Gênesis 33 — Estudo Bíblico

Gênesis 33

33:1 Pelo que Jacó sabia, Esaú estava vindo com 400 homens para destruir sua família.

33:2 servas e seus filhos na frente: Jacó alinhou sua família em um padrão que os protegeria. Ele colocou sua esposa favorita, Rachel, na retaguarda.

33:3 O fato de Jacó ter se curvado foi um ato de humildade e um sinal de contrição.

33:4–9 Em vez de se vingar, Esaú deu as boas-vindas a Jacó com alegria. O evento se transformou em uma grande reunião familiar (para a reunião familiar de José, leia 45:15).

Quando você menos espera

Às vezes o bem nos acontece quando menos esperamos. Às vezes, recebemos muito mais coisas boas do que merecemos. Quando Jacó soube que Esaú se aproximava (Gn 32:6), ficou apavorado. Aqui estava seu irmão gêmeo mais velho - o irmão que ele e sua mãe haviam roubado de sua parte legítima da herança da família (27:1–29) - vindo em sua direção com 400 homens. Jacó presumiu o pior. Ele clamou a Deus por misericórdia e libertação (32:9-12) e enviou sua própria família estendida e suas posses para o “comitê de boas-vindas” de seu irmão (32:13-23).

No entanto, para surpresa de Jacó, Esaú correu até ele, abraçou-o, beijou-o e chorou (33:4). Esse tipo de graça foi completamente inesperado. Isso provou ser desarmante para Jacó, e ele só pôde responder pressionando seus presentes sobre Esaú, talvez como uma pequena remuneração pela herança perdida (33:8-11).

Como Jacó, nós também recebemos graça e perdão quando menos esperávamos ou merecíamos. Ao prover a salvação por meio de Cristo, Deus oferece favor imerecido às pessoas que realmente merecem julgamento (Romanos 3:23–25; 5:15–17; Tiago 4:1–6).

Jacó insistiu em pagar seu irmão, e Esaú finalmente aceitou. Mas nunca poderemos pagar a Deus pelo que Ele fez por nós. No entanto, podemos responder ao Seu dom de amor mostrando esse mesmo tipo de amor aos outros, especialmente como Deus nos ensina (1 João 3:11–17).

33:10 seu rosto como… rosto de Deus: Jacó apresentou seus presentes a seu irmão como se fossem presentes a Deus. Dessa maneira, ele reencenou os presentes de Abraão a Melquisedeque (14:20) e, de fato, cumpriu seu voto ao Senhor (28:22).

33:11 receba minha bênção: Antes, Jacó havia feito tudo o que podia para receber a bênção de Esaú (25:29–34; 27:1–45). Agora um homem mais sábio, Jacó queria abençoar seu irmão com o que Deus lhe havia dado. Ele queria restaurar o relacionamento quebrado com seu irmão.

33:12–16 Após a reconciliação, os dois irmãos discutiram a melhor maneira de concluir a jornada. Jacó parece não querer ter nenhuma obrigação para com Esaú, então ele resiste a cada ato de bondade de Esaú. Também não há aliança feita entre os dois irmãos. Talvez isso signifique que, embora os irmãos não fossem mais hostis um ao outro, eles nunca se tornariam “amigos”.

33:17 Jacó parou sua jornada e construiu abrigos temporários a leste do Jordão, talvez em Deir Alla, uma milha ao norte do rio Jaboque.

33:18 Jacó refez a rota de seus avós para Canaã através de Siquém (12:6). Jacó não morava na cidade, porque era devotada a deuses pagãos. Em vez disso, ele morava fora da cidade em uma tenda.

33:19 Assim como seu avô havia comprado um terreno para a sepultura de Sara (cap. 23), assim Jacó comprou um pedaço de terra. Embora Deus tenha prometido toda a terra à família de Abraão (12:7), eles tiveram que comprá-la um pedacinho de cada vez. 33:20 Jacó, agora chamado Israel, construiu um altar para a adoração do Senhor, assim como seu avô havia feito (12:7). O nome que ele deu ao altar refletia sua fé madura em “Deus, o Deus de Israel”. O Deus dos pais de Jacó era agora o Deus pessoal de Jacó, pois Ele cumpriu Suas promessas e o protegeu (28:13–15).

Notas Adicionais:
Outras histórias no Livro de Gênesis já haviam descrito conflitos fatais entre irmãos (4.1-8) e profundas diferenças entre irmãos (9.22,23; 21.9-14). Este é o primeiro exemplo registrado de reconciliação entre irmãos separados por discórdia. A história é contada com destreza.

Jacó ainda não estava certo das intenções do irmão e fez outro rearranjo da família. Desta vez, pôs na frente as duas esposas secundárias, Bila e Zilpa, com seus filhos (2), depois Leia e seus filhos e, por último, Raquel e José. Esta ordem indica algo do valor relativo que ele dispensava aos membros de sua família. Mas desta feita, em vez de permanecer atrás como pretendia a princípio (32.20), ele foi mancando à frente de todos e se curvou ao chão sete vezes (3).

Para surpresa de todos, Esaú (4) não foi hostil, mas ficou profundamente comovido e alegre quando abraçou o irmão e o beijou. Juntos choraram.

Esaú conhecia Jacó, mas não os outros, por isso Jacó apresentou sua família, grupo por grupo, e cada grupo, por sua vez, cortesmente se inclinou (6). O irmão mais velho ficou confuso com os três grupos de servos com presentes que o abordaram. Jacó explicou que os presentes eram dados para ele achar graça aos olhos (8) do irmão afastado. Mas há muito que Esaú não guardava rancor contra Jacó, e indicou que não precisava dos presentes. Contudo, aceitou-os quando Jacó insistiu. Não eram necessários para apaziguar a raiva de Esaú, porque Deus há muito tempo preparou seu coração para perdoar Jacó. Mas o coração de Jacó só foi preparado naquela manhã, então os presentes representavam gratidão e afeto, em vez de apaziguamento.

Esaú queria que Jacó voltasse para casa com ele, na fortaleza escarpada e montanhosa de Seir (14), situada a sudeste do mar Morto (ver Mapa 2). Mas Jacó alegou que os rebanhos e a família o sobrecarregariam muito para manter o passo com Esaú e seus homens. Pediu, e lhe foi concedido, que fossem para o sul na sua própria marcha. A separação foi amigável e em nítido contraste com o modo como os irmãos tinham se separado há vinte anos.

Esta história dolorosa começa uma série que se concentra nas qualificações dos filhos de Jacó como portadores dignos das promessas e responsabilidades do concerto. A comunidade em Siquém tinha padrões culturais diferentes relativos a mulheres daqueles padrões postulados por Jacó e sua família. Quando Diná foi injuriada pelo confronto desses padrões culturais, a natureza incivilizada de alguns dos filhos de Jacó veio à tona.

Depois de terem ficado certo tempo próximo de Sucote (17), na margem oriental do rio Jordão, a família de Jacó foi para os planaltos a oeste e pareceu gostar do que encon­traram. Abraão também viveu por curto período em Siquém (18; cf. 12.6). Mas Jacó decidiu tirar proveito permanente dos férteis pastos a leste da cidade. Comprou terras e estabeleceu um lugar de adoração que chamou Deus, o Deus de Israel (20).

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