Significado de 2 Reis 24

2 Reis 24

24.1 Após derrotar os assírios e os egípcios na batalha de Carquemis (605 a.C.), Nabucodonosor invadiu Judá e escravizou a nação. Ele tomou Daniel e outros notáveis para a Babilônia como espólios de guerra. Nabucodonosor, que sucedeu ao seu pai como o rei da Babilônia em 605 a.C., reinando até 562 a.C., orgulhou-se em seus anais de 605 e de 604 a.C. da submissão de toda a Síria, assim como de toda a Palestina. Jeoaquim serviu a Nabucodonosor por três anos antes de rebelar-se, encontrando coragem, talvez, quando Faraó-Neco obteve sucesso em fazer a Babilônia voltar à fronteira egípcia em 601 a.C.

24.2 O nome caldeus era originalmente conferido a certos habitantes do sul da Mesopotâmia. Mas, no período neobabilônico, o termo se tornou a identidade babilônica. A própria Babilônia se chamava Caldeia. Após a queda do império babilônico ou caldeu, esse nome passou a ser usado para significar adivinho (Dn 2.2). Neste versículo, tem-se o senso étnico do termo. Não somente caldeus, mas partidos de incursão de países vizinhos assediaram Judá.

24.3-7 Por Jeoaquim e Judá terem repetido os pecados de Manassés (2 Rs 21.1-17), o julgamento de Deus era inevitável. O próprio Jeoaquim logo morreria, justamente na segunda campanha empreendida por Nabucodonosor em Judá (598 a.C.).

24.8-11 O nome Joaquim significa o Senhor determinou. Em função de as descrições bíblicas de Joaquim parecerem representá-lo como um jovem maduro (Jr 22.24-30; Ez 19.6), a idade dele a que se tem acesso era provavelmente dezoito anos, em vez de oito, como se vê em alguns manuscritos (2 Cr 36.9).

24.12, 13 Aparentemente, Jeoaquim havia morrido antes de Nabucodonosor ter chegado a Jerusalém, porque foi Joaquim quem foi levado cativo com outros líderes de Judá (como Ezequiel; Ez 1.1). Ele reinara apenas três meses (v. 8); o ano era 598 a.C. Jeremias o chamava de Jeconias e de Conias (Jr 22.24,28).

24.14 Talvez dez mil seja um número arredondado de deportados de todos os tipos de Judá e de Jerusalém. E provável que o número inclua várias categorias de exilados, tais como os mencionados no versículo 16.

24.15 Transportou Joaquim para a Babilônia. A prisão de Joaquim (2 Cr 36.9, 10) fora profetizada em Jeremias 22.24-27. Diferente de Jeoacaz, que havia sido levado para o Egito anteriormente (2 Rs 23.33), não sendo mais tão mencionado, Joaquim tem sua eventual libertação registrada duas vezes (2 Rs 25.27-30; Jr 52.31-34).

24.16, 17 Matanias era o filho mais novo de Josias. Seu nome significa o presente do Senhor. Os três filhos de Josias que lhe sucederam no trono reinaram com nomes diferentes: Salum (1 Cr 3.15; Jr 22.11) governou como Jeoacaz (2 Rs 23.31); Eliaquim, como Jeoaquim (2 Rs 23.34); e Matanias, como Zedequias. Da mesma forma, Jeconias'(l Cr3.16;Jr 24.1), o filho de Jeoaquim, governou como Joaquim (2 Rs 24-8).

24.18, 19 Matanias, que governou com o nome de Zedequias, assentou-se ao trono em 598 a.C. Este foi o ano da morte de Jeoaquim e da prisão de Joaquim. Zedequias permaneceu no governo até a queda de Jerusalém, em 586 a.C.

24.20 Zedequias se revoltou contra o rei de Babilônia. O rei de Judá inocentemente esperava que os egípcios que se encontravam sob o governo do Faraó Apriés (ou Hofra, Jr 44.30) fossem ajudá-lo (Ez 17.15-18). Apriés havia, há pouco, sucedido a Psamtik II (594-588 a.C.) no trono. Ele tinha grandes planos para a glória renovada do Egito. Infelizmente, seus projetos não se realizaram. Apesar de Apriés ter desafiado Nabucodonosor atacando a Fenícia e auxiliando Zedequias (Jr 37.5), ele não foi capaz de dar livramento a Judá (Jr 37.7,8). Seu reinado terminou num golpe de estado que, no fim, custou-lhe a própria vida.

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