Explicação de Êxodo 28

Êxodo 28

28:1, 2 O capítulo 28 trata das vestes do sumo sacerdote e de seus filhos. Essas vestes, suas cores, as joias, etc., todas falam das várias glórias de Cristo, nosso Grande Sumo Sacerdote. A família de Arão era a família sacerdotal.

28:3–29 O sumo sacerdote tinha dois conjuntos de vestimentas: (1) vestimentas de glória e beleza, ricamente coloridas e intrincadamente bordadas; (2) roupas de linho branco liso. Os primeiros são descritos aqui (vv. 2-4). O éfode (vv. 6, 7) era semelhante a um avental, com duas seções unidas nos ombros e abertas nas laterais. A faixa intrincadamente tecida (v. 8) era um cinto que circundava a cintura logo acima da bainha do éfode. Os engastes (v. 13) eram de filigrana de ouro para guardar pedras preciosas. Em cada ombro foi colocada uma pedra de ônix gravada com os nomes de... seis das tribos de Israel (vv. 9-12). Na frente do éfode repousava o peitoral, contendo doze pedras preciosas, cada uma com o nome de uma tribo. O peitoral foi preso ao éfode por correntes de ouro (vv. 13-28). Assim, o sumo sacerdote carregava as tribos de Israel diante de Deus em seus ombros (v. 12; o lugar de força) e sobre seu coração (o lugar de afeição; v. 29).

28:30 O peitoral é chamado de peitoral do juízo (vv. 15, 29, 30), provavelmente porque o Urim e Tumim estavam nele e eram usados ​​para determinar os juízos do Senhor (Nm 27:21).

A expressão “Urim e Tumim” significa luzes e perfeições. Não sabemos exatamente o que eram, mas sabemos (como explicado acima) que estavam ligados ao peitoral e que eram usados ​​para obter orientação do Senhor (1 Sam. 28:6).

28:31–35 O manto do éfode era uma vestimenta azul usada por baixo do éfode. Estendia-se abaixo dos joelhos. Na bainha havia pequenos sinos e romãs, falando de testemunho e frutas. O som dos sinos tinha que ser ouvido quando Aarão entrava ou saía do lugar santo.

28:36–38 Na cabeça coberta, ou turbante, o sumo sacerdote usava uma placa ou mitra de ouro com as palavras “SANTIDADE AO SENHOR”, que deveria estar sempre na testa. Foi pela iniquidade das coisas sagradas, um lembrete de que até nossos atos mais sagrados estão manchados pelo pecado. Como disse certa vez o arcebispo Beveridge: “Não posso rezar, mas peco... Meu arrependimento precisa ser arrependido e minhas lágrimas precisam ser lavadas com o sangue de meu Redentor.”

28:39-43 A túnica tecida de trabalho xadrez era uma túnica de linho que o sumo sacerdote usava por baixo do manto azul. Isso tinha uma faixa de tecido... faixa. Os filhos de Aarão usavam túnicas brancas simples, faixas e chapéus... para glória e formosura (v. 40). Como roupa de baixo, eles usavam calças de linho. Eles estavam vestidos da cabeça aos tornozelos, mas não havia cobertura nos pés. Isso porque eles estavam em terra santa quando ministraram ao Senhor (3:5). A palavra traduzida como “consagrar” (v. 41) significa literalmente encher a mão (isto é, com ofertas). 28.1 Sacerdotes. Pessoas separadas para servir conscientemente a Deus, que sempre mantém um preparo e pureza de vida. São para apontar aos homens as verdades de Deus e representar o povo perante Deus (1 Pe 2.9-10).

Notas Adicionais:

28.3 Espírito de sabedoria. A arte e a técnica estão dentro do alcance da inspiração divina, especialmente quando são dedicadas a Deus.

28.4 As vestes. São para destacar a honra e a glória do ofício do sacerdote, e para embelezar o culto do tabernáculo. São vestes simples, úteis e básicas que todos os sacerdotes usavam como a sobrepeliz (um simples manto curto), os calções (42), o cinto, para reunir os dois, e a mitra, que nada mais era do que um turbante. Também há vestes especiais para o Sumo Sacerdote, que veremos descritas nos seus pormenores, o peitoral, a túnica bordada, a estola sacerdotal.

28.7 Ombreiras. Grandes broches de pedras preciosas para prender o peitoral às demais vestes superiores do Sumo Sacerdote.

28.8 Cinto de obra esmerada. É um objeto especifico, fazendo parte da estola sacerdotal; nada tendo a ver com o cinto simples, usado para segurar os calções e a sobrepeliz.

28.9 Filhos de Israel. A expressão comumente se refere aos israelitas em geral, mas aqui é a lista das tribos que vai ser gravada, os filhos físicos de Jacó, que recebeu o nome de Israel, cujos filhos todos fundaram tribos israelitas.

28.11 Sinete. É justamente o ônix, com suas finas camadas de preto e branco, no qual se pode gravar letras claras e perpétuas.

28.12 Memória. Cada tribo do povo de Deus está representada sobre o coração do sacerdote, para ser lembrada nas orações. Muito mais importante é a verdade, que a vida de cada crente está oculta juntamente com Cristo, tendo um novo nome celestial (Cl 3.3; Ap 2.17).

28.15 O peitoral do juízo. Um tipo de bolso feito de materiais preciosos, para ser pendurado no peito, preso aos ombros. Continha o Urim e o Tumim (30) e por isso se chama do juízo, porque estes objetos eram usados para consultar a vontade divina. Só eram usados pelos sacerdotes (cf. Ed 2.63) e vemos em vários trechos da Bíblia que serviam para dar uma série de respostas: “sim” ou “não” (1 Sm 23.9-14, 30.7-8). Nota-se, especialmente, o processo eliminatório descrito em 1 Sm 14.40-45. Enfim, parece que era a maneira de se lançar sortes em oração.

28.17-20 Pedras. É quase impossível saber com certeza quais foram as pedras usadas, já que nos velhos tempos definiam-se as pedras preciosas pela cor, sem saber seu conteúdo mineral. É quase certo, todavia, que a safira e o diamante que nós conhecemos, não eram usados naquela época, não havendo instrumentos para cortá-los e fazê-los brilhar. De qualquer maneira, porém, podemos, saber que Deus mandou gravar os nomes do Seu povo nas pedras mais preciosas que existiam na época. Assim; também a cidade celeste se fundamenta sobre pedras preciosas com os nomes gravados dos apóstolos de Cristo (Ap 21.14, 19, 20).

28.29 Sobre o coração. A obra do sacerdote é interceder perante Deus em favor de todo o seu povo. Jesus, fiador da superior Aliança, sempre intercede por nós (Hb 7.20-25).

28.35 Para que não morra. Era o sinal audível para que o sacerdote não ousasse entrar no santuário sem estar vestido com as vestes da consagração sacerdotal: para que o povo, fora, no átrio, soubesse que o seu sacerdote estava ali cumprindo as várias partes do culto, sem ter morrido naquele lugar tão sagrado, por causa dos pecados da nação.

28.36 Santidade. A palavra inclui o sentido de ser separado das preocupações diárias e estar sempre pronto no servir a Deus; preservado da concupiscência da carne, a fim de estar adorando a Deus em espírito e em verdade. O fato de o sacerdote assim se santificar, torna-o digno de levantar as ofertas do povo no altar, pois, mesmo que o povo tivesse pecados, o sacerdote se responsabilizava por ele (38). Assim as nossas orações chegam ao trono de Deus mediante o Espírito Santo (Rm 8.26-27). Assim também, Jesus Cristo atribui justiça aos seres humanos indignos (Rm 5.1, 15-19) sendo nosso Sacerdote Eterno (Hb 7.11-19).

28.40 Os filhos de Arão. Não tinham direito aos três objetos simbólicos, que só podiam pertencer ao Sumo Sacerdote: a estola sacerdotal e o peitoral (ambos com as pedras que guardavam a memória sagrada dos filhos de Deus) e a lâmina de ouro (36), pela qual o sacerdote declara santificadas as ofertas do povo.

28.41 Ungirás, consagrarás e santificarás. Aqui se vê a gloriosa função dos sacerdotes. Não tentam usurpar os títulos e os atributos do nosso único Salvador (40), mas em tudo mais o crente tem de viver como Cristo, brilhar em suas virtudes e exercer sua autoridade neste mundo (1 Pe 2.5-10). A unção confirmava a bênção e a eleição de Deus sobre um sacerdote, um profeta ou um rei. No Novo Testamento, o próprio Espírito Santo é a unção (At 10.38). O sentido original de consagrar era encher a mão com ofertas, e isto o crente faz oferecendo seu próprio ser em adoração e em serviço (Rm 12.1). O próprio Cristo santificou-se para se tornar Sublime Oferta (Jo 17.19); muito mais devem Seus seguidores se santificar, para servi-lo até ao fim da vida.

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