Interpretação de Jó 26
Jó 26
A Terceira Resposta de Jó a Bildade. 26:1-14.
Jó persiste impressionantemente e com melhor
propósito no tema experimentado por Bildade – Os maravilhosos caminhos de Deus
(cons. 9:4-10; 12:13-25).
2-4. O patriarca segue sua inclinação em direção do sarcasmo ao desviar-se
desdenhosamente da recitação inútil de Bildade. Com a ajuda de quem proferes
tais palavras? (4a. Com referência a 'et, “de”, cons. Akk. ittu;
sobre este uso de 'et, com higgíd, cons. Mq. 3:8). As ideias de
Bildade não passavam de ecos das palavras de Elifaz e o uso que fez delas para
condenar ló foi provavelmente mais inspirado por Satanás do que por Deus.
5-14.
As almas dos mortos tremem debaixo das águas com seus habitantes (v.
5). Mais notável que o respeito que Deus instila nos seres que rodeiam seu trono
celestial (25:2) é a consternação que a Sua sabedoria e domínio produz nas
trevas do Sheol (26:5, 6). Se a cosmologia de Jó realmente concorda com os
conceitos antigos ou se está meramente expressa em termos figurados, não foi
apresentado como revelação necessariamente normativa. Em seu exame das
evidências da grandeza divina, o orador agora passa do outro mundo para este
(vs. 7-13). Embora o versículo 7 possa analisar a ação criativa, esta seção
como um todo descreve o governo divino da natureza generalizadamente
providencial. O norte sobre o vazio (v. 7a), refere-se ao firmamento
setentrional. Encobre a face do seu trono (v.9a) significa: Ele recobre
os céus com nuvens. A qualificação em 26:10b não é temporal, mas espacial. As
colunas do céu (v. l 1), são montanhas, cujos picos se escondem entre as
nuvens. Abate o adversário (v. 12b) . . . a sua mão fere o dragão
veloz (v. 13b). Deus controla as águas superiores e inferiores à procura de
ordem climática favorável. Com referência às imagens mitológicas, cons. Is.
27:1; texto ugarita, Gordon UH, I, 1 e segs. Eis que isto não são apenas as
orlas dos seus caminhos! Que leve sussurro temos ouvido dele! (v. 14a, b;
cons. cap. 28). Se os amigos de Jó reconhecessem as limitações do seu
conhecimento, teriam evitado seus erros de interpretação. Jó louva a perfeição
do conhecimento de Deus contradizendo aqueles que o identificaram com os homens
ímpios.