Estudo sobre Jeremias 21
Jeremias 21
Nona mensagem: uma
escolha de vida ou morte (21.1-10)
Logo no início do último
cerco babilônico (c. 589 a.C.), Zedequias mandou consultar a Jeremias
esperando uma palavra de livramento miraculoso (v. 4), como havia
acontecido no êxodo e novamente sob Ezequias em 701 a.C. Em períodos
longos de cerco, essas indagações são esperadas, e o incidente de 37.3-10 não é uma
duplicação dessa seção, mas foi causada por um alívio temporário do cerco
quando as forças egípcias sob Hofra avançaram contra os babilônios (também
chamados caldeus nessa época segundo a sua tribo dominante; v. 4). Alguns
comentaristas sugerem que esse capítulo é de fato sequência do anterior em
virtude da ocorrência do nome Pasur, embora aqui seja uma referência a uma
pessoa diferente (cf. 20.1). A resposta de Jeremias é factual, destemida e direta.
Acrescenta predições específicas às dadas anteriormente. Deus não vai
salvar, mas vai lutar contra a sua própria cidade e povo (v. 5,6,10).
Judá ficará tão indefeso que o inimigo vai entrar facilmente (v. 4).
No cerco anterior em 701
a.C., o Senhor havia usado a peste como meio para salvá-los (2Rs 19.35), agora seria usada
para dizimar e devastá-los. Nabucodonosor II (variante aramaico-ocidental de
Nabucodrezar) da Babilônia é o agente de Deus, e lutar contra ele é lutar
contra Deus (v. 6,7).
A escolha entre os dois
caminhos — vida e morte— segue Dt 30.15,19 (cf. lRs 18.21)
e é uma imagem desafiadora usada também por Cristo em Mt 7.13. v. 9.
Essas palavras encorajando a deserção foram mais tarde tomadas por base
para a acusação feita contra Jeremias, escapará com vida-, i.e., “vai
levar para casa a sua vida e nada mais” (NEB). A metáfora ocorre
novamente em 38.2; 39.18; 45.5.
15) Profecias relacionadas
a reis e falsos profetas (21.11—25.38)
Não sabemos se essas
profecias estão organizadas em alguma ordem cronológica.
a) A responsabilidade do governador (21.11-14) . Mesmo
agora, os governantes são instados severamente a observar a lei e a
justiça, pois somente isso poderia impedir a condenação e o desastre que são a
recompensa pelo mal (v. 11,12). O exercício da lei e da ordem (yãsar
— “o que é reto”) é a responsabilidade principal de qualquer pessoa investida
de autoridade (2Sm 15.4). A falta de cumprimento disso significa que a
terra toda, montanhas e planícies (v. 13) ficarão desoladas. Essa
declaração parece uma sinopse da mensagem a todos os reis a quem
Jeremias pregou (v. 13,14; cf. 1.2,3). v. 12. cada manhã'. essa
expressão aqui provavelmente denota a urgência, v. 13. Os governantes
confiavam nas suas defesas assim como confiavam na invencibilidade do
templo.Índice: Jeremias 1 Jeremias 2 Jeremias 3 Jeremias 4 Jeremias 5 Jeremias 6 Jeremias 7 Jeremias 8 Jeremias 9 Jeremias 10 Jeremias 11 Jeremias 12 Jeremias 13 Jeremias 14 Jeremias 15 Jeremias 16 Jeremias 17 Jeremias 18 Jeremias 19 Jeremias 20 Jeremias 21 Jeremias 22 Jeremias 23 Jeremias 24 Jeremias 25 Jeremias 26 Jeremias 27 Jeremias 28 Jeremias 29 Jeremias 30 Jeremias 31 Jeremias 32 Jeremias 33 Jeremias 34 Jeremias 35 Jeremias 36 Jeremias 37 Jeremias 38 Jeremias 39 Jeremias 40 Jeremias 41 Jeremias 42 Jeremias 43 Jeremias 44 Jeremias 45 Jeremias 46 Jeremias 47 Jeremias 48 Jeremias 49 Jeremias 50 Jeremias 51 Jeremias 52