Estudo sobre Jeremias 14
Jeremias 14
9) Quinta mensagem: a
grande seca (14.1—16.21)
Essa mensagem consiste em
afirmações da situação (v. 1-6) seguidas de um diálogo entre Deus (v.
1,11; 15.1) e o profeta falando em nome do povo (v. 7,13).
A seca, a escassez e a fome
são vividamente descritas na proporção em que afetam todas as classes de pessoas
(v. 2-4), animais (v. 5,6) e o ambiente de que dependem. A cidade e
os campos são afetados. Essa calamidade não deve ser considerada “natural”, mas
sim uma expressão do desfavor divino e castigo do pecado (Dt 11.13-17;
28.23). Isso deveria levar a nação à oração e ao arrependimento. Se
essa é uma oração (v. 7-9; cf. v. 20-22) que idealmente eles deveríam
ter feito, ou de fato fizeram, ou foi feita por um remanescente fiel
ou por Jeremias em nome do seu povo, sabendo que o pecado confessado traz
perdão (ljo 1.9), está aberto para interpretação. A base disso é o
verdadeiro arrependimento (temos pecado contra ti)
que reivindica o relacionamento especial entre Deus e o seu povo
escolhido que, se rompido, afeta o nome dele (v. 7; o que inclui a ”reputação”).
A oração ainda desfruta da confiança na presença do Senhor na sua
própria cidade e templo (“o teu nome foi invocado sobre nós”, nota de
rodapé da NVI, v. 9) e assim deve ter encorajado aqueles que
ainda confiavam nisso (cf. cap. 7). A nota predominante da confiança de
Jeremias no Salvador, a Esperança de Israel (v. 8; 17.13), é
introduzida. A questão é como Deus pode agir como se fosse um estranho
errante, e não um residente permanente entre eles (v. 8). v. 10-12. A resposta de Deus está
relacionada ao povo (v. 10). A falta de ação e de direção da vontade
mostra que ainda estão no seu estado pecaminoso, e a santidade e a justiça
de Deus ainda precisam rejeitá-los completamente. Apesar da sua compaixão,
Jeremias não deve nem apelar para o nome de Deus (v. 7,21), visto que
a salvação é impossível sem sinais de arrependimento. Nenhum sacrifício
será suficiente por Sl mesmo (v. 12) para impedir a destruição citada pela
frase característica de Jeremias (30 vezes, ele usa a expressão guerra
[...] fome [...] peste, cf. 16.14 etc.; Ez 14.21).
Que eles tenham sido
enganados por sacerdotes ritualistas (v. 11) ou falsos profetas (v.
13-16), não é desculpa. Estes são descritos pela primeira vez como os que
não foram comissionados por Deus e não possuem verdade na sua mensagem,
que pode ser demonstrada como falsa pelo desmoronamento de suas predições
sem valor. Esses falsos profetas estão ativos antes da conclusão de qualquer
dispensação (Mt 24.21). v. 18. A ruptura política tem uma causa
espiritual.
O hebraico pode significar “eles
foram a uma terra com a qual não tinham nenhuma familiaridade”.
v. 19-22. Quando
confrontado com a morte em todo lugar, Jeremias, como Abraão (Gn
18.22-33), Moisés (Êx 32.11-13) e Samuel (1Sm 7.5-9; cf. SL
99.6), renova a sua súplica (cf. 15.1). Ela é um modelo, reconhecendo
a soberania de Deus e o pecado do homem e suplicando pelo nome e poder
de Deus (v. 19). v. 21. o teu trono glorioso', pode ser uma
referência à cidade, ao templo ou ao céu (cf. 7.12; SL 11.4; cf. Hb
8.1).Índice: Jeremias 1 Jeremias 2 Jeremias 3 Jeremias 4 Jeremias 5 Jeremias 6 Jeremias 7 Jeremias 8 Jeremias 9 Jeremias 10 Jeremias 11 Jeremias 12 Jeremias 13 Jeremias 14 Jeremias 15 Jeremias 16 Jeremias 17 Jeremias 18 Jeremias 19 Jeremias 20 Jeremias 21 Jeremias 22 Jeremias 23 Jeremias 24 Jeremias 25 Jeremias 26 Jeremias 27 Jeremias 28 Jeremias 29 Jeremias 30 Jeremias 31 Jeremias 32 Jeremias 33 Jeremias 34 Jeremias 35 Jeremias 36 Jeremias 37 Jeremias 38 Jeremias 39 Jeremias 40 Jeremias 41 Jeremias 42 Jeremias 43 Jeremias 44 Jeremias 45 Jeremias 46 Jeremias 47 Jeremias 48 Jeremias 49 Jeremias 50 Jeremias 51 Jeremias 52