Destinatários da Carta aos Gálatas
De acordo com Gl 1.2 a carta é dirigida às igrejas da Galácia. O plural igrejas permite pensar em no mínimo dois, e preferencialmente em três ou mais grupos de cristãos. Deste modo o escrito representa uma espécie de carta circular que fazia o rodízio nas reuniões cristãs de uma região, sendo lida em público. O costume de ler abertamente cartas do apóstolo é mencionado em 1Ts 5.27: Conjuro-vos, pelo Senhor, que esta epístola seja lida a todos os irmãos (o que naquele tempo incluía as mulheres). Em Ap 1.3 é referido um preletor. Cl 4.16 comprova o intercâmbio de cartas entre igrejas vizinhas.
É evidente que as igrejas às quais se dirige a carta estavam estreitamente ligadas entre si. Neste sentido é que falamos de uma federação de igrejas. Elas tinham tanto em comum que para todas elas servia a mesma carta. Neste aspecto elas se distinguiam, p. ex., das igrejas de outra província conhecida, a saber, das sete igrejas na Ásia, que receberam uma interpelação em separado no âmbito de Ap. Daquelas missivas também se depreendem nitidamente as respectivas situações e constituições diversas. Na Galácia isso era diferente. Para essa região Paulo podia escrever a todas conjuntamente frases como, p. ex., Gl 4.13-15, ou seja, podia evocar lembranças concretas, comuns, referentes à sua primeira visita. Além disso, tinham em comum que entrementes atuavam entre elas missionários de outro evangelho e, por fim, também a mesma abaladora vulnerabilidade diante do mesmo (Gl 1.6; 3.1). Este sincronismo da experiência impele-nos a pensar num espaço comum de vida supervisionável. Talvez se tratasse de igrejas domiciliares de uma única cidade que se originaram de uma primeira igreja domiciliar. Também em Jerusalém havia todo um círculo de igrejas domiciliares (At 2.46), e talvez de modo similar em Corinto (1Co 1.16; 16.15).
Por fim, depõe em favor de uma missão urbana dessas o fato de que Paulo escrevia em grego e demandava claros esforços intelectuais. Nas regiões rurais da Galácia ainda se manteve por muito tempo a língua celta. Portanto, Paulo pressupunha leitores cultos, urbanos, talvez como os da capital da província que hoje é Ancara, a capital da Turquia.
É evidente que as igrejas às quais se dirige a carta estavam estreitamente ligadas entre si. Neste sentido é que falamos de uma federação de igrejas. Elas tinham tanto em comum que para todas elas servia a mesma carta. Neste aspecto elas se distinguiam, p. ex., das igrejas de outra província conhecida, a saber, das sete igrejas na Ásia, que receberam uma interpelação em separado no âmbito de Ap. Daquelas missivas também se depreendem nitidamente as respectivas situações e constituições diversas. Na Galácia isso era diferente. Para essa região Paulo podia escrever a todas conjuntamente frases como, p. ex., Gl 4.13-15, ou seja, podia evocar lembranças concretas, comuns, referentes à sua primeira visita. Além disso, tinham em comum que entrementes atuavam entre elas missionários de outro evangelho e, por fim, também a mesma abaladora vulnerabilidade diante do mesmo (Gl 1.6; 3.1). Este sincronismo da experiência impele-nos a pensar num espaço comum de vida supervisionável. Talvez se tratasse de igrejas domiciliares de uma única cidade que se originaram de uma primeira igreja domiciliar. Também em Jerusalém havia todo um círculo de igrejas domiciliares (At 2.46), e talvez de modo similar em Corinto (1Co 1.16; 16.15).
Por fim, depõe em favor de uma missão urbana dessas o fato de que Paulo escrevia em grego e demandava claros esforços intelectuais. Nas regiões rurais da Galácia ainda se manteve por muito tempo a língua celta. Portanto, Paulo pressupunha leitores cultos, urbanos, talvez como os da capital da província que hoje é Ancara, a capital da Turquia.