Estudo sobre Êxodo 27
Êxodo 27
O altar dos holocaustos (27.1-8) v. 1. A leste da porta do tabernáculo, estava o altar dos holocaustos, uma estrutura pequena de somente 1,35 metro/3 côvados de altura, v. 2. As pontas em forma de chifre em cada um dos quatro cantos tinham um uso prático, já que os animais do sacrifício eram amarrados nelas. Ocasionalmente, delinquentes buscavam o refúgio do santuário nesse altar agarrando-se a essas pontas (cf. 21.14; lRs 1.50; 2.28). v. 4,5. Em torno dos quatro lados e a meia altura do altar, havia uma beirada (v. 5). Embora não seja mencionada nenhuma função para a beirada, geralmente supõe-se (e.g., Driver, Stalker, Childs) que ela existia para que os sacerdotes ficassem em pé sobre ela na hora de oferecer sacrifícios; Lv 9.22 é citado muitas vezes como base para essa suposição. Mas pode-se questionar se essa plataforma era necessária no caso de um altar cujo topo ficava a 1,35 metro do chão. O v. 5 mostra que a beirada devia ficar cerca de 60 centímetros do topo do altar. V. no IBD, p. 25, uma fotografia de um altar de incenso cana-neu completo com uma “beirada” ornamental e observe que o altar tem apenas cerca de 55 centímetros. A explicação para a beirada apresentada aqui é também a preferida de Gassuto. A grelha ficava abaixo da beirada do altar e estendia-se até o chão; assim, a metade inferior do altar provavelmente ficava encerrada numa grelha de bronze, talvez para facilitar a ventilação. Muito menos satisfatória é a explicação segundo a qual a beirada ficava na parte interna do altar e que a grelha apoiava-se nela (v., porém, em Cole uma defesa dessa alternativa). E difícil entender como as argolas do v. 4 cumpririam a sua função se a grelha estivesse no interior do altar, v. 8. Visto que o altar era oco, e em vista da orientação de 20.24,25, alguns eruditos sugerem que ele tenha sido preenchido com terra ou pedras. Talvez seja significativo em relação a isso que, ao contrário do altar de incenso (30.3), não há menção de uma “parte superior”.
v. 9. E impossível ter
certeza acerca da exata disposição das cortinas que demarcavam o pátio.
O todo formava um retângulo de 45 metros/100 côvados de
comprimento por 22,5 metros/50 côvados de largura (v. 18). Não se
afirma em lugar nenhum que a distância entre as colunas era de 2,25
metros/5 côvados — embora essa possa ter sido a intenção —, nem se
menciona o número total de colunas. A disposição mais simples de
se representar em diagrama teria sido a mais difícil de se produzir
na prática, visto que significa frações de côvado impraticáveis para as
distâncias entre as colunas. De acordo com essa reconstrução, as colunas
dos cantos precisam ser contadas duas vezes, uma com o comprimento e uma
com a largura. Nos lados norte e sul, portanto, haveria 19 cortinas em 20
colunas; no lado oeste (dos fundos), nove cortinas em dez colunas. Uma
vantagem especial desse esquema é que torna fácil explicar as informações
apresentadas para o lado leste (v. 14ss), se a primeira e
quinta colunas do portão também serviam de colunas adicionais para os dois
“ombros” (como o hebraico descreve as seções \lados] de
cada lado do portão). Um sistema constituído de intervalos de 2,25
metros/5 côvados entre as colunas também é possível e é defendido por
Driver, Cassuto etc. Isso requer que cada lado tenha tido uma coluna a
mais do que o número de colunas especificado, a não ser que a última
coluna em cada caso também sirva como primeira do lado adjacente.
Na ponta do lado leste, há a pequena complicação de que um conjunto de
cortinas é apoiado por suas próprias três colunas e pela primeira das
quatro colunas do portão, enquanto no outro lado as cortinas são
apoiadas pela coluna mais próxima da seção lateral bem como pelas
quatro colunas determinadas especialmente para elas. O primeiro esquema está de
acordo com a reconstrução de D. W. Gooding, ilustrada no IBD, p.
1.508. No IBD, p. 1.510, há uma breve exposição dos dois
esquemas; o segundo diagrama mostrado lá segue a mesma disposição da
reconstrução, mas com uma disposição variante (que é permissível!) das
colunas e das cortinas do lado leste. v. 10. As ligaduras talvez
tenham sido filetes ornamentais logo abaixo dos capitéis (cf.
38.17,19); não há como ter certeza do seu significado, mas provavelmente não se
tinha em mente um tipo de vara de ligação entre as colunas (v. BJ). v. 19.
Foram usadas cordas e estacas para manter bem firmadas as colunas
tanto do tabernáculo quanto da cerca do pátio. As cordas são
mencionadas em 35.18; 39.40.
O candelabro (27.20,21) v.
20. Há diferenças de opinião quanto a se essa iluminação é o
candelabro de ouro que ficava no lado sul do Lugar Santo; Lv 24.1-4 parece
apoiar essa identificação. De acordo com a tradição mishnaica, para
produzir o azeite puro de olivas batidas, as olivas
eram batidas levemente num pilão; normalmente se obtinha o azeite ao
triturá-las numa prensa de duas pedras.fiquem sempre acesas: lit. “continuamente”,
que deve ser especificado como do entardecer até de manhã no v. 21
(cf. 30.7,8 e ISm 3.3). A mesma palavra é usada em conjunção com “ofertas
contínuas (i.e., ‘regulares’)”- v. 21. A localização desse candelabro do
lado de fora do véu também sugere que este é o candelabro de ouro
(cf. comentário do v. 20).
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