Significado de Oseias 2
Oseias 2
Oseias 2 continua a metáfora do relacionamento entre Deus e Israel, utilizando a imagem de um casamento conturbado para descrever a relação entre Deus e seu povo.
Deus continua a repreender Israel por sua infidelidade e idolatria. Ele acusa Israel de se prostituir espiritualmente ao buscar outros deuses e alianças, abandonando sua fidelidade a Ele.
Deus anuncia as consequências da infidelidade de Israel, incluindo o julgamento e a remoção de sua bênção. Ele declara que despojará Israel de suas bênçãos e os deixará expostos e envergonhados diante de seus amantes.
Apesar da infidelidade de Israel, Deus expressa sua misericórdia ao prometer restauração e reconciliação. Ele diz que, mesmo depois de disciplinar Israel, Ele a atrairá de volta para si, renovando sua aliança e restaurando sua bênção sobre eles.
Deus fala sobre estabelecer uma nova aliança com Israel, uma aliança baseada no amor e na fidelidade mútua. Ele remove os nomes dos ídolos dos lábios de Israel e os chama de "meu povo" e "meu Deus", restaurando seu relacionamento íntimo e pessoal com eles.
Deus promete restaurar a prosperidade da terra de Israel, transformando o deserto em jardim e restaurando a paz e a segurança para o seu povo.
No final do capítulo, Deus expressa seu desejo de que Israel responda ao Seu chamado, retornando a Ele em arrependimento e fidelidade. Ele reafirma sua promessa de estabelecer uma nova aliança com eles, baseada no amor e na graça.
Oseias 2 retrata a relação de amor, infidelidade, julgamento e restauração entre Deus e seu povo, oferecendo esperança de renovação e reconciliação, mesmo diante da infidelidade humana.
Comentário de Oseias 2
Oseias 2.1 Deus, em Sua infinita misericórdia, restauraria o concerto com Seu povo, revertendo o julgamento simbolizado pelos nomes Lo-Ruama e Lo-Ami, ligados neste versículo aos termos irmãos e irmãs.Oseias 2.2-17 Os eventos destes versículos resumem o restante da profecia — o que Gomer fizera também fizera Israel. Logo, o que acontecer a Gomer acontecerá a Israel. Três eventos merecem destaque: (1) sua reprovação (v. 2-5); (2) sua retribuição (v. 6-13); e (3) sua restituição (v. 14-17). Estes episódios constituem o pano de fundo das mensagens proféticas que se seguem às próximas grandes divisões: (1) a respeito da reprovação de Israel (Os 4.1—7.16); (2) da sua retribuição (Os 8.1— 13.16); e (3) da sua restauração (Os 14.1-8).
Oseias 2.2 Contendei. O Senhor formalmente acusou Israel de infidelidade ao concerto com Ele. Vossa mãe se refere à nação pecaminosa do tempo de Oseias, simbolizada por Gomer (Os 1.2,3). A declaração ela não é minha mulher pode ser um anúncio formal de divórcio ou uma confissão de que o relacionamento entre Deus e Israel havia perdido a vitalidade.
Oseias 2.3 O Senhor avisou que humilharia publicamente Sua esposa infiel deixando-a despida (Ez 16.35-43). A comparação desta com uma terra seca denota a perda da fertilidade, uma punição apropriada para uma nação que havia buscado fertilidade na adoração a outro deus.
Oseias 2.4, 5 O termo seus filhos se refere aos israelitas que viveram na terra. Apesar de a mãe (a terra) e os filhos (os habitantes da terra) serem distintos na metáfora de Oseias, ambos, na verdade, referem-se à nação pecaminosa. O Senhor alertou que renegaria os filhos por trazerem à memória a infidelidade de sua mãe.
Oseias 2.6, 7 O verbo cercarei chama a atenção para a forte paixão que o povo de Israel sentiu por Baal. Estes versículos antecipam o exílio, quando. Israel se separaria dos ídolos desse deus.
Oseias 2.8, 9 Como Israel se recusou a reconhecer o Senhor como a fonte da prosperidade na agricultura, Deus tiraria Suas bênçãos e não mais supriria as necessidades da nação.
Oseias 2.10 Descobrirei a sua vileza. O Senhor exporia publicamente a infidelidade de Israel por meio do julgamento. A afirmação diante dos olhos dos seus namorados indica que os ídolos de Baal seriam incapazes de ajudar Israel, provando, assim, o quão vão era adorá-los.
Oseias 2.11 Luas novas eram celebrações mensais (Nm 10.10; 1 Sm 20.5,18,24). As festividades sabáticas eram semanais.
Oseias 2.12 O povo de Israel cria que os ídolos de Baal lhe proporcionavam prosperidade agrícola em troca da adoração. Contudo, o Senhor acabaria com as defesas da nação e a tornaria um bosque cerrado habitado por animais selvagens.
Oseias 2.13 A palavra pendentes deve referir-se a anéis usados nas orelhas (Gn 35.4; Ex 32.2,3) ou no nariz (Gn 24.47; Is 3.21; Ez 16.12).
Oseias 2.14 Após separar Israel de “seus amantes”, o Senhor buscaria reconquistá-la por meio de táticas e palavras românticas. O termo deserto foi empregado porque o exílio vindouro de Israel se compara à peregrinação no deserto do tempo de Moisés.
Oseias 2.15 O vale de Acor, que significa vale da aflição, era um lembrete do pecado de Acã e da disciplina dada à nação de Israel por Deus pelo seu pecado (Js 7.24-26). Esse lugar seria transformado numa porta de esperança quando exilados passassem por ele ao retornar a terra.
Oseias 2.16, 17 Israel chamaria o Senhor de marido, não de Baal, pois Yahweh não admitiria ser chamado pelo nome de um deus pagão. A palavra Baal significa mestre.
Oseias 2.18 A terra experimentaria paz. O Senhor protegeria as colheitas contra os animais famintos (v. 12) e evitaria que exércitos hostis invadissem o território israelita.
Oseias 2.19, 20 Desposar-te-ei. Desposar alguém era comprometer-se com alguém, o último passo para o casamento e a consumação do mesmo. O Senhor enfatiza que o novo casamento entre Ele e Israel seria perpétuo, para sempre. Quanto ao termo benignidade, significa lealdade, compromisso. Israel responderia positivamente ao amor do Senhor e reconheceria que Ele é o seu marido e benfeitor, conforme o verbo conhecerás (contraste com os v. 8,13; veja Jr 31.34).
Oseias 2.21-23 Os céus dariam chuva a terra. Esta, portanto, produziria seu fruto. Israel é chamada de Jezreel, que significa Deus planta, pois o Senhor “replantaria” Israel na terra.
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