Significado de 2 Samuel 4

2 Samuel 4

Em 2 Samuel 4, o capítulo narra os eventos que levaram à morte de Isbosete, o filho de Saul, e as consequências desse acontecimento. Aqui está um resumo dos principais acontecimentos:

1. A Morte de Isbosete (2 Samuel 4:1-7):

Quando Isbosete, filho de Saul, ouve falar que Abner havia morrido em Hebrom, ele perde a coragem e todo o Israel fica alarmado.
Isbosete tinha dois capitães de tropas chamados Recabe e Baaná, filhos de Rimom de Beerote, da tribo de Benjamim.
Esses dois homens, Recabe e Baaná, entram na casa de Isbosete durante a tarde, enquanto ele estava descansando.
Eles entram disfarçados como quem busca trigo, matam Isbosete em sua cama, cortam sua cabeça e fogem pela planície durante a noite.

2. Recabe e Baaná Apresentam a Cabeça de Isbosete a Davi (2 Samuel 4:8-12):

Recabe e Baaná levam a cabeça de Isbosete a Davi em Hebrom, dizendo que o Senhor vingou Davi naquele dia de Saul e de sua descendência.
Davi responde a Recabe e Baaná, lembrando-os de como ele havia tratado o mensageiro que lhe trouxe notícias da morte de Saul, esperando ser recompensado, mas foi executado.
Davi declara que, sendo Isbosete um homem justo, eles haviam cometido um ato perverso ao matá-lo em sua própria casa e em seu próprio leito.
Davi ordena que Recabe e Baaná sejam executados. Seus homens os matam, cortam suas mãos e pés, e penduram seus corpos junto ao tanque de Hebrom.
A cabeça de Isbosete é enterrada na sepultura de Abner em Hebrom.

Este capítulo destaca a violência e a traição que marcaram a luta pelo poder em Israel após a morte de Saul. A reação de Davi à morte de Isbosete demonstra seu respeito pela justiça e pela dignidade, mesmo em tempos de conflito e transição de poder.

Comentário de 2 Samuel 4

2 Samuel 4.1 Isbosete, o filho de Saul, ficou desnorteado para agir como rei, uma vez que Abner, que o apoiava, havia partido. A declaração e todo o Israel pasmou demonstra o temor do povo diante da possibilidade de um ataque pelos homens de Davi.

2 Samuel 4.2, 3 O fato de Baaná e Recabe serem da tribo de Saul, Benjamim, faz de suas ações ainda mais repreensíveis. Beerote era uma das quatro cidades dos gibeonitas (Js 9.17), com a qual Josué havia feito uma aliança. Por alguma razão, tinham fugido os beerotitas para Gitaim, e a cidade deles foi reocupada pelos benjamitas (Ne 11.33).

2 Samuel 4.4 Meribe-Baal, que significa o senhor é advogado, era o nome original do filho de Jônatas (1 Cr 8.34;9.40). O autor de Samuel o trocou por Mefibosete, que significa ele espalha vergonha, aparentemente para evitar as implicações de idolatria da palavra Baal.

2 Samuel 4.5, 6 A casa de Isbosete ficava em Maanaim (2 Sm 2.8,12). Isbosete estava descansando ao meio-dia, como também deveriam estar os membros da guarda do palácio.

2 Samuel 4.7 Os assassinos fugiram caminhando pela planície, ou seja, pelo caminho do vale do Jordão.

2 Samuel 4.8-12 O relato da punição dos assassinos de Isbosete é análogo ao registro das negociações de Davi com o amalequita que confessou ter matado Saul (2 Sm 1.1-16). A semelhança entre as duas passagens provoca um ar de suspense. O leitor sabe a reação de Davi quanto a esse assunto, mas Recabe e Baaná sequer imaginavam como o rei “recompensaria” suas ações.

2 Samuel 4.8-10 Baaná e Recabe trouxeram a cabeça de Isbosete a Davi, talvez na esperança de receberem uma recompensa. Eles usaram a linguagem espiritual o SENHOR vingou hoje ao rei para descrever suas ações desprezíveis. Ainda assim, suas palavras rebuscadas não enganaram Davi. O juramento vive o SENHOR indica que Davi estava sob a proteção de Deus; por isso, não havia necessidade de defendê-lo matando Isbosete. O pronome àquele se refere ao amalequita que confessou ter matado Saul (2 Sm 1.2-16).

2 Samuel 4.11 Isbosete era visto como um homem justo, uma vez que era inocente de qualquer ato perverso ou crime. Ele havia assumido o trono apenas após a morte de seu pai, Saul.

2 Samuel 4.12 Justificava-se a execução dos assassinos tendo por base Gênesis 9.5. Seus corpos foram pendurados, ou erguidos, sobre o tanque de Hebrom, o qual era frequentado, diariamente, pelos habitantes da cidade. Esse cenário funcionou como um aviso às pessoas das consequências de tais atos tolos e ações perversas. Davi demonstrou seu respeito pelo filho assassinado de Saul enterrando a cabeça de Isbosete na sepultura de Abner, em Hebrom.

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