A Cura do Jovem Possesso

A Cura do Jovem Possesso — Estudo BíblicoA Cura do Jovem Possesso

(Estudos Bíblicos Online)
Jesus caminhou com os discípulos de Betsaida para o bairro de Cesareia de Filipe. Seis a oito dias depois, Jesus subiu a um alto monte para orar, tendo Pedro, Tiago e João com ele e deixando outros nove de Seus discípulos para trás. Não foi transfigurado diante dos três. Enquanto isso, no vale, os nove discípulos não conseguiram expulsar um demônio de um menino. Descendente no dia seguinte da Sua transfiguração, Cristo curou o menino endemoninhado. Este milagre é registrado em três relatos: Mateus 17: 14-21; Marcos 9: 14-29; Lucas 9: 37-43.

O fracasso das nove discípulos tinha dado o combustível para as críticas dos escribas para com os discípulos e Cristo. Quando Cristo entrou em cena, os escribas estavam sendo criticamente perturbando-os sobre a falha. Os escribas não eram conhecidos por seu questionamento, tanto quanto para sua refutação e contenda. “Questionando” (KJV) ou “disputando” (NVI) em Marcos 9:14 é traduzido de uma palavra grega que implica uma tentativa de refutar ou negar.

O sucesso de Cristo, porém, rebateu o fracasso dos discípulos, fechando as bocas dos escribas críticos. Sua vinda em cima desta cena de disputa, caos e escuridão deve ter sido um incrível contraste com a honra, o poder e a glória que Ele tinha acabado de experimentar na montanha na Transfiguração. As imagens e sons que o encontrou no seu retorno ao mundo pecador deve ter perturbado ele.

1. Por que os discípulos surpreso por ser incapaz de expulsar o demônio?

Comentário: A pergunta dos discípulos: “Por que não pudemos nós expulsá-lo?” sugere que eles não podiam ver qualquer motivo para o fracasso. Jesus responde enfaticamente: “Por causa de vossa pouca fé [T] seu tipo não se expulsa senão pela oração e pelo jejum....” (Mateus 17: 20-21). Aqui Ele enfatiza a necessidade e poder da fé, bem como a necessidade de intercessão e abnegação. Sua grande falta de fé não era uma falta de aceitação intelectual de tudo que Cristo representava, mas a falta de fé viva em sua onipotência divina. Ele ensinou com excelência e realizou muitos milagres, mas seus ensinamentos e milagres feitos fez pouco progresso na fé das pessoas. A incredulidade ainda dominava-os (Romanos 3: 3-4). No entanto, Cristo prosseguiu com paciência para ensinar o povo e trabalhar poderosos milagres para eles. Felizmente, nosso Salvador é paciente a lidar com a nossa lentidão e apatia em aprender a verdade de Deus e viver fielmente o Seu caminho de vida.

2. O que supera a causa da aflição do menino?

Comentário: Os Evangelhos registram sintomas horríveis do menino: convulsões graves, espumando pela boca, ranger de dentes, e rigidez geral do corpo. Devido a ataques repentinos, muitas vezes ele caiu no fogo e na água. Outro sintoma esmagador era surdez e mudez. Ele poderia pronunciar apenas sons inarticulados, embora ele possuísse todos os órgãos necessários para a fala. Todos os seus problemas vieram como o resultado de sua miserável condição, possuído, e eles o deixaram tão magro que toda a vida parecia ser drenada dele.

No entanto, nada é difícil demais para Jesus Cristo conquistar, não importa o quão poderoso um demônio pareça ser. Depois de repreender a geração incrédula e perversa, incluindo os escribas e fariseus, Jesus repreende o demônio, e se afasta dele (Mateus 17:18; Marcos 09:20, 25-27; Lc 9:42; ver Zacarias 3: 2) . O demônio não ousa desobedecer a ordem de Jesus para não voltar a entrar porque reconhece sua autoridade sobre ele. A partir de então, o menino está livre do demônio. Jesus toma a mão do menino e entrega-o a seu pai, trazendo calma, paz e ordem em lugar da interrupção que precedeu o exorcismo. Seu poder espiritual para curar havia superado a força demoníaca que fazia o menino a sofrer.

3. Qual é a principal lição do milagre de Cristo?

Comentário: Este milagre ensina que é preciso o poder da fé para superar o inimigo (Mateus 17:20; Marcos 09:19, 23-24). Por que os nove discípulos falharam? Eles tinham sido descuidados em suas caminhadas espirituais pessoais e haviam negligenciado a oração e o jejum (Mc 9:29). A autoridade que Jesus lhes tinha dado só seria eficaz se fosse exercida pela fé, mas a fé deve ser cultivada através da disciplina espiritual e devoção. O apóstolo Paulo usa Abraão como um exemplo disso:

Nenhuma descrença ou desconfiança o fez vacilar a respeito da promessa de Deus, mas ele cresceu mais forte e foi habilitado pela fé ao passo que ele deu louvor e glória a Deus, plenamente satisfeito e certo de que Deus era poderoso para manter a sua palavra e para fazer o que Ele havia prometido. É por isso que sua fé lhe foi creditado como justiça. (Romanos 4: 20-22)

Metade das curas realizadas por Cristo aconteceu devido à oração dos entes queridos e amigos. O pai do menino possuído por um demônio continua a ser um monumento de fé, tímido, contudo verdadeira, através de seu amor para com o seu filho. Sua súplica: “Tem compaixão de nós e ajuda-nos”, foi altamente honrada por Jesus. A chave para o exercício de tal fé não é a sua quantidade, mas Deus, a quem se dirige; portanto, mesmo a menor fé “como um grão de mostarda” vai trazer resultados espetaculares (Lucas 17: 5-6; Mateus 17:20). Jesus diz em Marcos 9:23: “Tudo é possível ao que crê.” Fé age como uma porta aberta para um relacionamento com Deus e como um escudo que protege o povo de Deus quando estão sob ataque espiritual.



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