Interpretação de Malaquias 3
Malaquias 3 apresenta um diálogo profético centrado na purificação, justiça e presença divina. Deus anuncia a chegada de um mensageiro que preparará o caminho para Sua vinda, ressaltando a importância da prontidão espiritual. O capítulo aborda o ceticismo do povo em relação à justiça de Deus e assegura-lhes que um dia de ajuste de contas se aproxima, distinguindo entre os justos e os ímpios. Deus desafia o povo a voltar a Ele por meio dos dízimos e ofertas, prometendo bênçãos pela obediência. Em meio às repreensões, Deus convida o povo a testar Sua fidelidade. O capítulo termina com uma promessa de restauração e o potencial de transformação por meio do refinamento divino. Malaquias 3 exorta o povo a reconhecer a soberania de Deus, abraçar a justiça e antecipar Sua presença iminente com um chamado ao arrependimento e devoção renovada.
3:1. O meu mensageiro. João Batista (Is. 40:3; cons. Mar. 1:2, 3). Preparará o caminho. João atacava a decadência moral e a formalidade religiosa vazia, preparando assim o caminho para a ênfase de Cristo sobre a regeneração e o culto espiritual. Ele também foi o arauto da vinda de Cristo. De repente virá... o SENHOR. Esta é a resposta à pergunta: “Onde está o Deus do juízo?” “Deus” (2:17), o SENHOR e o Anjo da aliança, todos se referem a uma única pessoa divina. Uma vez que o precursor desta pessoa foi João Batista, a pessoa divina não foi outra que Jesus Cristo. Ao seu templo. Na Nova Dispensação, o santuário de Deus, antes o Jardim do Éden, mais tarde o Tabernáculo e depois o Templo, seria a Igreja (I Co. 3:16, 17; Ef. 2:21; I Pedro 2:5). A quem vós buscais. Eles tinham declaradamente procurado ver o próprio Deus. O Anjo da Aliança. Este Mensageiro divino, Aquele que virá, representava a aliança de Deus com Israel, que em contraste com o Seu juízo sobre as nações, abençoaria o Seu povo escolhido. A quem vós desejais. Israel supostamente andava pelo aparecimento de Deus em juízo.
3:2. Mas quem pode suportar o dia da sua vinda? Os judeus que tinham transgredido a aliança, como também os pagãos, achariam o Dia do Senhor um dia de terrível juízo (Sf. 1:17, 18). Como o fogo do ourives. Tudo o que não tinha valor seria consumido. A potassa dos lavandeiros. Uma segunda metáfora simbolizando a mesma verdade terrível. Lixívia ou potassa eram usadas na lavagem de roupas.
3:3. Assentar-se-á, como... purificador. A vinda do Senhor é agora representada como a de um Fundidor, que executaria o processo do refinamento. Purificará os filhos de Levi. O sacerdócio mesmo seria o primeiro objeto das atividades do Refinador. Refinará, isto é, “filtrará”. Aquilo que tinha valor sobreviveria ao processo da filtração. Justas ofertas. No processo do refinamento, alguns sacerdotes apareceriam com os corações puros, de modo que o seu culto seria aceitável diante do Senhor; outros seriam peneirados como refugo.
3:1. O meu mensageiro. João Batista (Is. 40:3; cons. Mar. 1:2, 3). Preparará o caminho. João atacava a decadência moral e a formalidade religiosa vazia, preparando assim o caminho para a ênfase de Cristo sobre a regeneração e o culto espiritual. Ele também foi o arauto da vinda de Cristo. De repente virá... o SENHOR. Esta é a resposta à pergunta: “Onde está o Deus do juízo?” “Deus” (2:17), o SENHOR e o Anjo da aliança, todos se referem a uma única pessoa divina. Uma vez que o precursor desta pessoa foi João Batista, a pessoa divina não foi outra que Jesus Cristo. Ao seu templo. Na Nova Dispensação, o santuário de Deus, antes o Jardim do Éden, mais tarde o Tabernáculo e depois o Templo, seria a Igreja (I Co. 3:16, 17; Ef. 2:21; I Pedro 2:5). A quem vós buscais. Eles tinham declaradamente procurado ver o próprio Deus. O Anjo da Aliança. Este Mensageiro divino, Aquele que virá, representava a aliança de Deus com Israel, que em contraste com o Seu juízo sobre as nações, abençoaria o Seu povo escolhido. A quem vós desejais. Israel supostamente andava pelo aparecimento de Deus em juízo.
3:2. Mas quem pode suportar o dia da sua vinda? Os judeus que tinham transgredido a aliança, como também os pagãos, achariam o Dia do Senhor um dia de terrível juízo (Sf. 1:17, 18). Como o fogo do ourives. Tudo o que não tinha valor seria consumido. A potassa dos lavandeiros. Uma segunda metáfora simbolizando a mesma verdade terrível. Lixívia ou potassa eram usadas na lavagem de roupas.
3:3. Assentar-se-á, como... purificador. A vinda do Senhor é agora representada como a de um Fundidor, que executaria o processo do refinamento. Purificará os filhos de Levi. O sacerdócio mesmo seria o primeiro objeto das atividades do Refinador. Refinará, isto é, “filtrará”. Aquilo que tinha valor sobreviveria ao processo da filtração. Justas ofertas. No processo do refinamento, alguns sacerdotes apareceriam com os corações puros, de modo que o seu culto seria aceitável diante do Senhor; outros seriam peneirados como refugo.
3:4. A oferta de Judá e de Jerusalém. A terminologia do sacrifício não deve ser entendida como se ensinasse que o ritual mosaico seria continuado depois da vinda do Senhor. Antes, esta terminologia é um veículo conveniente dos profetas descreverem o culto na Nova Dispensação. Quando os líderes religiosos forem transformados, a verdadeira religião retornaria pata o povo.
3:5. Chegar-me-ei. Veja a exposição 3:1. A vós outros para juízo. O processo de purificação incluiria não apenas os sacerdotes mas também o povo. Veloz. Embora o Senhor pudesse adiar Sua vinda, quando viesse viria subitamente, inesperadamente. E não me temem. O pecado básico daqueles que perguntavam, “onde está o Deus do juízo?”, era o desprezo para com o Deus dos seus pais.
3:6. Eu, o SENHOR, não mudo. SENHOR, isto é, “Jeová”, tem nele o conceito da imutabilidade, mas a imutabilidade de Deus também fica declarada no não mudo. É porque um Deus justo não pode jamais alterar Sua atitude para com o pecado que o juízo, por mais adiado que seja, certamente executará. Vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. A imutabilidade de Deus também é a garantia da graça de Deus. O fogo da purificação não destruirá completamente o Seu povo.
E. “Em que Havemos de Tornar?” 3:7-12.
Esta pergunta sonega a Deus a acusação de que os israelitas o tenham roubado deixando de guardar as leis referentes ao dízimo e ofertas alçadas (terûmâ). Mas Deus era gracioso. Através do profeta insistia com eles a que aceitassem a situação, prometendo copiosas bênçãos se o fizessem.3:7. Desviastes dos meus estatutos. As ordenanças transgredidas referiam-se especificamente à mordomia do dízimo e das chamadas ofertas alçadas. Eu me tornarei. Se o povo se arrependesse, seria restaurado ao favor divino. Em que havemos de tornar? Eles não reconheciam que tinham se desviado.
3:8. Vós me roubais. Mordomia falha equivalia à fraude ou roubo. Dízimos. com referência à obrigação específica, veja Lv. 27:30-33; Núm. 18:20-32; Dt. 14:22-29. Ofertas. A palavra usada para “oferta”, é terûmâ, que geralmente se aplica às ofertas espontâneas, às primícias, ao meio siclo pago ao santuário e às porções do sacrifício que eram reservadas aos sacerdotes (Êx. 30:13; Lv. 7:14; Nm. 15:19-21; 18:26-29).
3:9. Maldição. Literalmente, a maldição. O castigo mencionado em 2: 2 sobreviria à nação culpada como um todo.
3:10. Todos os dízimos. Antes, todo o dízimo. Ao que parece os israelitas fingiam conformar-se à Lei, oferecendo alguns dízimos a Deus mas não todos os exigidos pela Lei (cons. Atos 5:1, 2). À casa do tesouro. Os dízimos deviam ser trazidos e recolhidos em salas especiais do Templo. Mantimento. O dízimo fornecia o sustento dos levitas (Nm. 18:24). As janelas do céu. A figura (cons. II Reis 7:2, 19) refere-se ao derramamento de bênçãos materiais em superabundância. (Com. Lc. 6:38). Derramar sobre vós bênção. Se os judeus duvidassem que Jeová recompensa os justos (cons. Ml. 2:17), que fizessem um teste.
3:11. Repreenderei o devorador. O Deus soberano efetuará uma colheita superabundante em parte pela destruição das locustas e outras pestes que poderiam prejudicar a lavoura. A vossa vide no campo não será estéril. Deus também protegeria as videiras para que não fossem atacadas pelo bolor e pelo crestamento.
3:12. Todas as nações vos chamarão felizes. O tempo comprovada que Deus era Deus e que Ele abençoaria o Seu povo com recursos materiais (compare com 2:17).
F. “Que Temos Falado Contra Ti?” 3:1– 4:3.
Essencialmente uma recapitulação de 2:17–3:6, esta seção dá ao assunto uma ênfase um tanto diferente. Aqui se torna evidente que nem todo o povo da aliança levantou suas vozes contra Deus para acusá-lo de injustiça. O povo justo e temente a Deus encontraria, no dia do Senhor, a libertação, a vitória e ricas bênçãos.3:13. Que temos falado contra ti? Para que continuar nas formas da lei cerimonial? A opinião geral estava perigosamente perto da conclusão de que o culto a Jeová podia muito bem ser interrompido. Contudo os israelitas, mais uma vez fingindo piedade, perguntavam: “Que temos falado contra ti?”
3:14. Inútil é servir a Deus. Servir a Jeová foi colocado na base comercial: Se não resultasse em prosperidade material, podia-se deixar de adorar a Deus. Andar de luto. A expressão poderia ser entendida como a efetuação das formas externas associadas com o arrependimento sem a experiência do verdadeiro arrependimento interno.
3:15. Reputamos por felizes os soberbos. A passagem provavelmente se refere aos pecadores grosseiros em geral, quer judeus ou gentios, que prosperavam materialmente. Sim, eles testam. Traduza-se: Sim, eles têm tentado a Deus e têm sido livrados (cons. 2:17; Sl. 95:9).
3:16. Então. Uma sociedade sem Deus com seu modo de vida ímpio leva os crentes a se reunirem para encorajamento mútuo e testemunho unificado. Os que temiam. Ainda havia verdadeiros crentes em Israel. Um memorial. Nos céus há um registro daqueles que reverenciam o Senhor. Quanto à figura, veja Ester 2:23; 6:1-3; Êx. 32:32; Sl. 56:8; 69:28; Lc. 10:20; Ap. 20:12; 21:27.
3:17. Para mim. A primeira parte da sentença deveria ser: E eles serão meus, propriedade valiosa (mas. Êx. 19:5). Naquele dia. O Dia do Senhor (cons. 3:1, 2). Poderia se traduzir: “no dia em que eu agir”. O dia virá quando Deus agir, quando a justiça for partilhada. Poupá-los-ei. O Dia do Senhor será um dia terrível (Sf. 1:15-18), mas os justos têm a certeza confortadora de que seja como for esse dia, libertará os que ao dEle (cons. Sl. 91:7).
3:18. Então vereis outra vez a diferença. A história tem evidenciado sobejamente o fato de que “tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl. 6:7); e continuará sendo assim. Só olhos cegos ou obstinação persistente pode defender a tese de que Deus não faz distinção entre o justo e o ímpio na dispensação de bênçãos.