Panorama do Livro de Amós
Panorama do Livro de Amós
Julgamentos contra as nações (1:1-2:3)
“Yahweh — de Sião ele bramirá.” (1:2) Amós passa a advertir sobre os julgamentos ardentes de Deus contra as nações. Damasco (Síria) trilhou Gileade com debulhadores de ferro. Gaza (Filístia) e Tiro entregaram cativos israelitas a Edom. No próprio Edom não existe misericórdia nem amor fraternal. Amom invadiu Gileade. Moabe queimou os ossos do rei de Edom para cal. A mão de Yahweh está contra todas essas nações, e ele diz: “Não o farei voltar atrás.” — 1:3, 6, 8, 9, 11, 13; 2:1.
Julgamento contra Judá e Israel (2:4-16)
Tampouco desviará Yahweh a sua ira de Judá. Eles transgrediram por “rejeitarem a lei de Yahweh”. (2:4) E Israel? Yahweh aniquilou para eles os temíveis amorreus e lhes deu a boa terra. Suscitou nazireus e profetas entre eles, mas eles fizeram os nazireus quebrar seu voto e ordenaram aos profetas: “Não deveis profetizar.” (2:12) Portanto, Yahweh faz com que os alicerces deles balancem como uma carroça carregada de cereal recém-cortado. Quanto aos seus homens poderosos, fugirão nus.
Prestação de contas com Israel (3:1-6:14)
Por meio de impressionantes ilustrações, Amós salienta que o fato de ele profetizar é, em si mesmo, uma prova de que Yahweh falou. “Pois o Soberano Senhor Yahweh não fará coisa alguma sem ter revelado seu assunto confidencial a seus servos, os profetas. . . . O próprio Soberano Senhor Yahweh falou! Quem não profetizará?” (3:7, 8) Amós realmente profetiza, em especial contra os despojadores amantes do luxo, que moram em Samaria. Yahweh os arrancará de seus luxuosos leitos e as suas casas de marfim se arruinarão.
Yahweh relembra os castigos e as correções que impôs a Israel. Cinco vezes lhes relembra: “Não retornastes a mim.” Portanto, ó Israel, “apronta-te para encontrares com o teu Deus”. (4:6-12) Amós inicia uma endecha profética: “Caiu a virgem, Israel; ela não se pode levantar mais. Foi abandonada sobre o seu próprio solo; não há quem a levante.” (5:2) Contudo, Yahweh, o Fazedor de coisas maravilhosas no céu e na terra, continua a chamar a Israel para que o busque e continue a viver. Sim, “buscai o que é bom e não o que é mau, para que possais continuar a viver”. (5:4, 6, 14) Mas, o que significará para eles o dia de Yahweh? Será um dia de calamidade. Como torrente, arrastá-los-á ao exílio, para além de Damasco, e as casas adornadas com marfim, cenário de suas festas extravagantes, converter-se-ão em escombros e destroços.
Amós profetiza apesar de oposição (7:1-17)
Yahweh mostra a seu profeta um prumo no meio de Israel. Não haverá mais desculpa. Ele devastará os santuários de Israel e se levantará contra a casa de Jeroboão II com a espada. Amazias, sacerdote de Betel, manda dizer a Jeroboão: “Amós tem conspirado contra ti.” (7:10) Amazias ordena que Amós profetize em Judá. Amós torna clara a sua autoridade, dizendo: “Yahweh passou a tomar-me de trás do rebanho e Yahweh prosseguiu, dizendo-me: ‘Vai, profetiza ao meu povo Israel.’” (7:15) Amós prediz então calamidade para Amazias e sua família.
Opressão, punição e restauração (8:1-9:15)
Yahweh mostra a Amós um cesto de frutas de verão. Condena a opressão dos pobres por Israel e jura “pela Superioridade de Jacó” que terão de lamentar-se por causa de suas obras más. “‘Eis que vêm dias’, é a pronunciação do Soberano Senhor Yahweh, ‘e eu vou enviar uma fome à terra, uma fome, não de pão, e uma sede, não de água, mas de se ouvirem as palavras de Yahweh’.” (8:7, 11) Cairão para não mais se levantarem. Quer cavem até ao Seol, quer subam até aos céus, a própria mão de Yahweh os apanhará. Os pecadores dentre seu povo morrerão à espada. Daí, uma promessa gloriosa! “Naquele dia erigirei a barraca de Davi, que está caída, e certamente consertarei as suas brechas. . . . certamente a construirei como nos dias de há muito tempo.” (9:11) Os cativos ajuntados serão tão prósperos que o arador alcançará o ceifeiro antes que este consiga recolher as suas colossais colheitas. Tais bênçãos de Yahweh serão permanentes!