Estudo sobre Jeremias 43
Jeremias 43
A palavra de Deus é
rejeitada (43.1-7). Apesar da promessa (43.5,6), o grupo se negou a
aceitar a orientação divina. Diversas desculpas podem ter sido
usadas para a escolha de um caminho contrário. Eles acusaram Jeremias
de ter falado mentiras (v. 2), quando na verdade aquilo em que
eles tinham confiado ficou provado como mentira (27.10,15,16; 28.15) por
meio dos eventos recentes que haviam sido preditos pela mesma pessoa a
quem agora estavam acusando. Inventaram uma história segundo a qual
ele estava debaixo da influência de Baruque, supostamente
pró-Babilônia (v. 1-3), que, assim alegavam, havia argumentado de
forma independente a favor da permanência na terra. Esse grupo não mostrou
mudança de atitude alguma daquela que conduzira à queda de Judá. Eram
presunçosos (v. 2, arrogantes) por tomarem posição contra a
autoridade de Deus. Mas nenhuma desculpa podia camuflar o fato de que a
sua decisão era uma desobediência aberta à voz do Senhor (v. 7). Gomo
Cristo (Mt 26.60-63), Jeremias parece ter permanecido quieto em face de
acusações falsas. Assim, o profeta é levado contra a sua vontade para
Tafnes (v. 7; cf. 2.16) na fronteira sudeste com o Egito, c. 40
quilômetros a sudoeste de Port Said. Tell Defneh foi escavada por Flinders
Petrie em 1886.
A
vitória da Babilônia sobre o Egito é predita (43.8-13). As escavações de
Tafnes revelaram uma grande área pavimentada fora do “forte do
palácio” (papiros de Elefanti-na) que foi identificada com o “pavimento da
entrada do palácio...” (v. 9, ARA; TM: “terraço de tijolos” ou “plataforma”). O
termo hebraico traduzido por tenda real (v. 10) é único (lit. “tapeçaria
brilhante”)”. Jeremias usa o ato simbólico de enterrar algo
debaixo da plataforma para indicar que os judeus no Egito estariam
debaixo do domínio babilônico (v. 10).
Ele prediz os
horrores que eles tentaram evitar incluindo a deportação deles mesmos e
dos judeus que haviam fugido antes deles para o Egito (40.11,12; knt.
de Josefo, X. 182). Inscrições babilônicas atestam um ataque em 568/7
a.C., quando Amasis (570—526 a.C.) foi derrotado (cf. Ez 29.19,20; 30.24-26).
Em frente da “casa do deus Sol” (v. 12, heb. Beth-Shemesh,
aqui distinto do lugar com o mesmo nome em Judá), o famoso templo de
Om em Heliópolis (perto de Mênfis e da atual Cairo), era uma fila de
obeliscos (v. 13, TM “imagens”) dos quais só conhecemos restos.
Outros estão agora em Londres (Agulha de Cleópatra), Paris e Istambul.Índice: Jeremias 1 Jeremias 2 Jeremias 3 Jeremias 4 Jeremias 5 Jeremias 6 Jeremias 7 Jeremias 8 Jeremias 9 Jeremias 10 Jeremias 11 Jeremias 12 Jeremias 13 Jeremias 14 Jeremias 15 Jeremias 16 Jeremias 17 Jeremias 18 Jeremias 19 Jeremias 20 Jeremias 21 Jeremias 22 Jeremias 23 Jeremias 24 Jeremias 25 Jeremias 26 Jeremias 27 Jeremias 28 Jeremias 29 Jeremias 30 Jeremias 31 Jeremias 32 Jeremias 33 Jeremias 34 Jeremias 35 Jeremias 36 Jeremias 37 Jeremias 38 Jeremias 39 Jeremias 40 Jeremias 41 Jeremias 42 Jeremias 43 Jeremias 44 Jeremias 45 Jeremias 46 Jeremias 47 Jeremias 48 Jeremias 49 Jeremias 50 Jeremias 51 Jeremias 52