Interpretação de Jeremias 32
Jeremias 32
Jeremias 32 contém o relato de uma ação simbólica realizada por Jeremias que ilustra as promessas de restauração e redenção de Deus, mesmo em meio a circunstâncias difíceis.
O capítulo começa com uma descrição dos eventos que ocorreram durante o cerco babilônico a Jerusalém. Jeremias está preso no pátio da guarita.
Jeremias 32 continua descrevendo a mensagem de Deus a Jeremias durante seu confinamento. Deus instrui Jeremias a comprar um campo em sua cidade natal, Anatote, como sinal da futura restauração da terra.
O capítulo contém um relato detalhado da compra do campo por Jeremias e dos procedimentos legais envolvidos. Apesar da desolação e do cativeiro atuais, Jeremias obedece à ordem de Deus de fazer a compra.
Jeremias 32 continua com uma mensagem de Deus explicando o significado da compra do campo. Serve como um sinal do retorno do povo à terra e da restauração de sua fortuna.
O capítulo também aborda a dúvida e o questionamento que Jeremias tem sobre os planos de Deus diante da destruição iminente. Deus reafirma a Jeremias a Sua soberania e a Sua capacidade de cumprir as Suas promessas.
Jeremias 32 termina com a oração de louvor e afirmação da grandeza de Deus de Jeremias. Ele reconhece o poder e a fidelidade de Deus.
Em essência, Jeremias 32 transmite uma mensagem de esperança, restauração e soberania de Deus. O capítulo usa a ação simbólica da compra do campo por Jeremias para ilustrar as promessas de renovação e redenção de Deus. Serve como um lembrete de que mesmo em meio a circunstâncias difíceis, os planos de Deus são imutáveis e Suas promessas serão cumpridas. O capítulo enfatiza a importância da confiança na fidelidade de Deus e do reconhecimento de que Ele está no controle de todas as coisas.
Interpretação
32:1-44 Por meio dessa atitude, que aconteceu durante o cerco final de Jerusalém, Jeremias provou sua fé na restauração da Palestina depois do cativeiro. A lei do resgate ordenava que se um hebreu necessitado estivesse para vender sua terra a fim de pagar suas dívidas, seu parente próximo devia resgatar a terra – isto é, comprá-la para devolvê-la ao dono. A atitude de Jeremias teve significado maior quando lembramos que Anatote já tinha caído nas mãos dos inimigos; assim, sua atitude não teria significado se não fosse pela esperança de restauração.32:1. Ano décimo. Jerusalém caiu no ano seguinte. Já estava enfrentando o cerco.
32:2. A história do aprisionamento de Jeremias foi narrada em 37:11-21.
32:7. Resgate. Cons. parágrafo introdutório acima; Lv. 25:23-28. Anatote. O lugar do nascimento de Jeremias (cons. 1:1, observação).
32:9. Pesei. Considerando que não havia dinheiro em moedas, os pagamentos eram feitos pesando-se o metal precioso. Dezessete siclos. Cerca de sete onças. Provavelmente o campo era pequeno.
32:10. Assinei a escritura... chamei testemunhas. As testemunhas eram sempre importantes nas transações legais. Cons. uma transação imobiliária anterior, onde não houve escritura, Rute 4:1-12.
32:11. Duas cópias da escritura eram tiradas, provavelmente em papiro. Uma era enrolada e lacrada para evitar falsificação, e a outra ficava à disposição dos interessados.
32:12. Baruque. A primeira menção do secretário de Jeremias, que escreveu grande parte do livro de Jeremias sob a orientação do profeta.
32:16-25 A compra foi feita, mas uma onda de dúvidas tomou conta do profeta e ele orou com o espírito angustiado. Sua oração é um tanto parecida com a oração dos levitas registrada em Ne. 9:6-38.
32:20. Sinais e maravilhas na terra do Egito. Cons. Êx. 7:8-12:36. Até ao dia de hoje. Provavelmente esta frase modifica a declaração que se segue.
32:25 A oração irrompe quando o profeta sente a incongruência de sua atitude tão inconsistente com a situação da terra que está sendo perdida para os babilônios. Contudo ele não vai se estender mais detalhadamente sobre as suas dúvidas.
32:26-44 O Senhor conforta e tranquiliza o seu profeta dizendo-lhe que embora a cidade venha a cair como ele esteve profetizando, haverá uma restauração, quando o povo tornará a comprar e vender na terra de Judá.
32:27 Com grande delicadeza Deus insiste com Jeremias a que tenha mais fé, retomando a declaração do próprio profeta (v. 17), como se lhe perguntasse: "Jeremias, você realmente crê no que disse?"
32:34. Abominações; isto é, ídolos. Havia ídolos até mesmo no Templo de Jerusalém (cons. Ez. 8: 3-11).
32:44. Região montanhosa. Veja observações referentes a 17:26. Planícies. O Sefelá (cons. 17:26, observação). Sul. O Neguebe. (Cons, 13:19, observação). Porque lhes restaurarei a sorte. Veja observação referente a 29:14.
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