizes da morte expiatória (capítulos quatro e cinco). Os capítulos 6 a 19 descrevem, principalmente, as pragas da época da tribulação, com o consequente retorno de Cristo. Finalmente, João revela que se instaurará o reinado de Cristo na terra, com Seus santos, pelo espaço de mil anos, terá lugar o julgamento final e descerá dos céus a Nova Jerusalém (capítulos 20 a 22).