Significado de Isaías 47
Significado de Isaías 47
Isaías 47
47.1-15 — A humilhação e o exílio dos deuses babilônicos (cap. 46) deixarão os habitantes da Babilônia sujeitos ao mesmo destino. Isaías prevê a queda da Babilônia com a paródia de um ofício fúnebre que tenciona desestimular a Babilônia e animar Israel. O poema possui quatro estrofes (v. 1-4,5-7,8-11,12-15).
47.1 — O virgem filha de Babilônia. Trata-se de linguagem sarcástica. A Babilônia agiu como se fosse filha de Deus, e está prestes a descobrir que é filha dos caldeus. Não será mais considerada uma princesa divina — tenra e delicada.
47.2,3 — Moer farinha geralmente era trabalho de escravas (Ex 11.5). A frase descobre as pernas sugere duro trabalho doméstico com um toque de vergonha pela exposição indecente. A Babilônia perderá seus privilégios. A vergonha alude à desgraça, à falta de decoro, à indignidade e à vulnerabilidade (Gn 9.22,23).
47.4 — Contrastando com a humilhada Babilônia, Israel tem um redentor (Is 41.14). O
Senhor dos Exércitos (Is 1.9) libertará a nação de Israel.
47.5 — A estrutura semelhante dos v. 1-5 faz a conexão da primeira estrofe (v. 1-4) com a segunda (v. 5-8).
47.6,7 — O cruel desrespeito da Babilônia por Israel quando o Senhor os entregou na sua mão será vingado, como no caso dos assírios (Is 10.1- 19; 49.25).
Senhora para sempre. A Babilônia gaba-se arrogantemente de que continuará a ser um império, a senhora de reinos (v. 5; compare a Dn 4.30), por toda a eternidade. Isso equivale a blasfemar.
47.8,9 — Ouve isto. A palavra é dirigida à má filha, a Babilônia (v. 1,5; leia Is 1.8). A Babilônia havia se divinizado pela declaração Eu sou (v. 10). Havia tentado usurpar o atributo exclusivo do Senhor: só o Todo-poderoso não depende de nada nem de ninguém para existir (Is 45.4,6,18,21,22; 46.9). Essa perversa autodivinização reflete a bravata do rei de Tiro (Ez 28.11 -19). A Babilônia não é mais considerada virgem (v. 1), e sim uma viúva. A alegoria da perda de filhos alude à perda de esperança no futuro. Compare o destino da Babilônia com o de Sião (Is 49.21-23; 54.1-6).
47.10 — Maldade, sabedoria e ciência referem-se à mesma ideia que feitiçarias e encantamentos no v. 9 (Dn 2 e 5; compare com Is 11.2). Ninguém me pode ver. O orgulho egoísta dos ímpios baseia-se parcialmente na crença de que não há nenhum Deus onisciente e onividente no Universo.
47.11 — A expressão pelo que vincula as pretensões babilônicas à ciência (v. 10), ao juízo justo que a nação não poderia conhecer.
47.12-14 — A ordem deixa-te estar coincide com as ordens iniciais do Senhor nos v. 1,5. A palavra feitiçarias faz a conexão da última estrofe com as primeiras (v. 9,10).
47.1 5 — O destino da Babilônia também abrangerá aqueles com quem ela se relaciona: os negociantes, de cujo ofício há muito tempo depende para ser próspera. Compare com a arrogância do rei de Tiro pelo sucesso comercial de sua nação (Ez 28.16,18).
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