Estudo sobre Jeremias 12
Jeremias 12
As confissões de Jeremias (12.1-6).
Na sua conversa com Deus, Jeremias enfrenta a antiga
pergunta da razão de os ímpios prosperarem e os incrédulos terem tanto sucesso.
Não obstante, ele reconhece que precisa comprometer-se com a presciência e
a justiça de Deus (v. 3; cf. Gn 18.25). Contudo, por que
deveria a natureza sofrer em virtude do desprezo demonstrado ao
Todo-poderoso pelo homem (v. 4)? A resposta de Deus serve para fortalecer
Jeremias para a oposição mais cruel, e com frequência mais sutil, por parte
de sua família que o engana e persegue (v. 6). Sua atitude traiçoeira está
em grande contraste com a fé e a firmeza do profeta, v. 5. Se ele
tropeçar em casa agora, como vai se comportar mais tarde em Jerusalém?
Podemos aprender que “Deus nunca chama um homem para lutar contra
cavalos se não o treinou antes para lutar contra homens; que Deus nunca
enviou um homem para os ermos do Jordão antes de treiná-lo nas terras
de paz” (G. C. Morgan, Studies in the Prophecy of Jeremiah). matagais:
é a região viçosa da planície em volta de Jerico frequen-tada até um
século e meio atrás por leões e outros animais selvagens (cf. 49.19).
(2) O
lamento do Senhor (12.7-13).
Os retratos vívidos usados aqui do estado
da nação rebelde são paralelos a outras profecias; uma família
destruída, cf. Mt 23.38; uma esposa rejeitada (3.1); um leão
devorador (v. 8); aves de rapina (v. 9); a vinha [...] destruída
(v. 10,11; cf. Is 5.5-7); uma região saqueada (v. 12) e uma boa colheita
alagada por espinhos (v. 13). O uso do perfeito profético em
referência ao estado futuro das coisas vê a ação vindoura de Deus como já
cumprida. Essa é a resposta do Senhor a qualquer complacência, mas observe
como é toda marcada por um tom intenso (minha, para mim e
correlatos são usados sete vezes), v. 10. Os governantes (pastores)
podem ser os reis inimigos que completam a destruição, ou os líderes
judeus (cf. 2.8) que enganaram a nação no início e assim abriram as portas
para os reis inimigos.
(3) A
restauração das nações (12.14-17).
Quando Jeoaquim se
rebelou em 601 a.C. a favor do Egito, os babilônios enviaram nações ímpias,
a Síria, Moabe e Amom, para causar danos a Judá. Assim, se tomaram
agentes divinos de castigo (2Rs 24.1,2). Mas Deus, o
governante supremo de todas as nações, indica uma possibilidade de retorno
para aqueles povos que vão compartilhar o mesmo destino de Judá no exílio
na mão dos babilônios (caps. 48 e 49). Os termos serão os mesmos — o
repúdio à adoração de Baal, o arrependimento e o início de um novo
relacionamento de aliança com o Senhor Deus (v. 16) para que ele possa
reconstruir e restaurar (v. 17; cf. 1.10).
8) Encenação de
advertências (13.1-27)
Ações falam mais
alto do que palavras e eram muitas vezes empregadas pelos profetas como
Jeremias (19.1-15), Isaías (20.1-6), Ezequiel (4.1-3) e outros (2Rs
13.14). Todas as advertências dadas agora mostram a separação entre a
nação e o seu Deus e o castigo resultante que foi imposto.Índice: Jeremias 1 Jeremias 2 Jeremias 3 Jeremias 4 Jeremias 5 Jeremias 6 Jeremias 7 Jeremias 8 Jeremias 9 Jeremias 10 Jeremias 11 Jeremias 12 Jeremias 13 Jeremias 14 Jeremias 15 Jeremias 16 Jeremias 17 Jeremias 18 Jeremias 19 Jeremias 20 Jeremias 21 Jeremias 22 Jeremias 23 Jeremias 24 Jeremias 25 Jeremias 26 Jeremias 27 Jeremias 28 Jeremias 29 Jeremias 30 Jeremias 31 Jeremias 32 Jeremias 33 Jeremias 34 Jeremias 35 Jeremias 36 Jeremias 37 Jeremias 38 Jeremias 39 Jeremias 40 Jeremias 41 Jeremias 42 Jeremias 43 Jeremias 44 Jeremias 45 Jeremias 46 Jeremias 47 Jeremias 48 Jeremias 49 Jeremias 50 Jeremias 51 Jeremias 52