Significado de Jeremias 30

Jeremias 30

Jeremias 30 é o primeiro dos quatro capítulos do Livro da Consolação, que promete uma futura restauração e redenção para Israel após seu exílio. Neste capítulo, Jeremias recebe uma mensagem de Deus para escrever todas as palavras que lhe foram ditas a respeito de Israel e Judá. Deus promete trazer restauração a Israel e Judá, depois de terem sido punidos por seus pecados. O capítulo fala das dificuldades que Israel enfrentou e enfrentará, e como eles eventualmente se voltarão para Deus e serão restaurados. Deus promete levantar um rei da linhagem de Davi para governá-los e protegê-los. Este capítulo enfatiza o amor de Deus por Seu povo e Sua fidelidade para cumprir Suas promessas.

Em resumo, Jeremias 30 fala da restauração vindoura de Israel e Judá após a punição por seus pecados. Enfatiza o amor e a fidelidade de Deus para cumprir Suas promessas, incluindo levantar um rei da linhagem de Davi para governar Seu povo. O capítulo serve como uma mensagem de esperança para Israel em meio ao seu exílio e sofrimento.

Comentário de Jeremias 30

30:1-3.26 Esta coletânea de oráculos tem sido chamada de Livro da Consolação. Ela contêm duas partes, a primeira lidando com a restauração física e espiritual de Israel e de Judá (Jr 30; 31) e a segunda com a fé e a garantia das bênçãos de Deus para Seu povo (Jr 32; 33). Os primeiros 29 capítulos contêm basicamente oráculos de julgamento contra Israel, Judá, seus líderes e as nações. O local e a data precisa das mensagens em Jeremias 30 e 31 não são bastante evidentes. Em Jeremias 32 pode ter sido registrado no final do reinado de Zedequias.

30:1, 2 Os oráculos de Jeremias foram registrados pelo escriba Baruque (Jr 36). Livro refere-se a qualquer tipo de meio de escrita, desde um tablete de argila a um rolo de pergaminho. Os oráculos de Jeremias foram registrados em um rolo (Jr 36.2).

30:3 E a possuirão. A posse da terra, assim como ocorreu originalmente sob a liderança de Josué, seria responsabilidade do remanescente fiel que vivesse de acordo com as estipulações da aliança.

Jeremias 30:1-3

Retorno do Exílio

Até agora neste livro ouvimos profecias de Jeremias que, com exceção de algumas passagens (Jeremias 2:1-3; Jeremias 3:14-17; Jeremias 16:14-15; Jeremias 23:1-8; Jeremias 24:4-7), são todos de caráter ameaçador e sombrio. Em Jeremias 30-33, a perspectiva profética muda para principalmente esperançosa. Isso é ainda mais notável porque as profecias em Jeremias 32-33 foram dadas no décimo ano de Zedequias, ou seja, pouco antes da queda final de Jerusalém. A ideia principal desses capítulos é que Israel como nação não perecerá.

Esses versículos são a introdução de Jeremias 30-31. Eles lidam com o tema esperançoso da restauração do povo. Esses versículos estabelecem clara e inequivocamente que o povo retornará à terra. O SENHOR diz isso a Jeremias em uma nova palavra (Jr 30:1). Chegamos a um clímax aqui.
“A palavra” que vem a Jeremias implica uma comissão especial. Não se refere a pregar ou entregar uma mensagem, mas destina-se principalmente a si mesmo. Visto que ele é um tipo do remanescente crente, também se destina a eles. Ele é instruído a escrever em um livro tudo o que o Senhor falou (Jr 30:2). Isso parece envolver Jeremias 30-33 em particular (cf. Jer 36:2). O que está escrito fornece certeza e meios de verificação. Outros também escreveram suas palavras em um livro, como Moisés (Êx 17:14; Dt 31:24), Josué (Js 24:26), Isaías (Is 8:1; Is 30:8), Naum (Nah 1: 1), Habacuque (Hab 2:2).

Jeremias 30-33 são um livro separado neste livro. Este “livro” de quatro capítulos às vezes é chamado de “livro de consolo” porque está cheio de consolo e promessas. Esses capítulos contêm a garantia de sua existência contínua. Numa época em que tantos judeus estão no exílio, isso deve ser um grande conforto para aqueles que acreditam. Ele contém profecias sobre o reino da paz e sobre o Senhor Jesus, pois então e por meio Dele tudo o que foi prometido nestes capítulos será cumprido. Eles também têm um significado prático para nós que já vivemos no reino, embora esse reino exista agora de forma oculta (Rm 14:17). Em termos espirituais, já podemos experimentar essa restauração agora.

Acima de tudo, por meio da Palavra inspirada, conhecemos a verdade de Deus. Vemos a confirmação do que Ele disse quando o que Ele disse é cumprido. Aqui Ele fala a respeito de Seu plano de trazer uma reviravolta no cativeiro de Israel e Judá (Jr 30:3). É sobre a restauração das doze tribos. Israel está em dispersão e Judá no exílio. Eles serão novamente como um só povo na terra dos pais. Não é assim agora e não aconteceu no retorno da Babilônia. O retorno da Babilônia é imperfeito, tanto em número quanto em condição.

30:4-11 Esse trecho poético reconta os esforços do povo de Deus no exílio e a libertação do cativeiro. Os teólogos sugerem a data de 588 a.C. para o registro desse trecho, porém isso continua em debate. O versículo 4 serve de título para a coletânea de oráculos nos Jeremias 30:5-24.

30:5, 6 Voz de tremor [...] temor [...] não de Paz. Os ouvintes de Jeremias eram as nações de Judá e de Israel, que haviam experimentado o terror do Dia do Senhor (J1 1.1-2.11; Am 5.18-20). Mãos sobre os lombos simboliza a agonia do povo de Deus, que havia se tornado como mulheres grávidas indefesas, em trabalho de parto, perante seus inimigos (Jr 4.31; 6.24).

Jeremias 30:4-7

O Tempo da Aflição de Jacó

As palavras do SENHOR dizem respeito às doze tribos, agora divididas em dez tribos, “Israel”, e duas tribos, “Judá” (Jr 30:4). Ele está falando com todos eles. Suas palavras dizem respeito ao todo. As palavras que Jeremias deve transmitir do Senhor não contêm inicialmente palavras de esperança, mas são aquelas de “um som de terror” (Jeremias 30:5). Quando a libertação vier, o povo estará na mais profunda miséria, com muito medo. Não há perspectiva de paz.

Com uma pergunta, o SENHOR aponta o desânimo daquele tempo. Ele quer que as pessoas pensem sobre o que causou isso. Os eventos preditos produzem um medo enorme e apavorado nos homens, que é comparado às dores de parto de uma mulher grávida (Jeremias 30:6). Todos os seus rostos empalidecem ao ver os desastres que estão caindo sobre eles e contra os quais toda resistência é inútil.
O que acontece a seguir torna aquele dia – o que significa um período de tempo – um dia sem paralelo em toda a história do povo de Deus (Jeremias 30:7). A exclamação “ai” pertence a esse dia. Aquele dia é o período do “tempo de angústia de Jacó” (cf. Mt 24,21). Ao mesmo tempo, vem também o consolo ou encorajamento: “Ele será salvo dela”. Quando a necessidade é maior, o Senhor vem em auxílio de Seu povo e o salva.

As Escrituras proféticas contêm muitas referências a este tempo único de angústia de Jacó (Jr 46:10; Is 2:12-21; Is 13:6; Is 34:1-8; Ez 30:3; Jl 1:15; Jl 2 :1-2; Jo 2:11; Dan 12:1; Am 5:18-20; Mq 1:2-5; Zc 14:1-8; Zc 14:12-15). A tribulação culminará na salvação física e espiritual (cf. Zc 12:10-14; Zc 13:1) que será tal que Israel nunca mais será subjugado por nenhuma nação. Isso não pode ser dito de qualquer salvação que tenha ocorrido até hoje. A promessa, “ele será salvo dela”, refere-se a um tempo ainda futuro.

30:7-9 O incomparável dia do Senhor era um período proposital de terror e desespero para Israel e Judá, do qual o Senhor iria salvá-los. Jeremias expressou a esperança de ser libertado do cativeiro do jugo da Babilônia no tempo oportuno de Deus (Jr 25.12) e não o segundo o tempo dos homens (Jr 28.11). Então Israel não mais serviria a estrangeiros em terras estranhas e nem mesmo em seu próprio território. Em vez disso, o povo de Deus iria servir ao Senhor, seu Deus, como também a Davi, seu rei. O Senhor iria levantar um rei messiânico da linhagem de Davi para governar a nação (Is 9.7; 11.1; Os 3.5).

30:10, 11 Meu servo. O uso desse termo em relação a Israel e Judá faz um paralelo com Is 42.1; 44.1. A esperança da nação era descanso, tranquilidade na ausência de problemas externos e internos, e sossego, segurança e paz como resultado de sua confiança no Senhor.

Jeremias 30:8-11

Salvo da Tribulação

O resultado dessa grande angústia vem do SENHOR. Ele quebrará o jugo da aliança que existe entre o anticristo e o chefe do império romano e que está sobre o Seu povo, isto é, sobre o remanescente dele (Jr 30:8). Os laços com os quais Seu povo, que é o remanescente, está preso, Ele quebrará. É uma salvação total de todos os poderes hostis e opressores. Ele fará isso por meio de Seu Rei Davi, o Messias, a quem Ele levantará para eles (Jr 30:9). Então servirão ao Senhor, seu Deus.

Com a promessa da quebra do jugo, o SENHOR encoraja Seu “servo Jacó” a não temer (Jr 30:10). O jugo que lhes for imposto a seguir, eles aceitarão com alegria, pois é o jugo gentil e benevolente de seu Rei Messias (Mateus 11:28-30). Jacó é Seu servo, o povo O serve. Aqueles que O servem são protegidos por Ele. “Israel” também não precisa desanimar, pois o povo será salvo por Ele das terras distantes em que estão cativos. O SENHOR permitirá que Jacó volte e o deixe habitar em paz em sua terra, sem preocupações e sem medo dos inimigos.

Ele garante isso, Ele está com eles (Jr 30:11). Esta é a grande e gloriosa promessa que torna sem sentido toda oposição e todo perigo. Quando Ele está conosco, nada pode nos ameaçar e toda ameaça é derrubada. Quando Ele tiver espalhado Seu povo e estiver trazendo-o de volta, Ele destruirá completamente todos os que tentarem impedi-lo.

Mas Seu povo Ele não destruirá completamente, para eles Ele não fará um fim. Ele certamente os punirá porque eles mereciam. Mas Ele fará isso com moderação, para que não sejam totalmente aniquilados. Ele usará essa disciplina para purificá-los e então cumprirá Suas promessas para eles, isto é, para o remanescente de acordo com a eleição de Sua graça.

30:12 Teu quebrantamento é mortal, e a tua chaga é dolorosa. O julgamento de Deus havia trazido muitos danos à nação, uma ferida que causaria a morte a menos que o Senhor interviesse.

30:13 Curado nesse trecho refere-se ao crescimento de pele nova sobre uma ferida aberta.

30:14 Os amantes de Israel eram nações como a Assíria, o Egito, a Fenícia, Amom, e Edom, com quem havia feito alianças políticas e religiosas. Essas nações haviam esquecido de Judá rapidamente; perderam parte de sua força ou foram derrotadas por Nabucodonosor. O Egito, por exemplo, havia dado apoio à rebelião de Zedequias, mas foi derrotado em 588 a.C. por Nabucodonosor. Quando o exército egípcio retirou-se para além do rio do Egito, as tropas babilônicas lançou um cerco contra Jerusalém e a destruíram, em 586 a.C. (Jr 37.1-5).

30:15 Maldade [...] pecados. Esses termos são retirados do v. 14, enfatizando o caráter do povo e reforçando os motivos para o julgamento. O lamento aplica-se tanto para o pecado como para suas consequências.

30:16, 17 A restauração e a cura de Israel ocorreram de duas maneiras, a retribuição contra seus inimigos e a cura de suas feridas. Quatro termos são apresentados para designar a justiça de Deus em retribuição: os que devoram serão devorados; adversários irão para o cativeiro; os que roubam serão roubados, os que despojam serão vítimas de despojo. A cura veio como promessa diante do arrependimento do povo (Jr 3.22; 33.6), a mudança de sua situação incurável (Jr 8.22; 30:12).

Jeremias 30:12-17

Feridas de Israel Curadas

A condição do povo neste momento parece desesperadora (Jr 30:12). A brecha entre as dez e duas tribos é incurável; é uma ferida dolorosa. Ninguém pode fazer nada a respeito, nem há meios de recuperação (Jr 30:13). Política, ciência ou educação, tudo se mostrou inútil para lhes devolver a saúde. A situação é desesperadora para aqueles que não se arrependem.

Todos aqueles em quem eles colocaram sua esperança os abandonaram, eles não são mais dignos de sua atenção (Jr 30:14; Jr 22:20). A razão para isso é que o SENHOR operou, e a causa disso é a iniquidade deles. Ele os feriu por causa da multidão de seus pecados. Portanto, Ele se tornou para eles como “um inimigo” e “cruel”. Não são as nações que são seus verdadeiros inimigos, mas o SENHOR. Portanto, o clamor é completamente injustificado (Jr 30:15). Eles têm a si mesmos para culpar pela miséria. Nem precisam culpar as nações, pois o que vem sobre eles vem do SENHOR. Eles precisam se voltar para Ele em sua angústia.

Isso não quer dizer que seus inimigos fiquem livres (Jeremias 30:16). Seus inimigos que os disciplinam sob a permissão de Deus devoram o povo de Deus. Eles fazem tudo por puro interesse próprio, para seu próprio benefício. Eles também não contam com Deus. Portanto, todos os seus adversários irão para o cativeiro e sofrerão a miséria que infligiram ao povo de Deus.

Em contraste, Deus restaurará Seu povo e o fará em breve (Jr 30:17). Ele fará isso porque os inimigos exploraram Seu povo enquanto os consideravam e os tratavam como párias. Eles a chamam desdenhosamente de “Sião”. Deus mostrará que escolheu exatamente o que eles desprezaram.

É com ele como com um pai que corrige seus filhos, mas que lutará como um leão contra qualquer um que queira prejudicar seus filhos. Desta forma, Deus não permite que Seu povo seja tratado com desprezo ou falado de forma depreciativa. Quem toca em Seu povo toca na menina de Seus olhos.

30:18-22 A restauração é descrita com termos mais concretos do que em contextos anteriores. A recuperação é detalhada por meio de moradas (v. 18), muito gozo e ações de graça (v. 19), vida em comunidade (v. 20) e liderança local (v. 21). Israel seria novamente do Senhor (v. 22).

Jeremias 30:18-22

Reconstruindo Jerusalém

Seguem-se promessas gloriosas sobre a restauração do povo de Deus. O SENHOR fala das “tendas de Jacó” e das “suas moradas” (Jr 30:18). Estas são as moradas na terra onde Ele permitirá que Seu povo habite em paz. Essas moradas agora estão em ruínas porque o povo foi expulso da terra. Jerusalém, Sua “cidade”, Sua morada, também será reconstruída, assim como “o palácio”, a morada de Seu Rei. Tudo terá seu devido lugar. Há também uma certa ascensão a ser vista: tenda, morada, cidade, palácio.

Quando Seu povo habitar em paz na terra novamente, a terra se encherá de ação de graças (Jr 30:19). Isso irá para o Senhor e será percebido como um testemunho pelas nações ao seu redor. É o som de pessoas alegres que serão numerosas. As nações ao redor deles olharão para eles e não os desprezarão mais.

Seus filhos servirão ao SENHOR com fidelidade, e toda a congregação de Israel será estabelecida na terra diante dele para sempre (Jr 30:20). Eles nunca mais serão removidos dele. Qualquer um que ousar encostar um dedo neles será punido por Ele.

Temos em Jeremias 30:21 uma daquelas belas referências do Antigo Testamento ao Messias. Primeiro, a nação será abençoada com um Governante de seu próprio povo e não de um povo estrangeiro. “Seu líder”, isto é, o Messias, será “um deles” (cf. Is 10,34; Is 11,1). Esta é uma profecia que apresenta um forte consolo diante da iminente subjugação do povo a uma potência estrangeira. Ele não é um estrangeiro, como os muitos governantes estrangeiros que os governaram. Ele falará deles como ‘Meus irmãos’ (cf. Deu 17:15). Ele é o seu Governante, “o governo repousará sobre os Seus ombros” (Is 9:5), Aquele que “regerá em Israel” (Mq 5:2). Ele manda.

Além disso, Ele é Aquele que se aproxima de Deus. Isso aponta para Sua posição e ministério sacerdotal (cf. Zc 6:13; Sl 110:4). Ele é o Rei-Sacerdote, o verdadeiro Melquisedeque. Ele é o Mediador entre Deus e Seu povo. Este governante não precisa de mediador. Ele é, portanto, maior do que Davi e Salomão. Como Melquisedeque, Ele terá uma dupla função. Ninguém pode assumir sozinho o serviço do sacerdócio (cf. Hb 5,4). Na verdade, é perigoso até mesmo para um rei fazer isso. Vemos isso com Jeroboão (1Rs 12:26-33; 1Rs 13:1-6) e Uzias (2Cr 26:16-20).

Diante da importância de se aproximar de Deus, Jeremias mostra nas últimas linhas de Jr 30:21 por meio de uma pergunta retórica que não é um assunto leve. Aproximar-se de Deus é permitido apenas aos sacerdotes, que servem no lugar santo, enquanto no dia da expiação apenas o sumo sacerdote pode entrar no santo dos santos. A pergunta implica uma resposta negativa. Mas quando o verdadeiro Davi reinar, Israel será na verdade o povo de Deus e Deus poderá reconhecê-los abertamente como Seu povo (Jeremias 30:22).

Ao perguntar quem ousaria arriscar a vida para se aproximar do SENHOR, podemos pensar no preço que o Senhor Jesus estava disposto a pagar por Seu povo na cruz. Lá Ele não apenas arriscou Sua vida, mas Ele a deu. Ele fez de Sua alma uma oferta pela culpa (Is 53:10) e pagou a dívida que não podíamos pagar. Ali ocorreu a troca divina: Ele nossos pecados e nós Sua bênção.

Em Provérbios 17, lemos que uma pessoa é “um homem falto de bom senso” se for fiador de seu próximo (Provérbios 17:18). Afinal, você nunca sabe com o que pode acabar. A dívida pode muito bem ser tão grande a ponto de ser inacessível. O que o Senhor fez não foi sem “sentido”. Pois Ele sabia perfeitamente quão alto era o preço e sabia que poderia pagá-lo. Isso nos lembra a declaração na carta a Filemom onde o apóstolo Paulo, como um verdadeiro seguidor do Senhor Jesus, se oferece a Filemom como fiador de Onésimo (Fm 1:18).

30:18 Tendas de Jacó [...] moradas [...] cidade [...] palácio. Essas expressões enfatizam o trabalho de Deus na reconstrução de casas e cidades para os exilados que retornavam, desde os camponeses até os membros da corte.

30:19 Em vez de voz de lamento, temor e tremor ecoando pela terra (Jr 4-31; 30:5), o som de louvor e júbilo iria reverberar. A palavra louvor refere-se a um tipo de elogio. Júbilo sugere riso e divertimento.

30:20 Toda a comunidade com seus filhos e sua congregação seria reunida para levar adiante seu propósito como povo escolhido de Deus. Qualquer opressor que violasse a ordem social seria punido.

30:21, 22 Os líderes de Israel não seriam mais designados por intermédio de reis estrangeiros, e governantes estrangeiros não iriam mais dominar as terras de Israel.

30:23, 24 Esses versículos são essencialmente uma reiteração de Jr 23.19, 20. Nesse contexto, confirmam a nova compreensão de Israel a respeito de Deus e dão garantia ao povo de que o Senhor iria lançar o julgamento sobre seus inimigos e opressores.

Jeremias 30:23-24

Julgamento e depois Bênção

Segue-se outra palavra sobre a grande tribulação que aqui é chamada de “tempestade do Senhor” e “ira” e “tempestade devastadora” (Jeremias 30:23). Esta palavra diz respeito aos ímpios. A cólera ardente de Deus não se desvia deles, mas permanece sobre sua cabeça (cf. Jo 3:36). Antes que possa haver bênção, os culpados devem ser julgados. Isso é dito precisamente aqui, para que os descuidados não recebam falsa segurança em seus pecados. Apesar das promessas de esperança, Deus sempre permanece fiel à santidade de Sua natureza em todas as Suas ações.

O SENHOR está por trás do julgamento que está sendo executado por Nabucodonosor. Jeremias usa a imagem de uma tempestade repentina para descrever esse julgamento. O SENHOR está realizando Sua obra de redenção ao mostrar Seu poder no julgamento. As bênçãos mencionadas por Jeremias são apenas para os tementes a Deus.

A ira de Deus terá todo o seu curso e efeito (Jr 30:24). Não pode ser parado. Para o crente, também não pode ser interrompido, mas ele pode saber que foi evitado e cair sobre o Senhor Jesus. Aqueles que não acreditam terão que suportar a ira de Deus. Nem sempre podemos entender como Deus expressa Sua ira e assim traz à tona os pensamentos de Seu coração. Chegará um momento em que entenderemos. Já podemos entender muito disso quando lemos o livro de Apocalipse, onde muito é revelado sobre o exercício da ira de Deus.

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