Estudo sobre Jeremias 22

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Jeremias 22

Zedequias (22.1-9). 
As palavras de 21.11,12 agora se tornam pessoais a cada um dos últimos cinco reis de Judá. Aqui na porta do palácio onde o justo juízo deveria ter sido ministrado, Jeremias proclama a responsabilidade que os reis têm de garantir a justiça e a equidade social. Somente a justiça “exalta uma nação” e preserva a dignidade tanto do rei quanto do seu povo (v. 4).
A falha nessa área em todos os níveis resulta em degradação e desolação (cf. 17.25). A mensagem de Cristo a Jerusalém foi semelhante (Mt 23.28,38).
Os v. 1-9 são dirigidos possivelmente a Zedequias (se forem, não estão em ordem cronológica; mas cf. 23.1-8). v. 5. O Senhor só pode jurar pelo seu nome como criador da aliança (Hb 6.13-18). Parte do palácio real era “A Casa da Floresta do Líbano” (lRs 7.2 5); a expressão o melhor dos seus cedros (v. 7) pode aqui ser uma metáfora das colunas da sociedade.
Jeoacaz (22.10-12). 
Jeoacaz (Salum) sucedeu o seu pai, Josias, que morreu em Me-gido enquanto tentava em vão se opor aos egípcios, em 609 a.C. Ele reinou durante três meses antes de ser deportado por Neco para o Egito, onde morreu (2Rs 23.31-34). O povo recebe a orientação para não chorar pelo rei morto, i.e., Josias, cuja morte na batalha é preferível à de Salum. Ele seria o primeiro rei de Judá a morrer no exílio, mas nessa época (v. 11), c. 602 a.C., ainda estava vivo.
Jeoaquim (22.13-23). 
O irmão mais velho de Salum foi vassalo de Neco, e suas atitudes opressoras são contrastadas com o reinado justo do seu pai, Josias (2Rs 23.34 37). Para pagar as suas obrigações e para seu engrandecimento próprio, impôs trabalhos forçados ao povo (v. 13) contrários à lei (Dt 24.14). Construções pomposas e bem elaboradas atribuídas a ele foram escavadas em Ramate Raquel. Mas um belo palácio em Sl nunca fez um bom rei. Jeoaquim foi um oponente feroz de Jeremias e do seu ensino (cap. 36). A falta de expressar o conhecimento de Deus em atividades práticas diárias, i.e., a verdadeira religião (v. 16; cf. Tg 1.27), no caso dele também significaria que rituais religiosos apropriados não seriam realizados na sua morte iminente (v. 18,19; como também predito em 8.1). Se os v. 20-23 se referem a Jerusalém, então os “pastores” (ARA) seriam os seus governantes. Poderia, no entanto, ser uma referência às sentinelas nos pontos elevados da fronteira de Judá ao norte (Líbano), nordeste (Basã) e sudeste (Abarim, v. 20) e ao fracasso dos seus aliados em barrar o avanço babilônico e, portanto, a sua subsequente deportação.
Joaquim (22.24-30). 

Joaquim, cujo nome pessoal era “(Je)conias” (24.1), possessão íntima de Deus e que carrega a sua autoridade (anel de selar, cf. Ag 2.23; NBD, p. 1154-5), sucedeu o seu pai Jeoaquim em dezembro de 598 a.G. Após apenas três meses, ele e sua mãe, Neusta, foram deportados para a Babilônia (2Rs 24.8-16), onde permaneceram por 37 anos. A sua presença lá é atestada em tabuinhas babilónicas datadas de 595—570 a.C. que alistam rações separadas para ele (Ja-ú-kin de Ja-hu-du) e os seus sete filhos (descendentes, v. 28; cf. lCr 3.17). Ele nunca retornou da Babilônia, embora rece besse certa liberdade sob Evil-Merodaque (Amê 1-Marduk), o sucessor de Nabucodono-sor (52.31-34). Por isso, foi excluído da lista de reis de Judá. v. 29. Quando os homens não ouvem ou não obedecem a Deus, a terra é chamada como testemunha (como em 6.19).

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