Comentário de Gênesis 1:6

Comentário de Gênesis 1:6

Comentário e Estudo sobre Gênesis 1:6
E disse Deus: Haja firmamento. Temos aqui o segundo dia da criação, vss. 6-8. Muita discussão gira em torno da natureza desse firmamento. Jó 26.11 sugere uma substância sólida. As lendas babilônicas pintavam o corpo de Tiamate que teria sido dividido por Marduque. Metade tornou-se o firmamento, que represava as águas acima, separando-as das águas deixadas cá em baixo. Os eruditos do hebraico dizem que a antiga cosmogonia dos hebreus falava em uma espécie de taça invertida, que pairava por sobre a terra, tocando-a em duas extremidades. Ilustro essa ideia no Dicionário, em meu artigo sobre Astronomia. Os intérpretes conservadores, objetando a qualquer empréstimo de ideia por parte do autor sagrado e ignorando aquilo em que os hebreus realmente criam, fazem desse firmamento uma “expansão e espaço” ou então os “céus estrelados”. Os trechos de Sal. 29.10; 148.4 e Apo. 4.6 falam sobre um “mar celestial” acima do firmamento, mas muitos pensam que essas referências têm natureza poética. Outros conservadores meramente explicam que o autor sacro usou cosmogonias antigas em um sentido poético, não querendo ensinar um sistema crasso que a ciência, há muito, deixou para trás. Os críticos dão maior importância a esses detalhes do que eles merecem, e assim os debates obscurecem nosso entendimento, impedindo-nos de obter a verdade espiritual de que precisamos. Ver também Jó 26.11; 27.18 e II Sam. 22.8.

O poder de Deus continua a ser frisado. Sua palavra (vs. 1) continuava a ser o Seu modus operandiDentro do relato babilônico, haveria um lugar, acima do firmamento, que serviria de residência às divindades, as quais, assim sendo, habitavam em seu céu separado, isento das molestações das criaturas inferiores. Nosso autor não achou espaço para essas explicações politeístas, mas, antes, fez Deus intervir no caos, a fim de separar-nos dele e trazer até nós a Luz.