Efésios 5 — Comentário Devocional

Efésios 5 — Comentário Devocional


Efésios 5 — Comentário Devocional


5.1,2 — Assim como os filhos imitam os pais, devemos seguir o exemplo de Deus. Seu grande amor por nós levou-o a sacrificar-se para que pudéssemos viver. Nosso amor por nossos semelhantes deve ser da mesma espécie — um amor que vai além do afeto, que é capaz de sacrificar-se em benefício dos outros.
5.4 — Histórias obscenas e piadas grosseiras são tão comuns que muitas vezes sao aceitas naturalmente. Entretanto. Paulo avisa que a linguagem imprópria não deve ter lugar na conversação dos cristãos porque não reflete a presença de Deus em nós. Como podemos louvar a Deus e lembrar aos outros a sua bondade quando nossas palavras sao tão vulgares?

5.5-7 — Paulo não está proibindo todo e qualquer contato com os incrédulos. Jesus ensinou que seus seguidores devem se tornar amigos dos pecadores, a fim de conduzi-los a Ele (Lc 5.30-32). Na verdade. Paulo está dizendo que não se deve tolerar o estilo de vida de pessoas que encontram desculpas para seu comportamento impróprio e recomendam aos outros que façam o mesmo — quer pertençam à Igreja quer não. Tais pessoas podem rapidamente contaminar o corpo de Cristo e ameaçar sua unida de e propósito. Devemos ser amigos dos incrédulos visando levá-los a Cristo, porém cautelosos com todo aquele que é “fornicador, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra” ou em relação àqueles que se opõem a tudo aquilo que o cristianismo defende. Seria mais provável que tais pessoas nos influenciassem para o mal do que as convencermos a praticar o bem.
5.8 — Como pessoas que andam na luz. nossos atos devem refletir a fé. Devemos ter uma vida acima de qualquer censura moral. E, dessa forma, refletir a bondade de Deus ao próximo. Jesus enfatizou esta verdade em seu Sermão do Monte (Mt 5.15.16).
5.10-14 — E importante evitar as “obras infrutuosas das trevas” (qualquer prazer ou atividade que resultem em pecado). Mas de vemos ir além. Paulo nos ensina a expor essas obras, porque nosso silêncio pode ser interpretado como aprovação Deus precisa de pessoas que defendam o que é correto, e os cristãos devem afirmar, com convicção e bondade, tudo aquilo que é verdadeiro e justo.
5.14 — Esta não é uma citação de outros trechos das Escrituras. Provavelmente foi extraída de um hino muito conhecido pelos efésios. Parece que essa canção está baseada em Isaías 26.19: 51.17; 52.1: 60.1 e Malaquias 4.2. Paulo está apelando para os Elíseos a fim de que despertem e percebam a perigosa situação na qual alguns deles estavam se envolvendo.
5.15,16 — Ao se referir a esses dias como “maus”, Paulo está comunicando seu senso de urgência por causa do poder de influência do pecado. Precisamos desse mesmo senso de urgência porque nossos dias também são difíceis. Devemos manter nossos padrões morais e levados. agir com prudência e fazer o bem sempre que possível.

5.18 
 Paulo faz um contraste entre se embriagar com o vinho, que produz uma temporária sensação de “bem-estar”, e ser cheio do Espírito, que produz uma permanente alegria. Embriagar-se com vinho está associado à antiga forma de vida e aos seus iníquos prazeres. Em Cristo, gozamos de uma alegria superior. mais elevada e mais duradoura, que cura nossa depressão. monotonia ou tensão mental. Não devemos nos preocupar com o quanto temos do Espírito Santo em nós. mas com o quanto a nossa vida está entregue a Ele. Submeta-se diariamente à sua orientação e obtenha dEle forças.
5.20 — Quando alguém se sente deprimido, é muito difícil de mostrar gratidão. Tome coragem — em todas as coisas, Deus opera para nosso bem se o amarmos e formos chamados por Ele (Rm 8.28). Agradeça ao Senhor, não pelos seus problemas em si, mas pela edificação e fortalecimento que o Senhor está trazendo â sua vida por meio das experiências difíceis. Você pode estar certo de que o perfeito amor de Deus o ajudará a entender claramente o que está acontecendo.

5.21.22 — Submeter-se a outra pessoa é muitas vezes um conceito mal interpretado. Não significa tornar-se um capacho. Cristo — perante esse nome se dobrara “todo joelho dos que es tão nos céus, e na terra, e debaixo da terra” (Fp 2.10) — submeteu sua vontade ao Pai, e honramos a Cristo quando seguimos seu exemplo. Quando nos submetemos a Deus. tornamo-nos mais dispostos a cumprir sua ordem de nos submeter aos outros, isto é. de subordinar nossos direitos aos do próximo. No relacionamento do matrimônio, tanto o marido como a esposa devem se submeter. No caso da esposa, isso significa que ela deve prontamente obedecer à liderança do marido em Cristo. Para o marido, significa deixar de lado seus próprios interesses a fim de cuidar da esposa. A submissão raramente se transforma em problema em lares onde ambos os cônjuges mantêm um for te relacionamento com Cristo e cada um está preocupado com a felicidade do outro.
5.22-24 — Nos dias de Paulo, mulheres, crianças e escravos de veriam se submeter ao chefe da família. Os escravos deveriam obedecer até que se tornassem livres; os meninos, até que se torrassem adultos; e as mulheres e as meninas, durante toda a vida. Paulo insistiu na igualdade de todos os crentes em Cristo (Gl 3.28), mas não sugeriu que deveriam subverter a sociedade romana para alcançá-la. Ao contrário, ele aconselha todos os crentes a submeterem-se mutuamente por sua livre escolha — esposas aos maridos e também os maridos as esposas: escravos aos seus senhores e também os senhores aos seus escravos; os filhos aos pais e também os pais aos filhos. Esse tipo de submissão mútua preserva a ordem e a harmonia na família enquanto aumenta o amor e o respeito entre os seus membros.
5.22-24 — Algumas pessoas distorceram o ensino de Paulo, dizendo que ele transfere uma autoridade ilimitada aos maridos, e não podemos concordar com elas. Paulo diz á esposa que ela deve obedecer ao marido. Ora. o fato de um ensinamento não ser muito popular não nos dá o direito de ignorá-lo. De acordo com a Bíblia, o homem é o cabeça da família. e a mulher deve reconhecer a sua liderança. Assim como Jesus serviu aos seus discípulos a ponto de lavar-lhes os pés, também o marido deve servir a es posa. Um marido prudente, que ama a Cristo, não tirará vantagem de seu papel de líder, assim como uma esposa prudente, que ama a Cristo, não tentará minar a liderança do marido. Qualquer abordagem errônea causará desunião e atrito ao matrimônio.
5.22-28 — Por que Paulo diz ás esposas que devem obedecer e aos maridos que devem amar? Talvez as esposas cristãs, recentemente libertas em Cristo, considerassem muito difícil obedecer; e talvez os homens, acostumados com a tradição romana que concedia poder ilimitado ao chefe da família, não estivessem habituados a tratar suas esposas com respeito e amor. É claro que ambos, maridos e esposas, devem submeter-se (5.21) e amar-se mutuamente.
5.25ss — Alguns cristãos pensavam que Paulo adotasse uma posição contrária ao casamento por causa de seu conselho em 1 Coríntios 7.32-38. Entretanto, estes versículos de Efésios mostram seu alto conceito sobre o casamento. Aqui o casamento não representa uma necessidade prática ou a cura para a luxúria, mas o retrato do relacionamento entre Cristo e sua Igreja! Mas por que essa aparente diferença? O conselho de Paulo em 1 Coríntios foi elaborado sob uma situação de emergência durante o período da crise da perseguição. O conselho de Paulo aos efésios, por outro lado, traduz o ideal bíblico do matrimônio. Para ele, o casamento é uma união santificada, um símbolo vivo, um precioso relacionamento que necessita de terno e abnegado carinho, um relacionamento sacrifical. serviço especial e sagrado (Hb 10.29; 13 12). Cristo purificou a Igreja, e isso é simbolizado pelo batismo. Pelas águas batismais, preparamo-nos para fazer parte da Igreja, assim como as noivas do antigo Oriente Próximo eram preparadas para o casamento por um banho cerimonial. É a Palavra de Deus que nos purifica (Jo 17.17; Tt 3.5).
5.25-30 — Paulo dedica o dobro de palavras para aconselhar os maridos a amar às esposas do que para pedir as esposas que obedeçam aos maridos. Como um homem deve amar sua esposa? (1) Deve estar disposto a sacrificar tudo por ela. (2) dar a maior importância ao seu bem -estar e (3) cuidar dela como cuida de seu próprio corpo. Nenhuma esposa precisa temer submeter-se a um homem que a trata dessa maneira.
5.26,27 — A morte de Cristo tornou a Igreja pura e santificada. Ela nos purifica dos velhos hábitos do pecado e nos separa para seu serviço especial e sagrado (Hb 10.29; 13 12). Cristo purificou a Igreja, e isso é simbolizado pelo batismo. Pelas aguas batismais, preparamo-nos para fazer parte da Igreja, assim como as noivas do antigo Oriente Próximo eram preparadas para o casamento por um banho cerimonial. É a Palavra de Deus que nos purifica (Jo 17.17; Tt 3.5).
5.31 -33 — A união pelo matrimônio faz com que o marido e a es posa tornem-se uma só pessoa, de tal forma que muito pouco pode afetar a uma delas sem afetar a outra. A unidade do matrimônio não significa que os cônjuges percam a própria personalidade. Ao contrário, significa cuidar da outra pessoa com o mesmo cuidado dispensado a si mesmo, aprender a prever e a antecipar as necessidades do outro, fazendo com que este se torne tudo aquilo que foi idealizado. A história da criação nos fala do plano de Deus em que o marido e a esposa devem ser uma única pessoa (Gn 2.24). Jesus também se referiu a esse plano (Mt 19.4-6).