Significado de Eclesiastes 1

Eclesiastes 1

Eclesiastes 1 é o capítulo de abertura do livro de Eclesiastes do Antigo Testamento, tradicionalmente atribuído ao rei Salomão. Neste capítulo, o autor introduz o tema do livro, que é a vaidade e a falta de sentido da vida.

O capítulo começa com a afirmação de que tudo é sem sentido, ou "vaidade", porque a vida é passageira e cíclica. O autor reflete sobre a monotonia da vida e os ciclos intermináveis das estações, do sol e do vento. Ele conclui que nada é realmente novo e tudo o que aconteceu antes acontecerá novamente.

Em seguida, o autor se apresenta como o Pregador, que explorou e buscou a sabedoria. Ele declara que a sabedoria não tem sentido e só traz tristeza, porque quanto mais se sabe, mais se percebe o quão pouco se sabe.

O autor então reflete sobre a futilidade do esforço humano e a natureza temporária de todas as realizações humanas. Ele observa que mesmo grandes obras, como construir prédios magníficos ou acumular riquezas, acabarão sendo esquecidas.

Em conclusão, em Eclesiastes 1 o autor enfatiza o tema e significado central do livro, que toda a vida humana é, em última análise, sem sentido e que a única maneira de encontrar sentido é temer a Deus e guardar seus mandamentos. O capítulo termina com uma declaração de que a sabedoria é boa, mas não pode fornecer as respostas definitivas para os mistérios da vida.

Comentário de Eclesiastes 1

Eclesiastes 1.1 O título “pregador” denota uma função ou profissão. Literalmente, significa aquele que ajunta ou aquele que reúne as pessoas. Assim, o título se refere a Salomão como alguém que convocava a assembleia dos sábios para discutir formalmente o sentido da vida. Talvez seja melhor transliterar do hebraico a palavra qohelet, em vez de traduzi-la, pois ela parece ser o pseudônimo de Salomão.

Eclesiastes 1.2 A expressão “vaidade de vaidades” traduz o superlativo no hebraico que nos é familiar pelas expressões “cântico dos cânticos” e “santo dos santos.” Neste versículo, ele talvez expresse o cúmulo dos absurdos ou o maior dos vazios. Isso fez com que muitos concluíssem que o livro de Eclesiastes é um livro negativo e cínico que diz que a vida não tem sentido nenhum. Alguns sugeriram que esse livro explica que a vida longe de Deus é que é o maior dos vazios. O livro em si, porém, não diz isso, porque não há oração explicativa do tipo “exceto quando a pessoa é de Deus”. Pelo contrário, ele diz claramente que a própria vida é vaidade de vaidades. A palavra “vaidade” significa “hálito” ou “vapor” e, portanto, qualifica a vida como algo que passa depressa. A vida é como vapor; alias, é como o mais volátil dos vapores. Sempre que lermos o vocábulo “vaidade” em Eclesiastes, devemos pensar não no que é sem sentido, mas naquilo que passa rápido (v. 14; 6.12). Trata-se de um dos termos essenciais no livro de Eclesiastes, porque se repete 38 vezes nele, enquanto no restante do Antigo Testamento aparece apenas mais 34 vezes. O ensinamento do pregador é que a vida e efêmera e precisa ser saboreada e aproveitada como a dádiva de Deus que é.

Eclesiastes 1:2

A Conclusão da Busca

O Pregador não começa com uma história despreocupada para dar sabor àqueles a quem se dirige para provar e fazer com que desejem ouvir mais. Contra todos os conselhos sobre a construção de um discurso, ele vai direto ao ponto. Ele começa expressando a conclusão de tudo o que examinou: tudo é “vaidade das vaidades”. Ele não diz isso como uma observação ocasional, mas nos faz encarar os fatos repetindo-o três vezes, para que não possamos ignorá-lo.

No decorrer do livro, ele fundamentará sua conclusão de forma abrangente e completa. Então parecerá que não é uma expressão de desespero – é assim que um leitor superficial pode interpretar esta conclusão – mas a observação sóbria da natureza do mundo e de tudo que há nele. Cada vez que ele menciona um problema ou enigma que encontrou na vida, identifica que tudo é “vaidade das vaidades” ou sem sentido.

Se olharmos para a vida com honestidade e atenção, segundo o Pregador, veremos que a vida é curta e vazia, enganosa e sem resultado. Ele diz isso para afastar o coração do crente do mundo e direcionar seus desejos e expectativas para o mundo invisível e imperecível que não está sujeito à vaidade (Rm 8:20; 1Co 7:31; 2Co 4:16; 2Pe 3:11; 1Jo 2:17).

“Vaidade das vaidades” é um superlativo hebraico e significa “a maior vaidade”. Também encontramos isso em expressões como ‘o Deus dos deuses’, ‘o santo dos santos’, ‘um servo dos servos’. Inclui também que tudo é vaidade, sem exceção, e não pouco ou ocasionalmente. Deve -se ter em mente, no entanto, que essas são observações fora do reino de Deus, nas quais o homem é considerado alienado dEle.

Com essa afirmação – que não é teoria, mas foi vivenciada por ele – ele mostra como tudo é sem sentido e sem objetivo. Vaidade tem o significado de vazio, um sopro, uma rajada de vento, em vão, passando rápido, sem rumo, você não tem nada a ganhar com isso; você não pode fazer nada com ele, sem valor.

O Pregador é mais sábio e sério do que todas as pessoas. Mas isso não o torna mais feliz, mas apenas mais confuso e triste do que qualquer outra pessoa. Alguns falam mal do mundo porque são eremitas e não conhecem o mundo, ou porque são mendigos que não têm nada. Este não é o caso de Salomão. Ele conhece o mundo e possui tudo.

Nós que cremos podemos ver a vida do céu, isto é, de um lugar acima do sol. Nisto conhecemos que o mundo e a sua concupiscência passam, mas que “aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1Jo 2:17).
Eclesiastes 1.3 Os sentidos do vocábulo vantagem são: (1) proveito e (2) lucro adequado. Neste versículo, ele se refere a uma indenização ou a lucros, termos que geralmente fazem parte do universo comercial. A questão é: o que resta depois que todas as despesas foram contabilizadas? Quanto ao emprego do termo trabalho, tanto o substantivo como o verbo tem conotações negativas, referindo-se a atividades exaustivas, praticadas debaixo do sol. Esta expressão (traduzida também como “debaixo do céu” em Eclesiastes 1.13; 2.3; 3.1) descreve a vida que vivemos aqui na terra, a que Deus teve a graça de conceder-nos. Nos versículos 2 e 3, o pregador estabeleceu uma das ideias principais do livro: a vida pode parecer não ter sentido porque passa muito rápido. O restante de Eclesiastes ajuda o conselho dos sábios a entender como valorizá-la verdadeiramente, já que de fato ela passa tão depressa.

Eclesiastes 1:3

Que vantagem oferece o trabalho duro?

A primeira pergunta que o Pregador faz a si mesmo e a nós toca no centro de sua pesquisa. Ele resolverá esta questão em todas as suas partes no decorrer deste livro. A resposta é que o homem não tem “vantagem”, em termos de ganho líquido permanente, de todo o seu trabalho “que faz debaixo do sol”. A palavra original “vantagem” é usada apenas neste livro (Ec 1:3; Ec 2:11; Ec 3:9; Ec 5:10; Ec 5:15; Ec 7:11; Ec 7:12). A palavra vem do ofício e significa lucro, o que sobra depois de deduzidos todos os custos. O significado aqui então é: o que resta como resultado líquido de todo o seu trabalho árduo? A resposta é: nada. Nenhum lucro foi obtido.

A expressão “debaixo do sol” – que aparece quase trinta vezes neste livro – é importante e característica deste livro. Neste livro também encontramos a expressão “debaixo do céu”. Esta última expressão enfatiza que se aplica à terra, ao terreno. A expressão “debaixo do sol” também nos determina com a terra, mas dá mais ênfase ao caráter temporário e transitório de tudo o que acontece. O Pregador olha tudo horizontalmente, olha em volta, percebe e experimenta. Ele não olha para cima, para a origem de tudo o que vê e experimenta.

O que acontece, acontece na terra; as pessoas não buscam um propósito maior. Se a visão da vida não for além de ‘debaixo do sol’, tudo pelo que lutamos terá um tom de insatisfação. Tudo está relacionado com a busca do homem pecador e, portanto, temporário e imperfeito. Jamais uma pessoa poderá olhar para trás com satisfação o seu trabalho e dizer “eis que está muito bom”, porque nada é perfeito, nada está acabado. Outros o seguem e continuam seu trabalho. Ninguém entrega algo que é imutável e bom.

Se olharmos desse ponto de vista para tudo o que o homem faz, a conclusão só pode ser que tudo é em vão. Toda atividade é um trabalho cansativo; nunca resulta em nada que dê felicidade duradoura. Vemos isso nos negócios e na política. O próximo presidente e o novo político prometem solenemente que farão melhor que o anterior, mas com o tempo terão que desocupar o cargo porque falharam. O mesmo acontecerá com eles e com todos os que vierem depois deles. Todo o trabalho sem nunca encontrar satisfação deve levar o homem Àquele que disse: “Vinde a mim , todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11:28).

O Senhor Jesus conecta-se à pergunta do Pregador quando diz: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mateus 16:26; Lucas 12:15). Você pode se dedicar e conseguir tudo pelo que trabalhou tanto, mas qual é o resultado final quando você morre e tem que largar tudo e deixar para trás?

Paulo nos diz onde o verdadeiro lucro é encontrado: “Mas a piedade [na verdade] é um meio de grande ganho quando acompanhada de contentamento. Pois nada trouxemos ao mundo, portanto também nada podemos levar dele” (1Tm 6:6-7). O lucro é apenas onde o coração está em conexão com o Deus eterno e a eternidade. Trabalhar para o Senhor não é em vão (1Co 15:58).

Um artigo no Reformatorisch Dagblad (um jornal holandês) de 5 de maio de 2003 prova a veracidade deste versículo de maneira prática:

Jip Wijngaarden tinha apenas 17 anos quando, em 1982, foi escolhida entre 3.000 candidatos para interpretar o papel principal na peça de teatro ‘Anne Frank’. Seguiu-se uma carreira turbulenta como atriz e estrela de cinema. Hollywood acenou. Por nove anos, Jip mudou-se para o mundo do brilho e do glamour. Mas, gradualmente, a dúvida atacou. ‘Como um ídolo, você é uma propriedade da comunidade, você se perde. Não sabia o que fazer com aquilo e comecei a pensar. Isso é tudo? Eu havia conquistado honra e fama, mas não estava feliz. A vida que eu levava era superficial e vazia. Meu coração era um grande buraco por onde tudo soprava.’

Para Jip, a mudança para a cristandade significou uma ruptura radical com o passado. ‘Senti que a nova vida me custaria tudo. E foi assim, porque a base não estava certa. As pessoas ao meu redor me declararam louca por deixar Hollywood e outras ofertas escaparem por algo que você não pode ver’.
Eclesiastes 1.4 O termo “geração” sugere tanto os seres humanos como os fenômenos naturais. Neste versículo, temos a primeira de uma série de antíteses em Eclesiastes. Contrastando com o transcorrer das gerações pode-se observar a declaração a terra para sempre permanece. Só Deus é eterno e durará para sempre em todos os sentidos, mas, comparada a vida humana, a terra permanece com poucas mudanças.

Eclesiastes 1.5-7 Os três elementos da criação citados neste trecho, o sol, o vento e os ribeiros podem ser vistos cumprindo seu percurso predeterminado por Deus, com poucas mudanças e poucos acidentes.

Eclesiastes 1:4-8

Ilustrações de falta de sentido

O Pregador dá alguns exemplos em Ec 1:4-11 do ciclo interminável da vida com todos os seus eventos. Ele aponta para a “lei da repetição”. Ele observa um movimento circular sem fim. Este movimento circular funciona na atmosfera da natureza e na vida humana. A história também se repete inúmeras vezes. Movimento, no entanto, não é progresso. Tudo permanece como estava, sem que todos esses movimentos produzam uma mudança real na vida da pessoa, para que ela tenha plena realização, plena satisfação e plena e ininterrupta felicidade.

As gerações vêm e vão (Ec 1:4). Eles entram no palco da vida, atravessam-no com alguns passos, dão piruetas, fazem a reverência e depois desaparecem novamente do palco. O palco, a terra, é sempre o mesmo, assim como o jogo e os papéis, as máscaras e as roupas. Só os atores mudam. Quão fútil é tudo isso. A vida é uma peça de teatro sem fim com atores em constante mudança e uma decoração que nunca muda. A esse respeito, a vida também pode ser comparada a um treinador doméstico. Você anda de bicicleta, mas não se move um centímetro para frente.

Ninguém fica vivo na terra o tempo todo. Vista “debaixo do sol”, a vida de uma pessoa é fútil como um vapor (Tg 4:14), vai mais rápido que a lançadeira de um tecelão (Jó 7:6) e é tão momentânea quanto a grama (Sl 103:15; Is 40 :6-7; Is 51:12; 1Pe 1:24). Recebemos nossas posses terrenas de outros e, pouco tempo depois, temos que entregá-las a outros. Essas posses não são mais essenciais do que a vida vivida com elas.

Cada geração trabalha durante o curto tempo de sua permanência na terra para sua existência. Então a vida termina no que diz respeito a essa geração e ela desaparece novamente. A próxima geração mostra a mesma imagem, assim como a próxima. E assim por diante. A vida, limitada ao aqui e agora, pode ser vista como uma ‘corrida de ratos’. A ‘corrida dos ratos’ é um conceito que se refere às tentativas inúteis de um rato escapar de uma esteira na qual ele corre sem parar e o mantém correndo ao mesmo tempo. É uma boa ilustração de uma série de ações infindáveis ou inúteis que não oferecem nenhuma perspectiva de resultado.

A única que resta é a terra que carrega todas essas gerações. Isso mostra o contraste entre a brevidade da vida e a existência (aparentemente) permanente da terra. Não há esperança de mudança: o ir e vir das gerações é tão imutável quanto o fato de a Terra ser fixa. Assim é a percepção do Pregador e de quem olha a vida com sobriedade, sem olhar ou pensar na origem das gerações ou da terra.

Em Ec 1:5-7, o Pregador olha para a criação. Ele observa muitas atividades. Ao mesmo tempo, ele observa que não houve progresso. Assim como não há vantagem para o homem em todo o seu trabalho (Ec 1:3), também não há vantagem para a criação em todo o seu trabalho. É com tantas coisas na natureza como com a mudança das sucessivas gerações de Eclesiastes 1:4. O Pregador cita como exemplos o sol (Ec 1:5), o vento (Ec 1:6) e as águas dos rios e do mar (Ec 1:7).

Olhe para o sol. O sol é a fonte de luz para a terra. Ele sempre permanece o mesmo e sempre faz o mesmo trabalho. Sempre ilumina o mesmo mundo e sempre ao mesmo tempo. Todas as manhãs o sol nasce e todas as tardes ele se põe. Ele sempre nasce no mesmo lugar e sempre se põe no mesmo lugar. Assim continua indefinidamente, invariavelmente, dia após dia.

O fato de que os céus falam da glória de Deus, que a criação é obra de Suas mãos, e que Ele deu ao sol seu lugar nela (Gn 1:14-19; Sl 8:3), não é levado em consideração. pelo Pregador. Olhando assim para o sol, o Pregador diz de fato que a criação não reflete a glória de Deus se você não o envolve, mas que a criação ilustra toda a obra insensata do homem.

Depois do sol, o Pregador aponta para o vento (Ec 1:6). O sol vai de leste a oeste, o vento vira de sul para norte. A vida é como o vento, que está sempre girando. O vento é muito mais imprevisível em seus movimentos do que o sol, que segue um curso fixo e previsível ao longo do céu. Mas, apesar de todas as voltas e reviravoltas do vento e da imprevisibilidade de seu curso, tudo permanece o mesmo. O vento é invisível, mas nós o sentimos e o percebemos pelo movimento das nuvens e das folhas da árvore. Mas quando sopra e o vento diminui, o que muda essencialmente? Nada, certo?

Mesmo que uma tempestade tenha causado estragos, nada muda. O homem calcula o dano e reconstrói o que foi destruído, ou começa uma nova vida em outro lugar. Somente quando uma pessoa na tempestade reconhece o falar de Deus e permite que Ele entre em sua vida, algo muda essencialmente.

O terceiro exemplo da criação com o qual o Pregador compara a vida é o da água que corre dos rios para o mar (Ec 1,7). Os rios trazem constantemente água para o mar. Você diria que o mar deve ficar cheio um dia, não é? Mas não, o mar nunca fica cheio. Os rios continuam a correr, sem nunca terminarem o seu trabalho de encher o mar. Nosso ditado “transportar água para o mar” indica o mesmo: é uma atividade sem sentido.

Neste exemplo, podemos também pensar no ciclo sem fim, pois “todos os rios correm para o mar, mas o mar não está cheio. Para onde os rios correm, Lá eles correm novamente.” Sabemos que a água que os rios trazem para o mar evapora. Isso cria a chuva que é derramada novamente no local onde os rios nascem. Esta água traz os rios de volta ao mar, para evaporar novamente, após o que o ciclo recomeça (cf. Am 9:6).

O curso imutável do sol, a inquietação do vento e a insaciabilidade do mar preenchem a vida de todas as gerações. O homem é constantemente inquieto e imperfeito. Ele está sempre agitado em busca de mais, sem nunca se saciar. Seu espírito não conhece descanso. Mas toda a sua pressa e trabalho não impressionam a firmeza e os movimentos da natureza. Nada muda na firmeza da terra e no ciclo da natureza.

Apesar de a criação estar sempre em movimento, ela não é capaz de satisfazer o homem, que só tem a terra como horizonte. Essa insatisfação é pesada e tão cansativa que não pode ser expressa em palavras (Ec 1:8).

Quão diferente é para aqueles que conhecem a Deus e O envolvem em suas vidas. Tal pessoa também conhece situações difíceis em sua vida, para as quais não tem palavras para descrevê-las, mas tem o Espírito Santo que dá palavras aos seus suspiros (Rm 8:26).

“O olho” do homem está sempre em busca de coisas novas. Se você já esteve em algum lugar uma ou talvez até algumas vezes, já viu o suficiente. Em algum momento isso te aborrece. É como um filme. Se você já viu uma ou talvez até duas vezes, então quer ver outra coisa. Você vai procurar variedade.

Assim é com “o ouvido”. A princípio, ele adora uma determinada música, mas se já ouviu essa música com mais frequência, outra música deve surgir. Procurar algo novo é sempre a mesma canção. Os atenienses dos tempos antigos também o cantavam. Eles dedicaram seu tempo a nada mais “além de dizer ou ouvir algo novo” (Atos 17:21). O novo foi interessante por um tempo, mas depois eles queriam ouvir algo novo novamente.

Olhos e ouvidos não podem ser saturados por coisas e filosofias terrenas. Nada que pertença a esta criação é capaz de satisfazer permanentemente o coração e dar-lhe uma felicidade duradoura. Não importa quanto esforço alguém faça, não há saturação na terra. É somente com o Senhor Jesus. O olho que O vê e o ouvido que O ouve é verdadeiramente feliz (Mateus 13:16). Há muita alegria quando os olhos O veem (Sl 16:8-11). Há alegria completa quando há comunhão com Ele (1Jo 1:4).
Eclesiastes 1.8, 9 Todas estas coisas se cansam tanto. A verdade sobre o sol, o vento e os ribeiros (v. 5-7) também serve para outras coisas terrenas. O mundo é feito do que se pode chamar de “os sem descanso”. Isso decorre dos olhos que não se fartam. Neste sentido, cita-se um provérbio que trata do apetite insaciável (Ec 4.8; 5.10; compare com Pv 27.20) em representar a aparente falta de serventia dos percursos dos fenômenos naturais.

Eclesiastes 1.10, 11 Caso pareça que algo de novo acontece de vez em quando, lembre-se de que as pessoas tem memoria curta.

Eclesiastes 1:9-11

Não Há Nada de Novo Sob o Sol

“Aquilo que tem sido”, são as circunstâncias (Ec 1:9). O homem encontra-se sempre em certas circunstâncias dadas e dirigidas por Deus (Gn 8,22) que determinam grandemente a sua vida. “O que foi feito”, são os esforços humanos. O homem sempre tenta criar as circunstâncias mais favoráveis para sua vida. Portanto, ele sempre esteve ocupado com sua vida e sempre estará ocupado. O que ele inventa para tornar a vida mais agradável é apenas construir sobre o que já foi inventado (Gn 4,20-22). Simplesmente não há “nada de novo sob o sol”.

Comece a envolver Deus em todas as coisas e todas as coisas ganharão seu significado. Tudo permanece sujeito às leis que Deus estabeleceu na criação. Nada pode quebrar essas leis. Portanto, nada realmente novo pode vir, apenas variações do que sempre foi e sempre será.

Embora haja constante mudança, não há nada realmente novo (Ec 1:10). Tudo é repetição do que já foi e do que logo passará, enquanto o coração permanece vazio e faminto. Uma nova descoberta ou invenção não muda nada essencial para o homem ou para a criação. Isso não o torna mais feliz ou mais satisfeito.

Também descobrimos que o progresso feito também tem desvantagens imprevistas. Precisamos encontrar outra solução para isso também. Todos os esforços para algo novo provam ao mesmo tempo o vazio do homem. O homem sonha em realizar a ‘Utopia’, a sociedade ideal. Embora o sonho se estilhace repetidamente, o homem ainda acredita nele porque está cego para o fato de que não fez nenhum progresso real.

Há coisas novas, mas pertencem a outro mundo, o mundo acima do sol. Portanto, há o novo nascimento, ou o nascimento do alto (João 3:5). E aquele que se arrependeu é “uma nova criatura” (2Co 5:17). “Um novo cântico” será cantado (Ap 5:9; Ap 14:3) e também haverá “um novo céu e uma nova terra” (Ap 21:1). Tudo isso vem dAquele que é imutável em Si mesmo, mas que faz coisas novas a partir de Si mesmo repetidas vezes. Ele fará tudo novo e criará uma situação que nunca existiu antes e que nunca terá fim (Ap 21:5).

Se dizemos que algo é novo, é porque não nos lembramos “das coisas passadas” (Ec 1,11). Como diziam os antigos gregos: ‘Todo aprendizado é apenas lembrar’ (mathesis é anamnese). Alguém pode ganhar ‘fama eterna’ através de uma conquista particular, mas essa ‘fama eterna não tem utilidade para aqueles que a alcançaram. Sua conquista sobrevive a ele, mas de que serve para ele quando outros se lembram dele após sua morte? Isso pode lhe dar algum resfriamento se ele estiver no lugar do tormento? Todos aqueles cujos nomes de ruas ou cidades foram nomeados (Sl 49:11-12), podem obter algum conforto disso no inferno? Se alguém soubesse alguma coisa sobre isso, que satisfação isso ofereceria naquele mundo onde outros padrões de julgamento são aplicados?

As gerações futuras cometem o mesmo erro que todas as gerações anteriores cometeram, ou seja, não aprendem nada com as coisas passadas, com o passado. Eles não se lembram das lições que a história ensina. Esquece-se simplesmente que todo progresso tecnológico não significa progresso ou aperfeiçoamento da natureza humana.
Eclesiastes 1.12 Eu, o pregador, fui rei. Neste texto há uma mudança da terceira pessoa, empregada desde os versículos 1 e 2, para a primeira pessoa. O escritor, ou quem sabe alguém que editou o livro posteriormente, volta a terceira pessoa no epílogo, em Eclesiastes 12.8-14. Talvez esta seja uma referencia a Salomão como o autor desse livro.

Eclesiastes 1:12

O pregador se apresenta novamente

Nos versos anteriores, Salomão já anunciava os resultados de suas pesquisas e suas observações gerais. Na próxima seção, que vai de Eclesiastes 1:12-2:26, ele nos contará o que tentou fazer para obter a felicidade plena, imperturbável e incessante da vida. Ele descreverá sua busca pela felicidade e os métodos que usou. Agora não são apenas observações, mas também experiências pessoais.

Antes de fazer isso, ele se lembra de suas ‘credenciais’. Ao fazê-lo, ele enfatiza mais uma vez em que capacidade e em que posição realizou sua pesquisa e o que estava disponível para esse fim. O que esse homem tem a dizer merece toda a atenção. Ele primeiro aponta novamente, como em Ec 1:1, que ele, e ninguém mais, é “Eu, Pregador”, Qohelet, o homem que se dirige a uma reunião de pessoas, neste caso para informá-los dos resultados de sua pesquisar.

Ele então se refere à posição que teve durante sua investigação. Ele diz que “tem sido” rei. Com isso ele não quer dizer que não é mais rei ao apresentar os resultados de sua pesquisa, mas que como rei ele ganhou as experiências que descreve neste livro. Desta forma, ele enfatiza suas habilidades, suas possibilidades quase ilimitadas e sua posição. Ele reina sobre um Israel indiviso em Jerusalém, a cidade escolhida por Deus, o centro da religião e o local de recepção de todos os dignitários do mundo.

Como rei, ele usou todos os meios à sua disposição para realizar suas pesquisas. Ele tem poder real e sabedoria de origem divina. Também indica o caráter da pesquisa: é uma atividade real. Ele queria examinar e testar se o mundo tem algo de valor duradouro e significado para oferecer a alguém que é um pensador brilhante e imensuravelmente rico.
Eclesiastes 1.13 A expressão “debaixo do céu” é um sinônimo de debaixo do sol (v. 3,9) e refere-se à vida como ela é vivida na terra. Ao dizer que aplicou o coração a esquadrinhá-la, o autor de Eclesiastes não emprega o título divino Yahweh, o nome pelo qual Deus se revelou quando estabeleceu a aliança com Israel (Ex 3.14,15). Em seu lugar, ele utiliza a palavra “Elohim” para Deus 28 vezes, a qual enfatiza a Sua soberania sobre toda a criação. Os escritores acadêmicos costumam usar Elohim quando tratam de verdades universais, em vez de verdades particulares a aliança de Deus com Israel. Segundo o autor, Deus deu a ocupação de informar-se sobre o que sucede na terra aos filhos dos homens, forma genérica de referir-se a humanidade. O objetivo do Senhor foi para nela os exercitar, por isso o uso do adjetivo enfadonha para qualificá-la. O verbo exercitar só é empregado em Eclesiastes e significa “estar ocupado com”; neste caso, associa-se ao substantivo ocupação (trabalho, em Eclesiastes 3.10).

Eclesiastes 1.14 A expressão “aflição” de espírito só ocorre na Bíblia em hebraico dentro de Eclesiastes. Sete de suas nove ocorrências (Ec 1.14; 2.11, 17, 26; 4.4, 6; 6.9) acompanham declarações sobre vaidade. Neste caso, trata da natureza da vida segundo o pregador. A vida é real, mas passa rápido; qualquer tentativa de retê-la é tão vã quanto tentar agarrar o vento (tradução literal da expressão).

Eclesiastes 1.15 Salomão não está dizendo que tentar endireitar ou mudar algo e inútil, e sim que, por mais que se esquadrinhe ou use todos os recursos da terra, não se pode endireitar o que Deus estabeleceu que fosse torto, distorcido, deturpado ou invertido (Ec 7.13).

Eclesiastes 1.16 Todos os que houve antes de mim, em Jerusalém. A expressão “todos os que houve” não exclui Salomão como autor do livro só porque ele foi precedido em Jerusalém, como um rei israelita, apenas por seu pai, Davi. Houve outros reis, como Melquisedeque (Gn 14.18) e Adoni-Zedeque (Js 10.1). A cidade de Jerusalém já existia há centenas de anos quando Salomão se tornou seu rei.

Eclesiastes 1.17 Não é a sabedoria que Salomão julga absurda, mas sim a busca por mais sabedoria (Ec 2.15) e por tornar-se demasiadamente sábio (Ec 7.16).

Eclesiastes 1.18 Na muita sabedoria, há muito enfado. Apesar das vantagens provenientes da sabedoria, Salomão confessa que sabedoria e conhecimento demais são fonte de dor, tristeza e aflição. Sabe-se bem que o próprio processo de aprendizado apenas expande a consciência de nossa ignorância. Para os mortais, aumentar a sabedoria pode ser apenas aumentar a dor (Ec 12.12).

Eclesiastes 1:13-18

A Sabedoria Não Dá Satisfação

Salomão agora vai contar sobre suas experiências pessoais. Ele também conta sobre o método que usou para pesquisar tudo sob o sol: ele se dedicou de todo o coração a buscar e explorar tudo pela sabedoria. Ele tentou algumas maneiras para ver se uma delas levaria à felicidade tão desejada. Ele tentou o caminho da “sabedoria”, mas terminou em “muito pesar” e “dor” (Ec 1:18). Ele descreve esse caminho em Eclesiastes 1 (Ec 1:13-18). Então ele seguiu o caminho do “prazer”, mas esse caminho também terminou de forma muito insatisfatória. Ele teve que concluir que “tudo é vaidade e correr atrás do vento”. Ele descreve esse caminho em Eclesiastes 2 (Ec 2:1-11).

Seu coração era sincero e sério (Ec 1:13). O coração é o oposto da aparência exterior. É a vida interior, o centro de todas as habilidades intelectuais, emocionais e espirituais. Ele se dedicou de todo o coração à sua busca, fazendo uso da sabedoria especial que lhe foi dada por Deus (1Rs 4:29). Isso mostra que ele não era um buscador frio que explorava racionalmente os diferentes modos de vida de seus dias. Pelo contrário, ele realmente se interessou pelo homem e pela sociedade e tentou entender “tudo o que se faz debaixo do céu” e pesar seu valor.

O que ele fez foi buscar e explorar. A busca é focada na profundidade de um caso, enquanto a exploração tem mais foco na amplitude ou tamanho de um caso. As duas atividades juntas mostram que não foi uma pesquisa superficial, mas minuciosa e extensa. O campo de sua busca e exploração era “tudo o que foi feito debaixo do céu”. Isso mostra que ele não excluiu nada de sua pesquisa e que sua pesquisa se limitou à terra. Ele não envolveu Deus em sua pesquisa.

Salomão queria saber se ele era capaz de entender e explicar o mundo com sua sabedoria para descobrir um significado mais elevado da vida terrena. Para tanto, iniciou diversas investigações, nas quais examinou os mais diversos aspectos da vida. Ele chegou à conclusão de que esta era “uma tarefa penosa” porque nenhuma de suas investigações levou a resultados verdadeiramente satisfatórios.

Tornou-se claro para ele que Deus “deu esta tarefa aos filhos dos homens para serem afligidos”. As pessoas podem viver na terra sem pensar em Deus, mas os problemas que encontram são resultado do pecado. Deus não removeu essas consequências, mas permitiu que elas existissem. Há uma maldição sobre a criação através do pecado que nos leva a fazer muito trabalho antes de podermos colher qualquer resultado, o que na verdade não dá nenhuma satisfação real (Gn 3:17).

O coração do homem tem fome e sede. Isso o leva a procurar algo que satisfaça sua fome e sacie sua sede. Se não conseguir procurá-lo ‘mais alto’, sempre buscará refúgio nas coisas da terra que nunca dão satisfação. Isso resultará em uma sede insaciável para sempre. Ele implorará por uma gota de água para refrescar sua língua, mas ninguém poderá dar a ele porque ele deixou passar o tempo determinado (Lc 16:24; Jr 46:17). Rejeitou o convite que ressoa na última página da Bíblia: “Quem tem sede venha; quem quiser, beba de graça da água da vida” (Ap 22:17).

Salomão não era superficial nem agia aleatoriamente (Ec 1:14). Ele não tirou uma amostra do quadro geral, mas “viu todas as obras que foram feitas debaixo do sol”. O maior insight que ele alcançou depois de todas as suas pesquisas e explorações é que “tudo é vaidade e correr atrás do vento”, e que sempre permanece assim. Esforçar-se atrás do vento é um empreendimento inútil. A ambição de agarrar o indescritível só pode resultar em frustração.

O Pregador observou regularidade e ordem na criação (Ec 1:4-7), mas também observou uma desordem causada pelo pecado. Há coisas tortas e faltam coisas (Ec 1:15). Isso vale para o pensamento do homem e para seus caminhos e obras, e também para a natureza. O que quer que o pensador pense, ele não é capaz de explicar as reviravoltas da vida, muito menos de eliminá-las. Ele simplesmente carece de muito conhecimento sobre a vida. O Único que pode endireitar o homem torto e o que o fez torto é o Senhor Jesus (Is 42:16; Lc 3:5).

Toda ciência sobre como o homem deveria ser é incapaz de mudar o homem. Nunca descobriremos a causa da desonestidade da raça humana se a informação mais importante estiver faltando. Essa informação tem que vir de Deus. Se Ele é mantido fora das observações, o torto permanece torto e o que falta nunca pode ser contado. Ele não pode endireitar a tortuosidade, falta-lhe a capacidade de fazê-lo; e ele não percebe o que está faltando, porque lhe falta o discernimento para fazê-lo. O que quer que um pensador pense, ele nunca pode pensar em um sistema no qual a vida possa ser sondada. O filósofo às vezes pode ajudar com sua sabedoria, mas nunca pode resolver o problema fundamental da vida, porque fica rabiscando por fora.

Aquele que, como o Pregador, tem os olhos abertos, vê que o homem é tortuoso, enquanto deveria ser nobre, prestativo e bom. Mas nada pode permitir que ele seja assim. Pois ele faz parte de “uma geração corrupta e perversa” (Filipenses 2:15). Apesar de todo o ensino para endireitar o homem, ele continua torto. Todos os cursos de educação não são capazes de mudar o caráter do homem e enobrecê-lo. O fator mais essencial que falta para descobrir o sentido da vida é a iluminação por meio do Espírito de Deus.

“Eu disse a mim mesmo” (Ec 1:16) significa ‘eu me consultei’. Esse é o nível do livro. Apenas ele e seu próprio coração estão discutindo. Isso mostra que a fonte de sua pesquisa, o nível dela, está nele mesmo, ser humano. Ele extrai de seu próprio coração. Nela reside a sabedoria mais concebível (1Rs 4:29-34), que também é “ampliada e aumentada” por todas as suas pesquisas e investigações, mas permanece a sabedoria humana. Não há outra luz brilhando ao seu redor senão a da natureza, não há luz de cima.

Com “todos os que governaram Jerusalém antes de mim”, Salomão se refere não apenas a Davi, mas provavelmente também aos reis cananeus que viviam em Jerusalém antes de Davi capturar a cidade. Podemos pensar em Melquisedeque (Gn 14:18) e Adoni-Zedek (Js 10:1). Podemos acrescentar que também todos os filósofos depois dele – por exemplo, Aristóteles (384-322 aC), Sócrates (469-399 aC) e Platão (428-348 aC), que são considerados os maiores filósofos do mundo antigo – não podem ser comparados para ele.

Depois de todas as suas investigações e pesquisas, ele pode dizer que seu coração “observou uma riqueza de sabedoria e conhecimento”. Ele tem estado profundamente envolvido em tudo o que vale a pena estar envolvido e absorveu isso em seu coração e mente. O que ele descobriu não é uma impressão global, mas deu-lhe o conhecimento dos mínimos detalhes.

O Pregador diz que decidiu “conhecer a sabedoria” (Ec 1:17). Todo esforço é uma louvável busca de resultados, mas é o mesmo que tentar buscar o vento. Ele também queria “conhecer a loucura e a insensatez” para aprender sobre o engano e o engodo deles e preservar o conhecimento deles a ser guardado. Ver sabedoria naqueles que não a usam  e ver loucura naqueles que não lutam contra o engano é um tormento para a mente de quem busca sabedoria.

A única coisa a que a sabedoria leva é a descoberta de que “na muita sabedoria há muita dor” (Ec 1:18). A verdadeira sabedoria reconhece que a verdadeira satisfação buscada por meio da sabedoria é inatingível. O mesmo vale para o conhecimento que adquirimos. Quanto mais sabemos, mais sabemos que nada sabemos. Nosso conhecimento é sempre apenas parcial (1Co 13:12).

A expressão ‘conhecimento é poder’ é uma expressão que só pessoas míopes usam. O verdadeiro conhecimento não dá poder a alguém, mas sim tristeza. O conhecimento real é mais do que o conhecimento factual. Trata-se de compreensão, de insight, de descobrir a conexão entre certas coisas ou eventos.

Sentimos melhor nossa incapacidade e impotência e ficamos tristes à medida que descobrimos mais sobre as leis da natureza e como Deus em Sua providência governa o mundo. Cada descoberta nos leva à convicção de que muito mais permanece oculto do que jamais suspeitamos. O conhecimento ou a ciência não garantem a felicidade. As tentativas de compreender o significado da vida por meio da sabedoria e do conhecimento, e então adquirir a felicidade suprema, de fato aumentam a convicção da falta de sentido da vida.

Para quem conhece a Cristo, isso é completamente diferente. Aquele que aumenta o conhecimento de Cristo aumenta a alegria. Assim, há “conhecimento [da] salvação” (Lucas 1:77), conhecimento “do amor de Cristo” (Efésios 3:19), “conhecimento da Sua vontade [de Deus]” (Cl 1:9) e “o conhecimento de Deus” (Rm 11:33). Um dia “a terra… se encherá do conhecimento do SENHOR” (Is 11:9). Que vai ser quando Cristo reina sobre terra.