Estudo sobre Jeremias 40
Jeremias 40
Biografia posterior e
mensagem final de Jeremias (40.1—45.5)
O relato pessoal da vida do
profeta é continuado depois da queda de Jerusalém em 587 a.C., tanto em Judá
(caps. 40—42) quanto no Egito (caps. 43 e 44).
Decidindo o futuro
(40.1-6). Os estágios finais do cerco e ajuntamento dos prisioneiros foram
deixados para Nebuzaradã (babil. Nabu-zêr-iddin) que estava à
frente das tropas babilónicas. Nabucodonosor designou Gedalias
(v. 5) governador do distrito com sede em Mispá, a noroeste de Jerusalém
(ou a 8 quilômetros em Nebi Samwll ou a 13 quilômetros em Tell
en-Nasbeh). A sua posição é confirmada por uma impressão de selo da cidade
de Laquis daquela época em que se lê Igdlyh s‘l hbyt (“pertencente
a Gedalias que está sobre a casa”, i.e., ministro chefe). O próprio
Nabucodonosor havia retornado para a Babilônia, mas os babilônios
perceberam claramente que eram a ferramenta de Deus para o castigo (v. 2).
Não há necessidade de atribuir esse ponto de vista a um autor hebreu
posterior. Jeremias parece ter ficado com os refugiados e prisioneiros que
foram deportados e pode ter sido resgatado dentre eles por ação de
Gedalias. Ele certamente recebeu a palavra de profecia até o final
do seu ministério (v. 1), e a sua decisão de permanecer com o “remanescente”
sem dúvida foi influenciada pela sua fé em que a terra adjacente
seria reocupada (32.15) como evidentemente não foi tocada pela guerra (v. 12).
A escolha de Jeremias foi
ousada e patriótica (v. 6), embora bem soubesse que a esperança do futuro do
povo de Deus estava com os exilados na Babilônia (24.4-7). Ele escolheu ser
guia do mesmo povo que o havia rejeitado com tanta persistência (v. 10).
Gedalias como governador (40.7-12). Por um período,
parecia que havia esperança para os que permaneceram. Havia provisão disponível
em julho/agosto (as frutas de verão, v. 10,12), pois a cidade
havia caído entre o quinto (1.3; 52.12) e o sétimo mês (41.1). A
liderança de Gedalias era tal que inspirava previsão e confiança (v.
9,10), e se uniram a ele os que haviam fugido para Moabe (v. 11; cf.
27.3) e Amom (v. 14), e que, talvez como os recabitas (35.11), haviam sido
desalojados pelos invasores (v. 12).
A
conspiração contra Gedalias (40.13-16). A fraqueza de Gedalias era
uma aparente incapacidade de discernir o caráter das pessoas à sua
volta. Entre os que se uniram a ele, estava Ismael (v. 14), um
membro distante da linhagem real de Davi, que talvez estivesse
ofendido por não ter sido nomeado governador e acreditasse que Gedalias
fosse traidor por ser homem de confiança dos babilônios. O desconhecido
rei amonita Baalis talvez tivesse planos de aumentar o seu
território e, assim, queria tirar Gedalias do caminho. Não obstante, um homem
na posição de autoridade, como Gedalias, precisa tomar muito cuidado
para não desprezar o conselho sábio, caindo assim na mesma atitude (falar
com falsidade, v. 16) de que acusa os outros.Índice: Jeremias 1 Jeremias 2 Jeremias 3 Jeremias 4 Jeremias 5 Jeremias 6 Jeremias 7 Jeremias 8 Jeremias 9 Jeremias 10 Jeremias 11 Jeremias 12 Jeremias 13 Jeremias 14 Jeremias 15 Jeremias 16 Jeremias 17 Jeremias 18 Jeremias 19 Jeremias 20 Jeremias 21 Jeremias 22 Jeremias 23 Jeremias 24 Jeremias 25 Jeremias 26 Jeremias 27 Jeremias 28 Jeremias 29 Jeremias 30 Jeremias 31 Jeremias 32 Jeremias 33 Jeremias 34 Jeremias 35 Jeremias 36 Jeremias 37 Jeremias 38 Jeremias 39 Jeremias 40 Jeremias 41 Jeremias 42 Jeremias 43 Jeremias 44 Jeremias 45 Jeremias 46 Jeremias 47 Jeremias 48 Jeremias 49 Jeremias 50 Jeremias 51 Jeremias 52