Gênesis 13 — Estudo Bíblico

Gênesis 13

13:1, 2 Abrão e Sarai retornaram do Egito para o sul ou para o Negev (12:9; 24:62), uma região onde eles poderiam viver com sua considerável riqueza em gado, prata e ouro. De lá, eles viajaram de volta para Betel, o local onde Deus havia aparecido para ele. Novamente Abrão invocou o nome do SENHOR (12:8).

13:3–7 Ló compartilhou da prosperidade de seu tio Abrão até certo ponto. A aglomeração de pastagens levou a disputas e conflitos entre seus pastores. Os cananeus e os perizeus: Como em 12:6, o ponto desta frase é que a terra já estava povoada; Abrão e Ló não chegaram a uma região vazia. Eles tiveram que competir por terras disponíveis para seus rebanhos e rebanhos em rápido crescimento.

13:8, 9 nós somos irmãos: Abrão agiu com bondade, não querendo lutar contra a família de seu sobrinho e os pastores. Abrão deu a Ló sua escolha. Ao fazer isso, Abrão não apenas mostrou falta de interesse próprio, mas também confiança na provisão contínua de Deus para ele.

13:10–12
Ló era mais ganancioso do que Abrão; ele queria a região bem irrigada na planície do Jordão, perto do Mar Morto. Sodoma e Gomorra: À luz do destino dessas cidades infames (caps. 18; 19 ); os primeiros leitores ficariam surpresos ao saber da abundância de água que a região já desfrutou. como o jardim do SENHOR: Esta comparação exuberante lembra as condições do Éden (2:10). Numa região árida, a abundância de água evocaria imagens do Paraíso. A “pequena” cidade de Zoar figura mais tarde na vida de Ló (19:22).

13:13 A escolha de Ló pela terra mais favorável levou-o a um território povoado pelos piores dos cananeus, o infame povo perverso de Sodoma (caps. 18; 19). O restante dos povos de Canaã recebeu 400 anos antes que sua idolatria e maldade exigissem julgamento (15:16).

13:14–17 Esta seção faz parte do conjunto de textos que preparam o cenário para a aliança abraâmica (15:1–21, nota). Esta seção baseia-se em 12:1-3, 7, a passagem na qual Deus primeiro fez Sua grande promessa a Abrão.

13:14 O SENHOR reafirmou a promessa a Abrão após sua falta de fé no Egito (12:10–20) e sua separação de Ló.

13:15–17 toda a terra: Nenhuma terra estava fora da promessa. Seus descendentes traduzem a palavra hebraica para semente (zera). Às vezes, esse termo se refere a muitos descendentes e, outras vezes, a um único indivíduo, Aquele que há de vir (Gn 22:18; Gl 3:16). como o pó da terra: Uma hipérbole ou exagero (15:5; 22:17). A caminhada de Abrão na terra é um ato simbólico de posse. O próprio Abraão não tomaria posse da terra (Hb 11:13-16); seus descendentes o fariam (12:7; 15:17-21).

13:18 Hebron tornou-se um dos principais centros de permanência de Abrão na terra (23:2). Abrão ainda estava morando em uma tenda, não nas cidades. Abrão continuou a construir altares para adorar o Deus vivo (12:7, 8; 13:4).

Comentários Adicionais:

13.5-18 Não era só Abrão que era rico em rebanhos, vacas e tendas (5), seu sobrinho Ló também tinha rebanhos numerosos. Faltando bons pastos durante todo o ano, os altiplanos da Palestina não proporcionavam bastante comida e água. Houve contenda (7) entre os pastores nos campos, de forma que tornou imperativa uma conferência entre tio e sobri­nho. Eles não podiam perder de vista a presença e ameaça implícita dos cananeus e ferezeus na terra. Este era o cenário de uma das decisões cruciais tomadas no círculo da família de Abrão.

Em seguida, ocorre o diálogo entre Abrão (8) e Ló. De acordo com os costumes da época, a solução do problema teria sido bastante simples. O líder do clã implementaria a solução que protegesse os próprios interesses com pouca consideração aos interesses do concorrente. Mas Abrão preferiu dar a vez ao sobrinho. Insistiu que Ló se apartasse (9) do círculo da família de Abrão, mas deu ao homem mais jovem a opção de escolher a região da Palestina para apascentar seus rebanhos.

Do lugar onde estavam acampados perto de Betel, o vale do Jordão lhes era visível a leste. Ló escolheu ir nessa direção. Em torno de Jericó, como hoje, os campos eram pon­tilhados por muitas fontes, e no lado sudeste do mar Morto ribeiros de águas descendo dos altiplanos irrigavam os campos férteis. A região era tão verdejante que dois símbolos de fertilidade, o jardim do SENHOR (10) e a terra do Egito, foram as únicas expres­sões adequadas para descrevê-la. Isto estava em nítido contraste com a terra seca da região montanhosa central da Palestina.

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