Estudo sobre Jeremias 35
Profecias no reinado de
Jeoaquim (35.1—36.32)
Aqui se inicia um novo
ciclo de profecias (até o cap. 44; v. Introdução). Cronologicamente, esses
eventos seguem o cap. 26.
Os recabitas (35.1-19).
Em contraste com um voto não cumprido (cap. 34), a história de um voto
mantido lealmente em meio a adversidades e, portanto, elogiado, é
contada nesse capítulo. Ataques de invasores, incluindo grupos de Moabe e
Amom (v. 11; cf. 2Rs 24.2), eram
instigados pelos babilônios em 599—597 a.C., visto que eles mesmos
não podiam castigar a deserção de Jeoaquim após o revés que haviam
sofrido nas mãos dos egípcios em 601 a.C. Isso forçou os recabitas a
se retirarem do deserto para buscar proteção em Jerusalém. Eles eram
uma subdivisão dos queneus (Jz 1.16; lCr 2.55), antigamente associados com
Israel, que tinham se estabelecido no sul de Judá (1Sm 15.6; Jz 4.17).
Esse clã ou grupo (v. 2, comunidade) havia sido fundado por Jonadabe,
ftlho de Recabe, que apoiou a campanha contra o ímpio Onri e os
adoradores de Baal (2Rs 10.15-31). Eles eram adoradores do Senhor (Javé),
opositores ferrenhos de qualquer apostasia e devotos à forma nômade de
vida como protesto contra os males da civilização. Essa reação contra
os males da sociedade foi expressa de forma negativa por meio de sua
retirada para o deserto. Durante quase trezentos anos, o seu grupo tinha
mantido a fidelidade aos seus votos rigorosos e ao seu estilo de vida (v.
6,14; cf. os nazireus). O convite que Jeremias lhes faz para irem às
dependências do templo tinha o propósito de testá-los diante de testemunhas. Entre
estas, estava o importante oficial que, como porteiro do templo (v.
4; cf. 2Rs 25.18), tinha a responsabilidade de evitar que qualquer pessoa
indigna entrasse no santo templo. Contraste com isso a ação de Cristo
como expressa em Ef 2.14; Hb 10.19. v. 12-19. A recusa dos recabitas
em beber vinho é interpretada como lição clara e objetiva para Judá. Eles
tinham sido obstinados em guardar uma ordem puramente humana durante
gerações seguidas, mas o povo de Judá como um todo tinha se negado a
obedecer à lei de Deus promulgada no Sinai. O v. 15 é o resumo
que Jeremias faz do ensino de profetas anteriores (cf. 18.11;
25.5,6). Assim, os recabitas vão ter a sua recompensa de Deus. Vai ser
semelhante à garantida àqueles que guardam as alianças de Deus que
prometem uma sucessão inviolada (e.g., a Davi) — o privilégio de servir a
Deus (v. 19; cf. Dt 17.12; lRs 17.1).
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