Estudo sobre Isaías 57
Isaías 57
A figura muda em
57.1,2, um trecho breve destinado a assegurar aos justos que, por mais
negligenciados e maltratados que estejam sendo nas condições atuais, eles
experimentarão a paz completa (bem-estar) no devido tempo,
seja nesta vida, seja depois. O texto e o significado desses dois
versículos não são de forma alguma claros; v. alternativas em outras
versões em português.
Em 57.3-13, temos um
oráculo detalhado de juízo contra a idolatria, descrita como prostituição, uma
figura típica do AT. O v. 4 revela um pouco do escárnio com que
essas pessoas tratavam homens devotos e verdadeiros profetas e, assim, o
próprio Deus. O caráter geral da idolatria está claro: era o antigo culto
cananeu da fertilidade, com todos os seus rituais e cerimoniais sexuais,
além dos sacrifícios a Moloque (v. 5,9). O culto a este deus
era celebrado especialmente no vale de Hinom, próximo de Jerusalém. O v. 8
menciona alguns símbolos domésticos, provavelmente também de natureza
sexual. O v. 10 mostra como era persistente toda essa idolatria, apesar
dos seus míseros resultados (v. na NEB uma tradução possivelmente superior); e
tudo era feito com um espírito de hipocrisia, como deixa claro o v. 12.
Finalmente, o profeta associa a predição inevitável de condenação para os
idólatras com confiança e promessas para os justos. A promessa
pode ser comparada com Mt 5.5.
57.14-21. O tema da
promessa continua, provavelmente dirigido em especial aos exilados que haviam
retornado da Babilônia e que foram afligidos pela liderança ímpia e
a idolatria predominante no território de Judá após o exílio. Esses
males eram os obstáculos (v. 14) no caminho do completo cumprimento
das promessas que haviam sido recebidas pelos exilados enquanto estavam na
Babilônia; cf. 40.3ss. Deus insiste em que a sua ira, que tinha trazido o
castigo, passou (v. 16ss); ele agora está totalmente determinado a trazer
o bem-estar e a prosperidade (paz) ao seu povo, embora os maus
entre eles certamente não possam esperar nada disso (v. 20,21). A cobiça
(v. 17) do Judá pré-exílico é destacada e mencionada porque é o pecado por
demais predominante agora de novo; cf. 56.11.
O v. 15 lembra o cap. 6,
mas a ausência de qualquer menção ao templo é digna de observação e sugere
que havia corrupção considerável no culto do templo pós-exílico. Não
obstante, os devotos podiam se encontrar com Deus, visto que a sua
moradia eterna não estava somente no céu acima, mas também com o
contrito e humilde de espírito (cf. Mt 5.3).Índice: Isaías 1 Isaías 2 Isaías 3 Isaías 4 Isaías 5 Isaías 6 Isaías 7 Isaías 8 Isaías 9 Isaías 10 Isaías 11 Isaías 12 Isaías 13 Isaías 14 Isaías 15 Isaías 16 Isaías 17 Isaías 18 Isaías 19 Isaías 20 Isaías 21 Isaías 22 Isaías 23 Isaías 24 Isaías 25 Isaías 26 Isaías 27 Isaías 28 Isaías 29 Isaías 30 Isaías 31 Isaías 32 Isaías 33 Isaías 34 Isaías 35 Isaías 36 Isaías 37 Isaías 38 Isaías 39 Isaías 40 Isaías 41 Isaías 42 Isaías 43 Isaías 44 Isaías 45 Isaías 46 Isaías 47 Isaías 48 Isaías 49 Isaías 50 Isaías 51 Isaías 52 Isaías 53 Isaías 54 Isaías 55 Isaías 56 Isaías 57 Isaías 58 Isaías 59 Isaías 60 Isaías 61 Isaías 62 Isaías 63 Isaías 64 Isaías 65 Isaías 66