Josué 22
I. Apêndice: Partida das Tribos Transjordânicas.
22:1-34. Um incidente relacionado com as duas tribos e meia subsequente às
campanhas e distribuições das heranças foi contado para demonstrar melhor o
cuidado providencial de Deus em manter a harmonia dentro de Israel (cons.
22:31). Este capítulo reabre a questão se essas tribos estavam dentro da
vontade de Deus em se estabelecerem a leste do Jordão. Muitos mestres têm
acusado Rúben, Gade e a meia tribo de Manassés por terem escolhido sua herança
na Transjordânia. Mas C.H. Waller tem argumentado que este ponto de vista é
historicamente incorreto: “Deus entregou a terra de Siom e Ogue a Israel; alguém
tinha de herdá-la. Repito, a verdadeira fronteira da Palestina a leste não é o
Jordão, mas a cadeia de montanhas de Gileade, que a separa do deserto que fica
além. Na realidade as duas tribos e meia estavam na Palestina tanto quanto as
demais . . .” (op. cit.,
pág. 153).
1-9. Josué despediu as tribos do leste com uma bênção. Reconheceu que tinham
cumprido com sua obrigação para com Moisés e ele próprio (Nm. 32:20-33; Is.
1:16, 17).
5. Observe os seis verbos, todos princípios básicos de uma vida piedosa diante
do Senhor.
10-34. Retornando de Silo, as duas tribos e meia levantaram um altar na região
ocidental do Vale do Jordão, talvez nas proximidades de Qarn Sartabeh (veja
comentário sobre 16:5-10), com vistas para a passagem de Adão que leva pala o
Vale de Jaboque.
10. Altar grande e vistoso. Um grande altar para chamar a atenção.
Assim serviria bem como testemunho (22:27,28) para todas as gerações de que as
tribos do leste tinham uma porção do Senhor e em Israel. Mas foi uma atitude
desnecessária e presunçosa; o método divino de preservar a união era outro:
todas as tribos deviam se reunir três vezes por ano à volta do altar de Silo (Êx.
23:17).
11. Um altar... da banda dos filhos de Israel. Um altar na fronteira da terra de Canaã
na região achegada ao Jordão, do lado que pertence ao povo de Israel (isto é, às nove tribos e meia).
13. Em lugar de imediatamente empreender uma guerra (22:12) com base em Lv.
17:8, 9; Dt. 12:4-14; 13:13-18, as tribos do oeste sábia e providencialmente
enviaram uma delegação liderada por Finéias, o zeloso filho do sumo sacerdote,
que já estancara um fluxo de apostasia quando Israel se voltara para Baal-Peor
(Js. 22:17; Nm. 25). Ele restaurou as tribos do leste “com o espírito de
brandura” ou gentileza, tão necessário aos obreiros cristãos (Gl. 6:1; Mt.
18:15). 16. Infidelidade. Traição. Esta palavra também foi usada para com o
pecado de Acã (22:20; cons. 7:1), o qual quase arruinou toda a nação.
22. O poderoso, o Deus, o Senhor! A combinação e a repetição dos três nomes
divinos, El, Elohim, Jeová (cons. Sl. 50:1), forma um juramento solene e
majestoso pronunciado pelos acusados quando negam sua culpa de rebeldia ou traição.
Hoje não nos preserveis. Uma imprecação excitada, dirigida diretamente a
Deus, no meio de sua afirmação.
30. Deram-se por satisfeitos. A ação das tribos do leste parecia
perfeitamente honrosa aos representantes. Nenhuma condenação subjacente das
tribos transjordânicas foi insinuada pelo autor inspirado. Contudo, este
afastamento do plano divino de um culto centralizado resultou mais tarde em
apostasia, que se vê em sua recusa em ajudar Débora (Jz. 5:15b-17a).
Um comentário:
Boas intenções, vezes pelo olhar de outro, não pode ser interpretado como presunção? Investiguemos os fatos como a delegação liderada pelo sacerdote Finéias. Deus seja louvado :)
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