Interpretação de Jó 38
A Voz de Deus. 38:1 - 41:34.
Os vereditos pronunciados contra Jó pelos homens
obscureceram o caminho da sabedoria até que Eliú falou. Esse caminho está agora
inteiramente iluminado pela voz do redemoinho. É coisa apropriadíssima que o
Senhor se aproximasse de Jó por meio de uma interpelação. Assim também ele se
confrontou com Satanás (cons. 1:7, 8; 2:2, 3). Deus interpelou a ambos, Satanás
e Jó, confrontando-os com Suas obras maravilhosas. E considerando que o próprio
Jó é a obra divina pela qual Satanás foi desafiado, é através do sucesso deste
desafio a Jó que Deus aperfeiçoa o triunfo do Seu desafio a Satanás. O desafio
de Deus a Jó prossegue em dois estágios (38:1 - 40:2 e 40:6 - 41:34 ), com uma
pausa no meio, marcada pela submissão inicial de Jó (40:3-5).
1) O Desafio Divino. 38:1 - 40:2.
Jó 38
38:1-3. De um redemoinho (v. 11. Este veículo característico da
teofania (cons. Sl. 18: 7 e segs.; 50:3; Ez. 1:4, 28; Naum 1:3 ; Hc. 3; Zc.
9:14) deriva para dramatizar a revelação falada que o acompanhava. Quem é
este que escurece os meus desígnios? (v. 2). O absurdo de Jó criticar as
resoluções divinas está na respectiva identidade de ambos. A criatura
criticando o Criador! Cinge, pois os teus lombos como homem (v. 3a). A
imagem do desafio divino foi extraída do antigo esporte popular da luta do
cinturão. A figura é especialmente aplicável a este contexto porque esse tipo
de luta também era usado como prova nu tribunal, e é por meio de provas que o
caso de Jó está sendo resolvido.
38:4 - 39:30. A prova para a qual o Criador desafia Sua criatura é
o teste da sabedoria. Muitas das perguntas divinas tratam do poder executivo,
mas o conceito de sabedoria do V.T. inclui o talento do artista. Chama-se a
atenção para a sabedoria insondável do Criador exibida por toda parte - na
terra (38: 4-21, nos céus (38:22-38) e no reino animal (38:39 - 39:30), a sequência
da narrativa sendo, de maneira generalizada, a mesma que este Orador adotou em
Gênesis 1. Jó fica cada vez mais impressionado com a imensidão de sua própria
ignorância e impotência.
38:4-21. Onde estavas tu? O conhecimento que Jó tinha da terra
estava limitado pelo tempo e espaço. Esta seção começa e termina com
referências á não existência de Jó na criação (vs. 4, 21; cons. 12; contraste
com “Sabedoria” em Pv. 8:22 e segs.). Eis a sua ignorância sobre como a terra
foi estabelecida (Jó 38: 47) ou o mar encerrado (vs. 8-1li, sobre como os dias
da terra estão controlados pelo siclo da madrugada e das trevas (vs. 12-15,
19-21). Jó também não sondara as profundezas do mar nem medira a largura da
terra (vs. 16-18).
38:22-38.
Podes estabelecer a sua influência sobre a terra? (v.
33b). Para se qualificar como diretor e juiz da vida humana sobre a terra,
deve-se ter capacidade de governar os corpos celestiais que governam a terra
(cons. Gên. 1:14-18). Observe a repetida menção da influência do céu
atmosférico e astral sobre os negócios da terra (Jó 38:23, 26, 27, 33, 34, 38).
Mas Jó não tem o controle sobre as águas acima no que se refere a se, onde,
quando ou como elas se precipitarão. 0 relâmpago não se apresentará diante dele
como um servo obediente (v. 35); nem tem ele a mais remota influência sobre os
sinais periódicos dos céus (vs. 31, 32).
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