Estudo sobre Jó 8

Estudo sobre Jó 8





João 8


Estudo sobre Jó 8.1
Fala Bildade (Jó 8.1-22)
UMA REPREENSÃO (Jó 8.1-7). Bildade exorta Jó a curvar-se perante a sabedoria da tradição. Em primeiro lugar repreende Jó pelas suas palavras impetuosas, palavras irrefletidas e insensatas como o vento-as quais envolvem uma crítica ao procedimento de Deus para com ele em particular, e para com toda a humanidade em geral. Bildade defende a absoluta justiça de Deus. O bem ceifará o bem, o mal ceifará o mal. Os filhos de Jó semearam a maldade; por isso foi trágica a sua colheita; Deus assim o quis. Mas semeie Jó o bem, adote Jó a humilde e suplicante atitude do arrependido, seja Jó puro e reto (6) e a colheita que ceifará não poderá sofrer comparação com as melhores colheitas anteriores; as bênçãos que o esperam serão superiores a todas já recebidas.

Estudo sobre Jó 8.8
A TRADIÇÃO (Jó 8.8-19). “Escuta a voz do passado que dirá a última palavra sobre as grandes questões que ora discutimos” (8-10). Por detrás desta passagem está a convicção de que eles são seres de vida breve, ignorantes, recentes no mundo, desprovidos da sabedoria e da felicidade que caracterizavam as gerações passadas dos homens antediluvianos. A Jó se oferecem, uma após outra, as preciosas pérolas dessa sabedoria do passado. Examine-as ele e aprenderá com elas. Os perigos que ameaçam o homem impiedoso são apresentados em imagens fortes e impressivas. Bildade não diz claramente “tu és esse homem”, mas admite a possibilidade de haver impiedade em Jó. No versículo 12 descreve-se o que acontece à vegetação aquática que ficou isolada na margem do rio cujas águas recuaram. Essas plantas, ainda que de um verde tão puro e tão vivo, secam e morrem antes das outras. A esperança não salva o homem impiedoso (cf.. Rm 8.24); antes o condenará, visto que a sua esperança não está em Deus mas em si próprio. É uma esperança ilusória e tão insubstancial como uma teia de aranha (14). A casa que ele sempre considerou sólida e duradoura, desmoronar-se-á subitamente a seus pés (15). Jó é como a planta viçosa atingida por súbita e inesperada destruição (16-18). O vers. 17 dá-nos a imagem duma planta cujas raízes se insinuam por entre as pedras em busca de terra profunda. Alegria do seu caminho (19). Segundo a Septuaginta, “este é o fim dos ímpios”. A estar correta a nossa versão, as palavras de Bildade seriam irônicas ou referir-se-iam a uma alegria passada.

Estudo sobre Jó 8.20
O DESTINO DE JÓ (Jó 8.20-22). É Jó um homem reto? Se assim é, o futuro reserva-lhe alegrias, Jó conhecerá ainda o regozijo. Só os ímpios, só aquele que vivem sem Deus, conhecem a calamidade absoluta. Descobrimos em Bildade dois graves defeitos que bastam para invalidar todas as suas palavras, para tornar essas palavras mais do que inúteis para Jó. Em primeiro lugar, falta-lhe aquela simpatia pela qual Jó ansiava. Trágica falta. A conclusão de que a família de Jó morrera vitimada por um castigo divino, castigo da sua iniquidade, era como uma espada a traspassar um coração Jó exausto de dor e de angústia. Jó sabia que era uma conclusão falsa. Em segundo lugar, Bildade estava totalmente enredado nas malhas da tradição. O passado absorvia-o de tal modo que o impedia de compreender que Jó procurava, tateantemente uma experiência de Deus mais rica e mais inteligente que tudo aquilo que ele, Bildade, pudera conhecer. Para Bildade a palavra divina fora já totalmente revelada; Bildade ter-se-ia mostrado hostil ao pensamento de que uma outra palavra, mais nítida e mais dinâmica, seria ainda proferida através de profetas, santos e apóstolos e, de uma forma única, através d’Aquele que era o próprio Verbo descido do céu.

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