Significado de 1 Coríntios 14
1 Coríntios 14
1 Coríntios 14 enfoca a importância da adoração ordenada na igreja, particularmente no que diz respeito ao uso de dons espirituais, como falar em línguas e profecia. Paulo enfatiza que todos os dons espirituais devem ser usados de forma a edificar a igreja e trazer glória a Deus. Ele também enfatiza a importância da interpretação, afirmando que se alguém fala em línguas em uma reunião da igreja, deve haver alguém presente para interpretar a mensagem para que seja entendida por todos.
Paulo também aborda a questão da ordem na adoração, afirmando que todas as coisas devem ser feitas de maneira apropriada e ordenada. Ele encoraja os coríntios a priorizar a profecia sobre o falar em línguas, afirmando que a profecia é mais útil para edificação, encorajamento e conforto. Ele também enfatiza a importância do entendimento, afirmando que se alguém fala em línguas sem interpretação, está falando apenas para Deus e não para a congregação.
No geral, 1 Coríntios 14 fornece orientação sobre o uso dos dons espirituais na adoração, enfatizando a importância de edificar a igreja e trazer glória a Deus. Paulo enfatiza a importância da interpretação, ordem e compreensão na adoração, encorajando os coríntios a priorizar a profecia sobre o falar em línguas. Por fim, Paulo nos lembra que tudo deve ser feito de maneira adequada e ordenada, com o objetivo final de edificação, encorajamento e conforto para todos dentro do corpo de Cristo.
Comentário de 1 Coríntios 14
1 Coríntios 14:1 Assim como 1 Coríntios 12.31, este versículo é um eixo que liga o anterior ao seguinte.1 Coríntios 14:1, 2 Segui a caridade. A palavra grega usada para seguir (dioko) carrega significados como apressar, correr, perseguir, aspirar. Podemos levar ou deixar muitas coisas na vida, mas não a caridade. Devemos buscar a caridade como um tesouro inestimável. O fruto do Espírito prepara os cristãos para o exercício dos dons da graça do Espírito. Procurai com zelo os dons espirituais (pneumatikon; compare com 1 Co 12.1). Para a maioria dos intérpretes, a expressão significa que os cristãos devem buscar certos dons a profecia, especialmente para servir ao Corpo de Cristo. Dois problemas podem ir de encontro a essa visão. Primeiro, a palavra grega usada para procurar com zelo (zeloo) é a mesma usada em 1 Coríntios 12.31 e pode indicar um desejo negativo. Então, a passagem de 1 Coríntios 14:1 diria: Segui a caridade, mas vós estais procurando com zelo os espirituais, quando deveríeis, em vez disso, profetizar. Segundo, o termo dons não está no texto grego e, como em 1 Coríntios 12.1, deve ter sido omitido. O contexto parece indicar que espirituais (pneumatika) é um adjetivo que descreve expressões específicas, talvez, línguas estranhas. Consequentemente, em contraste ao termo espirituais que eles procuram de forma imprópria, eles deveriam procurar com zelo o dom de profetizar. Por quê? Porque o principal objetivo dos dons é edificar uns aos outros, mas só Deus entende quem fala língua estranha. Assim, ninguém o entende [...] em espírito.
1 Coríntios 14:3-5 O que profetiza aqui pode ter todos os dons de falar em línguas (Rm 12.6; 1Ped 1.1) que edificam os outros, como mostram os resultados nos versículos 3 e 4. Edificação, exortação e consolação: Paulo prefere que o cristão coríntio exerça este dom no meio dos coríntios, em vez de falar língua estranha, por meio do qual o cristão simplesmente edifica-se a si mesmo. Eu quero que todos vós faleis línguas estranhas. Talvez, o apóstolo esteja comparando o dom de línguas dado pelo Espírito (observe o plural) com o falar língua estranha (o singular). Ou, talvez, Paulo reconheça o valor na oração pessoal em particular, feita em língua estranha, ainda que ele tenha por objetivo corrigir o abuso das línguas na adoração pública. Outra possibilidade é que não devemos extrair um sentido não explícito neste comentário. Em outra passagem, o apóstolo desejou que todos fossem celibatários como ele (1 Co 7.7), mas, sem dúvida, não esperava que as coisas fossem assim. Para Paulo, o verdadeiro dom de línguas era proveitoso, porém, seu proveito era limitado. Profetiza é maior [...] anão ser que também interprete. Quando for interpretado, o dom de falar línguas será proveitoso para a igreja.
1 Coríntios 14:6 Que vos aproveitaria. Se Paulo tivesse chegado aos coríntios falando línguas estranhas, de que isso serviria para eles? Os coríntios, provavelmente, teriam respondido com desinteresse (v. 11) ou com escárnio (v. 23). Em vez de usar esta abordagem inútil, ele veio com uma revelação (compare com 1 Co 2.10), profecia (1 Co 12.29), ciência (compare com 1 Co 2.12) e doutrina (1 Co 12.29; compare com 1 Co 14-26).
1 Coríntios 14:7-9 Como instrumentos musicais que devem ser usados no momento adequado e da forma correta para que cumpram sua devida função, assim as línguas, sendo exercidas fora destas diretrizes, são como que falando ao ar. Ainda que pareçam bonitas, sejam faladas com fluência ou contenham grandes ideias, ou mesmo louvem a Deus, as línguas são irrelevantes se ninguém puder entender o que está sendo dito.
1 Coríntios 14:10, 11 Paulo novamente usa uma analogia para deixar a questão ainda mais clara. Tanta espécie de vozes. Ninguém pode dominar todas as línguas do mundo, mas elas têm um ponto em comum: todas transmitem um significado (significação). O sentido é essencial para a comunicação na língua, e não é diferente com as línguas do Espírito. Sem sentido, elas transformam quem fala em um estrangeiro (ara) (literalmente, fazendo sons sem sentido como um bárbaro) para os ouvintes.
1 Coríntios 14:12 Dons espirituais. A palavra usada para espirituais aqui é diferente da que Paulo usou até o momento (o vocábulo dons não aparece no texto grego). Em vez de pneumatikon ou pneumatika, ele usa a palavra comum pneuma, com o sentido de espíritos. Eles desejavam espíritos (v. 2). Paulo, talvez, esteja falando com ironia, descrevendo que eles haviam voltado às antigas práticas da adoração pagã dos gregos. Ou ele, talvez, use espíritos para dizer que eles estavam falando em línguas. Paulo procura redirecionar o zelo deles às manifestações legítimas do Espírito Santo, que seriam úteis para os companheiros de adoração.
1 Coríntios 14:13 Ore para que a possa interpretar. Se alguém fala língua estranha (ainda que em êxtase), ninguém à sua volta consegue entender (1 Co 14-2). Consequentemente, quem fala deveria pedir a Deus a capacidade de interpretar, para que toda a Igreja possa beneficiar-se.
1 Coríntios 14:14 Orar em língua estranha. Mas se alguém ora em língua estranha, isto é, sem a interpretar, (o que parecia ser a prática dos coríntios), então, não há entendimento e, consequentemente, nenhum benefício para a pessoa ou para a Igreja.
1 Coríntios 14:15 Orarei com o espírito se refere, segundo o contexto, ao espírito pessoal, não ao Espírito de Deus (v. 2). Paulo deseja orar a Deus com seu espírito e com entendimento. Paulo não está disposto a se tornar um louco em sua vida espiritual, deixando sua mente de lado enquanto dá total poder ao seu espírito.
1 Coríntios 14:16, 17 Doutra maneira. Do versículo 12 em diante, Paulo mostra a falta de senso dos coríntios em promoverem seu dom favorito de um modo que não edifica, em vez de levarem o Corpo à unidade, como ensina o capítulo 2. Aqui, então, ele os força a entenderem sua lógica para que canalizem o zelo que têm (1 Co 12.31; 13.5; 14:1; 14-12). O lugar de indouto. Possivelmente, trata-se de um novo convertido. No entanto, também pode ser alguém que não tem o dom de interpretação. O Amém sobre a tua ação de graças. Era comum na adoração judaica e, ao que parece, na Igreja primitiva, a congregação mostrar que estava de acordo com a oração ao responder dizendo amém (Dt 27.14-26; Ap 5.14). Essa resposta seria impossível se ninguém entendesse a oração.
1 Coríntios 14:18, 19 Mais [...] do que vós todos. Ao que parece, falando quantitativamente, Paulo falava inúmeras línguas. Ou ele falava em línguas com mais frequência até do que os coríntios que falavam em línguas com zelo. De qualquer modo, na igreja, falar cinco palavras que pudessem ser entendidas (provavelmente profetizando) era mais útil do que uma série de palavras em língua desconhecida. A ocasião em que todos falaram em línguas, em Atos, ocorreu em público. O ensino de Paulo aqui se concentra no discurso público, embora o verso 18 possa referir-se a Paulo falando em línguas em uma oração pessoal e particular. Possivelmente, em vista dos versículos 20-22, o apóstolo orava em público em várias línguas quando visitava as diferentes sinagogas enquanto percorria o Império Romano de cidade em cidade.
1 Coríntios 14:20-22 Irmãos. Neste novo parágrafo (possivelmente, retomando, agora, a ideia de 1 Co 13.11), Paulo desafia os coríntios a reorientarem suas ideias. Eles deveriam ser adultos, enquanto, na malícia, deveriam ser meninos. Os coríntios ainda tinham muito o que aprender. Na época em que Paulo escreveu esta carta, eles não tinham discernimento ético, embora se tivessem em alto conceito. Na lei. Paulo avalia o propósito das línguas e o uso maduro delas pelas Escrituras, e não pela experiência pessoal. A citação de Isaías 28.11 indica que lei aqui se refere ao Antigo Testamento, e não simplesmente ao Pentecostes.
1 Coríntios 14:23-25 Neste ponto, Paulo passa da discussão teológica para a aplicação na congregação. Tendo mostrado que o fato de eles falarem em línguas tinha valor limitado para a igreja e ainda era prejudicial a ela, Paulo mostra vividamente o que o modo desordenado de falarem em línguas estava causando aos incrédulos. Toda vez que a igreja se reunia, os indoutos ou infiéis participavam da reunião, e os coríntios estavam falando em línguas (possivelmente sem interpretação), esses cristãos pareciam loucos. No entanto, quando esses não cristãos ouviam os cristãos profetizarem na congregação, a mensagem os convencia, de modo que, lançando-se sobre seu rosto, eles adoravam a Deus.
1 Coríntios 14:26 Paulo, agora, apresenta aos coríntios um exemplo de como deveria ser conduzida a reunião de uma igreja local. Se cada um de vós trouxer para o culto a habilidade especial que Deus vos deu e tudo for feito para edificação, a igreja como um todo será beneficiada. Salmo, provavelmente, refere-se a um salmo cantado do Antigo Testamento (compare com Cl 3.16; Ef 5.19). E muito provável que o ensino consistisse de uma apresentação de alguma verdade do Antigo Testamento ou ensinamento dos apóstolos. Embora o apóstolo tenha procurado cortar o excesso, ele ainda reconhece que havia um lugar apropriado para o dom de línguas (tem língua) com interpretação. Aquele que recebe uma revelação pode ser o profeta que fala a palavra de Deus (v. 29-32).
1 Coríntios 14:27 O apóstolo apresenta algumas diretrizes que tinham por objetivo manter o dom de línguas sob controle e, não obstante, permitir ao Espírito de Deus usar o dom por meio da igreja. Ele limita a três o número de manifestações desse dom em uma reunião da igreja e diz que elas devem ser em ordem (por sua vez), e cada uma dessas manifestações deve ser interpretada. Antes de falarem em línguas, eles precisam ter certeza de que há algum intérprete ou de que quem fala em línguas irá interpretar (compare os versículos 5 e l3 ).
1 Coríntios 14:28 Se não houver intérprete, esteja calado. Se ninguém é capaz de interpretar o que é dito, então, quem fala línguas não deve falar. A palavra grega usada para calado (sigao) significa não dizer nada.
1 Coríntios 14:29 Falem dois ou três profetas. Por mais benéfico que seja profetizar, até aqui Paulo procura ordenar a atividade. Há pouco tempo em um culto e há muito a ser feito. Os outros julguem indica que ninguém, nem mesmo uma pessoa exercendo um dom da graça, está isento de julgar a igreja (1 Co 6.5; 11.29, 31). Esse julgamento poderia ser feito pelos outros profetas presentes.
1 Coríntios 14:30 Revelada, sem dúvida, mostra que profetizar é mais do que consideramos pregar ou falar sobre os textos das Escrituras. Assemelha-se à profecia do Antigo Testamento, na qual Deus dá a revelação a um servo para que ele a entregue ao povo de Deus. Cale-se o primeiro é similar à admoestação no versículo 28 com relação a quem fala em línguas. Quem fala em línguas não deve interromper o outro. Todas as coisas devem ser feitas com ordem (v. 40).
1 Coríntios 14:31, 32 Uns depois dos outros é semelhante ao por sua vez do versículo 27 no que diz respeito a quem fala em línguas. Uma vez que a profecia serve para que todos na congregação aprendam e sejam consolados, somente este procedimento ordeiro garantirá o resultado. Sujeitos aos profetas é acrescentado para que ninguém possa afirmar: “Eu simplesmente não consigo me controlar quando Deus me dá uma revelação do Espírito”. Paulo ensina que o Espírito Santo não se apodera do indivíduo a quem Ele dá poder. A vontade do cristão não é violada, mas deve cooperar para a obra de Deus.
1 Coríntios 14:33 Deus não é Deus de confusão. Confusão é exatamente o que os coríntios estavam experimentando. Isso não vem de Deus, mas da carne pecaminosa. Como em todas as igrejas dos santos pode combinar com a primeira parte do versículo 33, ou servir como começo do versículo 34. A oração parece se ajustar melhor ao versículo 34, em se tratando da conduta dos cristãos nas reuniões da igreja.
1 Coríntios 14:34 Paulo ordena que as mulheres estejam caladas nas reuniões da igreja. Esta afirmação é mais forte e mais abrangente do que a feita em 1 Timóteo 2.12. Em 1 Timóteo, ela se refere ao ensino dos homens; aqui todo tipo de conversa parece proibido. Isso parece não estar de acordo, no entanto, com a permissão anterior dada às mulheres para profetizarem em 1 Coríntios 11.5. Alguns afirmam que falar se refere a falar em línguas, enquanto outros acreditam que Paulo esteja proibindo que se fale de modo contestador. Há ainda quem acredite que Paulo tenha tentado inibir um grupo feminista em Corinto. O contexto, entretanto, diz respeito a autocontrole e a julgar os profetas. A proibição tem a ver com mulheres não se envolvendo no julgamento dos profetas. Tal julgamento seria uma expressão de autoridade sobre os homens, o que era proibido.
1 Coríntios 14:35 Interroguem em casa a seus próprios maridos parece indicar que se trata de mulheres mais velhas, que já são casadas. A ideia de mulheres mais novas e solteiras tentando se dirigir à igreja provavelmente nunca passou pela cabeça do apóstolo. Indecente indica o forte sentimento do apóstolo e da igreja do primeiro século em geral, no sentido de ter mulheres instruindo homens na igreja, ou exercendo autoridade sobre eles. No entanto, quando as mulheres estavam cobertas e profetizavam, isso era aceitável e não era visto como exercer autoridade sobre os homens (compare com 1 Co 11.3-10).
1 Coríntios 14:36 Saiu dentre vós é outro argumento para que os coríntios aceitem o ensino de Paulo. Os coríntios não inventaram a verdade que Paulo ensina. Ela começou em Jerusalém e, naquele momento, havia percorrido grande parte do mundo romano.
1 Coríntios 14:37 Para estabelecer também seus argumentos e a autoridade de seu ensino, Paulo declara que, como apóstolo, o que ele ensina são os mandamentos do Senhor. Não são opiniões nem uma opção. Cuida ser profeta ou espiritual também mostra que as duas principais classes de pessoas com dons estão em vista no capítulo 14, ou seja, o profeta e quem fala em línguas.
1 Coríntios 14:38-40 Para a pessoa que se nega a dar atenção à admoestação do apóstolo, Paulo simplesmente diz que, se aquela pessoa quiser ignorar, que ignore.
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