Interpretação de Ageu 2
Ageu 2
1. No sétimo mês, no vigésimo primeiro do mês. A segunda mensagem do profeta está datada
do sétimo dia da Festa dos Tabernáculos, a festa final da colheita no
calendário hebreu (cons. Lv. 23:39-44). A festa ficava assinalada por muita
alegria (como ainda acontece hoje em dia) e os sacrifícios de ação de graça
eram mais numerosos no último dia do que em qualquer outro dia do ano. Contudo,
comas colheitas escassas e o humilde começo da construção do Templo, o
contraste com as antigas condições devia ser especialmente doloroso. Havia,
portanto, necessidade de estímulo (cons. Esdras 3:12, 13). Frequentemente
Satanás faz seus mais fortes ataques aos homens logo após eles terem firmemente
se resolvido a seguir a liderança do Senhor. O povo precisava de forte estímulo
para resguardá-lo do desalento. No primeiro capítulo a necessidade era uma
mensagem às consciências e vontades de um povo indiferente; aqui havia
necessidade de uma palavra de conforto e estímulo para os corações da nação
despertada.
3. Quem há entre vós . . . ? As palavras são dirigidas aos líderes
civis e religiosos e ao remanescente que voltara. Deus comparava o Templo de
Salomão com o que estava em construção. Através de Ageu perguntava aos líderes
e ao povo quantos deles se lembravam da glória da primeira estrutura. Passado
um período de setenta anos de exílio, provavelmente poucos eram os que tinham
visto o primeiro Templo. Como nada. A conjuntura da pergunta do Senhor
se encontra na narrativa de Esdras 3:8-13. O registro declara que na colocação
dos alicerces do segundo Templo os sacerdotes acompanharam a cerimônia com o
cânticos de salmos e tocar de trombetas. A geração mais jovem, sem meios de
comparação neste caso, exultava por causa da realização. Mas os homens mais
velhos que tinham conhecido o primeiro e glorioso Templo choravam abertamente
por causa do notável contraste entre os dois santuários. Ageu dirigiu a sua
pergunta a este último grupo. Do ponto de vista divino só havia uma única casa
do Senhor em Jerusalém, quer edificada por Salomão, Zorobabel ou mais tarde por
Herodes. Uma vez Deus se referira ao edifício de Salomão chamando-o de “esta
casa em sua primeira glória”. Os pensamentos divinos não são humanos, e os seus
juízos são tomados com base no absoluto.
4-2. Sê forte. No exórdio dirigido ao príncipe, sacerdote e povo, o
Senhor ordena a todos que sejam fortes. Deus, que primeiro estabeleceu um
contraste notável entre as edificações, agora oferecia ao povo preparação
espiritual para a execução de suas tarefas. Seu propósito em estabelecer a
diferença não era o de desencorajá-los, mas antes de fazê-los perceber a
magnitude de sua obra, sua incapacidade de realizá-la com suas próprias forças
e a necessidade de confiar na suficiência dEle. O Senhor era a sua força.
Novamente, a palavra encorajadora de que a presença do Senhor seria sua
constante porção lhes foi apresentada.
5. Segundo a palavra da aliança que fiz convosco. Se havia uma nação da terra que devia
estar certa da fidedignidade de Deus em relação às suas promessas, essa nação
era Israel. Ela tinha feito uma aliança (lit., cortado uma aliança,
falando com referência às vítimas que eram divididas pelo meio para ratificação
de uma aliança; cons. Gn. 15:10) para estabelecer um relacionamento permanente
com os filhos de Israel quando saíram do Egito. A aliança no Monte Sinai é o
que se temem vista (cons. Ex. 19:5; especialmente 33:12-14). Considerando que
Deus fora fiel a essa promessa através dos séculos passados da história de
Israel, podia-se confiar nEle com toda certeza para manutenção de sua palavra
empenhada aos contemporâneos de Ageu. O meu Espírito habita no meio de vós. Um
sinal da veracidade da promessa era a presença do Espírito de Deus habitando
entre eles. Deus não os abandonara, embora estivesse grandemente aborrecido com
sua indiferença para com o Seu amor e Suas ordens. Eles nada tinham a temer.
II. Promessa de Glória Futura. 2:6-9.
6. Ainda uma vez, dentro em pouco. A expressão crítica provavelmente
significa que dentro de muito pouco tempo os acontecimentos mencionados se
realizariam. Farei abalar o céu. Este versículo e os três seguintes são
distintivamente messiânicos no pensamento (veja também Is. 61:1-3; Dn. 9:24-27;
Zc. 9:9, 10). Aqui a mensagem do profeta mescla detalhes da primeira e segunda
vindas de Cristo, como outras profecias do V.T. fazem com frequência. A
predição do abalo nos céus, na terra, no mar, certamente se refere a algo mais
que uma exibição fora do comum da onipotência de Deus no reino natural; toda a
atmosfera da profecia leva o leitor para o período apocalíptico. Vemos aqui
novamente Deus intervindo sensível e manifestamente nos negócios dos homens.
Qual seria o relacionamento de ideias entre a declaração deste versículo e a do
versículo 5? O profeta encorajou os judeus a prosseguirem na obra do Templo com
toda a diligência, pois, conforme ele lhes assegurava, o seu Deus, o Senhor das
nações, logo demonstraria o Seu grande poder em benefício de Israel. Ele
sacudiria o universo material e derrubaria os reinos terrenos e finitos a fim
de estabelecer um reino final e definitivo na terra, o reino do querido Filho
de Deus.
7. Farei abalar todas as nações. Esta predição tem se referido à ascensão
e sublevação dos impérios persas e grego. Ninguém pode negar racionalmente que
esses governos foram abalados no passado. Mas a leitura cuidadosa das profecias
da Escritura convencem o estudante sem preconceitos que essas ocorrências não
passaram de passos preparatórios no processo através do qual Deus pretende
desalojar os reinos deste mundo, para substituí-los pelo governo justo do
Messias de Israel e Redentor do mundo (veja Hb. 12:26, 27; Ap. 11:15). As
coisas preciosas de todas as nações. Os tradutores não têm concordado com a
tradução das quatro palavras hebraicas desta porção do versículo. A LXX as
traduz assim: as coisas preferidas de todas as nações virão. A ASV
prefere esta tradução: as coisas preciosas de todas as nações, com a
anotação à margem, as coisas desejadas (heb., desejo) de todas
as nações virão. Outros sugeriram: os gentios virão com suas coisas
deliciosas, ou as possessões preciosas dos pagãos. Que significado
deve ser dado à passagem segundo essas traduções? A falta de esplendor e
adornos externos no Templo de Zorobabel seriam mais que compensados pelos
presentes preciosos que todos os povos trariam para tornar o Templo do Senhor
em uma coisa bela e gloriosa. É claro que tal tributo ao Senhor será prestado
como sincera homenagem. Faz jus a esta interpretação o uso do sujeito
feminino singular e do verbo no plural.
É bom lembrar, contudo, que desde o começo a maioria
dos intérpretes cristãos seguiram a tradição judia associando a passagem à
vinda do Messias de Israel. Parece claro a esses intérpretes que o anseio que
todas as nações têm em comum deve ser o seu anseio pelo Libertador, quer
percebam ou não a natureza do seu desejo ou a identidade do seu verdadeiro
cumprimento no Senhor Jesus Cristo. Mais ainda, no hebraico geralmente um nome
abstrato substitui um concreto; assim a referência ao Messias não é
automaticamente excluída com base nas considerações linguísticas. O uso do
verbo no plural não milita contra a interpretação messiânica, pois há exemplos
nos quais o verbo concorda com o segundo dos dois nomes.
Encherei de glória esta casa. É interessante que toda a habitação
terrena do Deus infinito encheu-se de glória (veja Êx. 40:35 com referência ao
Tabernáculo Mosaico; I Rs. 8:10,11; II Cr. 5:13, 14 quanto ao Templo
Salomônico). O Templo de Zorobabel tinha ainda de se encher com a glória da
presença do Filho de Deus encarnado (João 1:14), não se mencionando a glória do
Segundo Advento (Ml. 3:1). O Senhor prediz que as nações serão abaladas (não
redimidas). Esse abalo foi o preparativo de Sua primeira vinda e se completará
com o segundo aparecimento (Dn. 2:35, 44; Mt. 21:44). Concordantemente, Deus
encherá a sua casa, o Templo do futuro, com glória sem precedentes.
8. Minha é a prata. Para que o remanescente não ficasse sobrecarregado
com a preocupação sobre a falta dos preciosos metais para a restauração do
Templo, o Senhor apontava para os seus inesgotáveis suprimentos. Tem-se
calculado que no Templo de Salomão foram usados cerca de vinte milhões de
dólares em ouro para revestimento do compartimento mais interno do santuário.
Mas o que era isto em comparação com os suprimentos dAquele que tem tudo? (Sl.
50:12). Sim, mais do que isso, Deus o embelezará na vinda do Seu Filho. Os
pobres exilados tinham pouco para enfeitar o Templo, mas Deus lhes assegurou
que supriria a falta.
9. A glória desta última casa. O sentido é que a última glória da casa
excederia de muito toda a glória antiga. É de vital importância que se perceba
que nas Escrituras o Templo de Deus em Jerusalém é considerado como uma
entidade, existindo sob diferentes formas em diferentes períodos da história. A
presença de Cristo emprestaria uma glória ao segundo Templo que o primeiro
Templo jamais conheceu. Tem-se defendido o ponto de vista que a última glória
se refere à glória milenial do Templo visto em Ezequiel, capítulos 40 a 48.
Considerando que há uma continuidade nos Templos das diferentes épocas, esta
posição não pode ser excluída. Embora o Templo de Zorobabel fosse totalmente
modificado por Herodes quando o reformou, o seu Templo continuou sendo
considerado como o segundo Templo. É assim chamado por todas as autoridades
judias. E neste lugar darei a paz. Cristo estabeleceu as bases para a
paz espiritual de -Jerusalém (Cl. 1:20). Ele garante a paz do coração e da
mente para os crentes agora (Rm. 5:1; Fp 4:7) Mas finalmente Ele proporcionará
a paz mundial na pessoa do Príncipe da paz (Is. 9:6, 7). Mais do que
suficiente, então, é esta resposta de Deus para a aparência pouco
impressionante do versículo 3 Deus sempre reserva o melhor para o fim só os
olhos da fé podem vê-lo.
III. Puro e Impuro nas Questões Levíticas. 2:10-14.
10. Ao vigésimo quarto dia do mês nono. A quarta mensagem da profecia de Ageu foi
dada dois meses depois da anterior. Foi no nono mês que as chuvas temporãs
podiam ser esperadas para regarem as lavouras. Tendo já experimentado a
escassez e o desapontamento no período anterior o povo devia estar
especialmente preocupado com a produção para o ano seguinte. Durante seu
anterior período de desobediência, foram castigados em assuntos temporais.
Haveria uma mudança agora que tinham obedecido à ordem de Deus através de Ageu?
O profeta responde agora a esta pergunta.
11. Pergunta agora aos sacerdotes, a respeito da lei.
O povo devia buscar ajuda legal com os
sacerdotes daquele tempo. Os sacerdotes de Israel eram os mestres autorizados
da Lei Mosaica (veja Dt. 17:8, 9). Eram comissionados por Deus a interpretar a
Lei; os profetas eram enviados para aplicá-la (por exemplo, Ageu 2:13, 14). Nos
versículos 11 a 13 o povo de Israel foi descrito, indiretamente, no seu estado
de desobediência, condição que não devia se repetir.
12. Se alguém leva carne santa. Duas perguntas distintas foram feitas. A
primeira é: Se um homem estivesse carregando carne santa (sacrificial) e
tocasse em outro objeto, esse objeto ficaria santo ou separado para o Senhor
por causa do contato com a carne? Responderam os sacerdotes: Não. A
resposta no primeiro caso está na negativa (cons. Lv. 22:4-6; Nm. 19:11).
13. Ficará ela imunda? A segunda pergunta era: Se um homem cerimonialmente
impuro por causa de contato com um cadáver tocasse em um objeto, o objeto
ficaria impuro por causa da impureza Cerimonial do homem? A resposta à segunda
pergunta está na afirmativa. O princípio é que a pureza moral não pode ser
transmitida, de acordo com os regulamentos mosaicos, mas a impureza moral pode
ser transmitida. A impureza legal é transmitida e não a pureza legal ou
levítica. Um homem não pode transmitir sua saúde a uma criança doente, mas uma
criança doente pode transmitir sua doença a um homem.
14. Assim é este povo. Embora o povo estivesse negligenciando a obra do
Templo, estivera oferecendo sacrifícios sobre um altar improvisado em Jerusalém
(Esdras 3:3). Essas ofertas não eram agradáveis ao Senhor; por isso Deus tinha
retido Suas bênçãos do povo, conforme se vê claramente no capítulo 1. O que
ali oferecem: tudo é imundo. Exatamente como os israelitas impuros poluíam
tudo o que tocavam, assim o povo em sua desobediência transmitia os resultados
dessa desobediência a sua obra, que se comprovava sem proveito. Assim como
carne sagrada não podia comunicar sua consagração a qualquer objeto, as ofertas
que tinham o cuidado de apresentar sobre o altar de Deus não eram suficientes
para garantir a bênção de Deus e a alegria da santidade. Todo o seu trabalho passado
participava de sua impureza espiritual. A conclusão é clara: não deviam
retornar à sua desobediência anterior, mas deviam abandoná-la. Aqui Ageu está
interpretando causa e efeito de um ângulo da Lei Mosaica, exatamente como antes
a explicara (1:6, 9-11) do ponto de vista da semeadura e colheita. Os paralelos
são claros entre “este povo”, “esta nação” aqui e “Este povo” em 1: 2.
IV. Aplicação Destas Verdades. 2:15-19.
15. Antes de pordes pedra sobre pedra. O povo de Deus foi intimado a considerar
suas difíceis circunstâncias durante o período em que fora interrompido o
trabalho no Templo.
16. Alguém vinha a um monte de vinte medidas. Naqueles dias de escassez, quando um
homem se aproximava de um monte de trigo do qual pensava obter vinte medidas,
descobria que, após debulhado, só dava metade daquela porção. Vinha ao
lagar. O lagar do qual se esperava que desse cinquenta medidas de vinho só
dava vinte. As expectativas eram constantemente frustrantes, pois a próspera
não de Deus não estava sobre elas.
17. Eu vos feri. Como nos dias do profeta Amós (cons. Amós 4:9), o
Senhor feria os campos e as vinhas do Seu povo com crestamento, em resultado da
seca excessiva, e com mofo, em consequência de umidade excessiva. O restante da
obra de suas mãos era destruído pela saraiva. Toda a natureza era convocada
contra eles. E não houve entre vós quem voltasse para mim. Esses sinais
do desprazer divino deviam ser advertências bastante claras de castigos
futuros, mas o povo era lento em perceber e não se voltava para Deus com
arrependimento e confiança.
18. Considerai . . . desde este dia em diante. Este versículo expressa uma exortação
dupla. Como os homens dedicam pouco de suas mentes e pensamentos ao
relacionamento que mantém com o Senhor! . . . Antes do vigésimo quarto dia o
povo ainda não tinha se entregado sem reservas à obra, como deveria ter feito.
Queriam comparar condições antes e depois de sua obediência.
19. Já não há somente no celeiro? O povo podia facilmente verificar a
veracidade ou falsidade das conclusões do profeta. Ao fazê-lo teriam descoberto
há muito que não havia mais sementes no celeiro, e que as videiras e árvores já
não produziam mais frutos. Mas desde este dia vos abençoarei. Mas agora,
permanecendo obedientes, Israel acharia tudo diferente. O profeta não falava
como um técnico agrícola inteligente, prevendo boas colheitas, mas como o
profeta de Deus anunciando a bênção da fé, a prosperidade da confiança. O Deus
que podia reter bênçãos também podia concedê-las ao povo fiel.
V. As Futuras Bênçãos de Deus para Zorobabel. 2 :
20-23.
20. Aos vinte e quatro do mês. No mesmo dia em que transmitiu sua
mensagem anterior (v. 10), Ageu transmitiu também seu último pronunciamento,
uma palavra de encorajamento pessoal a Zorobabel, o líder civil.
21. Fala a Zorobabel. É possível que Zorobabel, na qualidade de governador
e líder civil, tivesse dificuldade em entender as predições anteriores (vs. 6,
7) referentes às revoluções entre os poderes e feitios mundiais. Talvez ele se
preocupasse sobre como esses procedimentos divinos afetariam o povo cujo chefe
ele era. Farei abalar o céu e a terra. Prontamente se verá e reconhecerá
que a mensagem pessoal a Zorobabel funde-se com o pronunciamento profético
referente aos futuros juízos de Deus sobre as nações.
22. Derrubarei o trono dos reinos. Alguns intérpretes têm colocado esta
passagem no período da revolta das nações súditas contra o Império Persa. Isto
aconteceu quando Dario Histaspis subiu ao trono em 521 A.C. Mas a profecia de
Ageu considera o futuro ; não se refere a algum acontecimento histórico
conhecido de todos. Mais ainda, há um significado no uso do singular “trono”. É
melhor que se veja aqui, de acordo com hábeis expositores, uma referência à
derrota final deste sistema mundial dominado por Satanás, quando o Rei da
justiça, o Senhor Jesus Cristo, retornar para absorver os governos (cons. Ap.
11:15). O carro. As nações, naquele tempo como agora, ainda dependerão
de forças e armas materiais para alcançarem seus objetivos carnais, mas o
Senhor destruirá totalmente seu poder e demonstração de força. Pela espada
do outro. A destruição começada pelo Senhor terá um fim através da
insanidade da luta civil (veja também Ez. 38:21; Zc. 14:13). Esses
acontecimentos terão lugar nos dias da Guerra do Armagedom. Sem muito esforço
de imaginação os acontecimentos deste versículo podem ser torcidos para se
encaixarem em algum conflito ou movimento político de impérios outrora grandes.
23. Naquele dia, diz o SENHOR dos exércitos,
tomar-te-ei. A nota pessoal
é inconfundível. Zorobabel não se destinava ao juízo, mas para uma missão
específica. Deus trilha reservado honras especiais para este servo Seu. A
promessa realmente se refere ao ofício que Zorobabel exercia como governador em
Judá; não pode se referir ao período de vida do próprio Zorobabel. No seu tempo
os acontecimentos preditos não transpiravam. O significado é que o descendente
messiânico viria através de Zorobabel, da linha de Davi, tal como se fosse
através do próprio Davi. O trono garantido a Davi está aqui comparado com as
dinastias vacilantes do mundo. Zorobabel se encontra em ambas as genealogias do
Messias (Mt. 1:12; Lc. 3:27). Os expositores judeus relacionavam esta passagem
de Ageu com o Messias. Em Zorobabel como tipo está prefigurada, portanto, a
pessoa do antítipo, o Messias. Ambos eram descendentes de Davi; por isso a
mistura nesta profecia.
Como um anel de selar. O selo era um objeto de valor e cuidado no Oriente.
Era sinal de honra e autoridade (veja Cantares 8:6; Jr. 22:24). Antigamente,
quando o anel de selar era usado para assinatura de cartas e documentos,
representava o seu possuidor, que sempre o usava (cons. Gn. 38:18; Jr. 22:24).
Era uma propriedade de sua estima. Aqui o selo prefigurava o Cristo precioso. Porque
te escolhi. Como outras pessoas lustres do V.T. tomaram o seu lugar na
linhagem da sucessão messiânica pela seleção soberana de Deus, assim Zorobabel
foi honrado tomando lugar nesse grupo de homens que apontavam para o Escolhido
de Deus, o Senhor Cristo.