Texto Transmitido da Carta aos Gálatas


GÁLATAS, TEXTO, TRANSMISSÃOa. Extensão

A carta aos Gálatas pertence ao grupo das cartas mais breves de Paulo. Seus escritos aos Coríntios ou Romanos são duas a três vezes maiores. Apesar disso, comparada com cartas antigas, que na média nem sequer se equiparam à pequena Filemom, Gálatas tem uma extensão incomum. Portanto, o veículo ― carta foi alongado, talvez comparável a uma conversa telefônica excessivamente demorada. Por força de circunstâncias, Gl tinha de substituir uma visita que se fazia necessária: Pudera eu estar presente, agora, convosco (Gl 4.20).

b. Qualidade

Têm preferência os manuscritos gregos, porque o texto original, como em todos os escritos do NT, foi composto em grego. Constitui um manuscrito especialmente respeitável e muito precioso, um verdadeiro caso de sorte na transmissão, o Papiro 46, da época por volta do ano 200, que foi descoberto somente em 1930. Ao lado de outras cartas do NT ele também contém Gl, com apenas poucas lacunas. Alguns anos mais tarde apareceu o Papiro 51, do tempo em torno do ano 400, com alguns versículos de Gl 1. Após o ano 400 o pergaminho passou a impor-se de modo crescente como material para inscrição de textos. No concernente a Gl, possuímos cerca de 20 manuscritos de pergaminho dos séculos IV a IX (maiúsculos), dos quais dez merecem o predicado qualidade especial. Acrescenta-se um sem-número de manuscritos mais recentes (minúsculos), sem esquecer a plenitude de traduções latinas e em outras línguas, que também são valiosas. É óbvio que todos esses manuscritos denotam divergências entre si (variantes), mas nenhuma delas possui algum peso que afete o conteúdo. No essencial, Gálatas foi transmitido incólume.