Significado de Jeremias 19
Jeremias 19
19.1-15 — Esse trecho tem duas partes: (1) o frasco quebrado no vale de Hinom (Jr 19.1- 13); e (2) uma mensagem no pátio do templo (Jr 19. 14, 15).
19.1,2 — A botija era uma garrafa de água pequena, de pescoço estreito e feita de barro, com cerca de 15 a 25 cm de comprimento. Os anciãos foram convocados para seguirem Jeremias até o vale do filho de Hinom (Jr 7.31,32), um local de refugo onde as crianças eram sacrificadas em rituais idólatras nos dias de Manassés. A Porta do Sol dava acesso ao vale pela porção sul da cidade desde os dias da expansão de Ezequias.
19.3 — Ouvi. Essa palavra-chave do código de Deuteronômio (Dt 6.4) apela para uma decisão com relação ao conteúdo da mensagem. Retinir-lhe-ão as orelhas. Essa expressão é utilizada para se referir a um anúncio ríspido sobre o julgamento (1 Sm 3.11).
19.4-6 — Profanaram este lugar. O povo, através de sua idolatria, impediu que a cidade de Jerusalém fosse o local onde Deus escolheria habitar com seu nome. A cidade havia se tornado um local de deuses estrangeiros.
Nunca conheceram, nem eles [...] nem os reis de Judá. O verbo conhecer fala de um conhecimento pessoal e íntimo, impossível de se ter com objetos inanimados.
Sangue de inocentes refere-se ao assassinato de crianças por meio de sacrifício (Jr 7.31). O sacrifício humano era conhecido entre os fenícios, os moabitas e os cananeus. Essa prática abominável, realizada em nome da adoração religiosa, era expressamente proibida pela aliança (Dt 12.31).
19.7 — A Babilônia era o agente que iria dissipar ou anular, o conselho dos anciãos que recusara a mensagem do Senhor transmitida por Jeremias e permanecera na idolatria. A profanação dos cadáveres permitindo que aves e animais selvagens consumissem os corpos era considerada a profanação derradeira entre os povos do Oriente Próximo antigo (Jr 7.33; 9.22).
19.8 — Deus permitiria que Jerusalém se tornasse um objeto de engano e humilhação para vingar seu nome (Jr 18.16). Pragas assolariam a cidade de acordo com as maldições da aliança presentes em Dt 28.58-61 (Lm 2.15; S f 2.15).
19.9 — A terrível prática do canibalismo se manifesta, como previsto em Dt 28.53. Após vários anos de cerco que resultaram em grande fome, o povo passou a comer carne humana para sobreviver. Essa profecia foi cumprida literalmente em 586 a.C., quando Nabucodonosor invadiu Judá, e, novamente, em 70 d.C., quando Tito destruiu Jerusalém.
19.10 — Após a proclamação dessa terrível mensagem de julgamento, o ato simbólico foi realizado perante os anciãos e outros habitantes de Jerusalém.
19.11 — Assim como um vaso se quebra em pedaços quando lançado ao solo, assim também o julgamento de Deus iria despedaçar a cidade e espalhar seus habitantes. A restauração seria impossível. O número de cadáveres seria muito maior do que o número de sepulturas (Jr 7.32,33).
19.12,13 — Assim como os moradores de Jerusalém tinham feito do vale do filho de Hinom um local de morte, o Senhor transformaria toda a cidade de Jerusalém em um local de morte (Jr 19. 4-6).
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Um comentário:
Profundo o livro de jeremias
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