Explicação de Salmos 53

Salmo 53: A Loucura do Ateísmo

O Salmo 53 é um lamento sobre a loucura e maldade daqueles que negam a existência de Deus e vivem em oposição aos seus caminhos. O salmista começa declarando que o tolo disse em seu coração: “Deus não existe”. O salmista descreve a maldade daqueles que negam a Deus, que oprimem os pobres e rejeitam a sabedoria e a justiça. O salmista retrata Deus olhando do céu e observando a corrupção da humanidade. O salmista também expressa confiança de que Deus finalmente restaurará seu povo e punirá os ímpios. O salmo termina com um apelo à salvação e libertação, e uma promessa de dar graças e louvar a Deus para sempre. Em termos gerais, o Salmo 53 nos desafia a reconhecer a loucura de negar a Deus e buscar sabedoria e retidão, e nos lembra da justiça e misericórdia de Deus.

Explicação de Salmos 53

A principal diferença entre o Salmo 14 e este é que o nome de Deus é mudado de Jeová (ou Javé) para Elohim. No Salmo 14, o tolo nega a existência do Deus que guarda a aliança (Jeová, SENHOR) que está profundamente interessado e envolvido no bem-estar de Seu povo. Aqui o tolo nega a existência de um Deus soberano e todo-poderoso (Elohim) que sustenta e governa o universo.

Deus pode ser negado em ambos os sentidos: alguns negam que o Criador tenha qualquer interesse especial em qualquer raça ou grupo de homens em particular; outros repudiam qualquer possibilidade de haver um Deus.

53:1 O tolo não é necessariamente burro ou estúpido. Ele pode ser intelectualmente brilhante no que diz respeito à educação contemporânea, mas não quer enfrentar a evidência quanto à pessoa, poder e providência de Deus. Ele é intencionalmente ignorante. “A palavra hebraica contém a ideia de uma recusa maliciosa em reconhecer a verdade.”

O ateísmo está ligado à depravação e à degradação, às vezes como causa, às vezes como efeito. Portanto, não é de se estranhar que aqueles que dizem “Não há Elohim” sejam corruptos, praticando abominável iniquidade. Não há nenhum deles que faça o bem.

53:2 Agora o assunto parece deslizar dos ateus em particular para a humanidade em geral. Paulo cita fragmentos desses versículos em Romanos 3 para estabelecer a depravação total de toda a humanidade. A acusação é verdadeira, claro. Quando Deus olha do céu para a raça dos homens, Ele não pode encontrar alguém que, entregue a si mesmo, teria a sabedoria de temer ao Senhor. Além do ministério anterior do Espírito Santo, ninguém buscaria a Deus.

53:3 Todos eles se desviaram do Deus vivo. Todos eles se tornaram depravados. Ninguém faz o bem no sentido de algo que possa ganhar o favor ou o mérito do Senhor.

53:4, 5 Novamente, parece haver uma mudança para uma classe particular de pecadores, a saber, aqueles apóstatas que perseguem o povo de Deus. Como podem ser tão míopes? Eles são cruéis e sem oração. Eles não pensam mais em destruir o remanescente fiel do que em comer pão. E eles nunca sentem a necessidade de falar com Deus em oração. Eles parecem completamente insensíveis ao fato de que um dia serão tomados por um terror sem precedentes. Deus espalhará os ossos daqueles que travam guerra contra Seus seguidores leais.

53:6 No último verso, Davi ora pela vinda do Messias. Ele é o Libertador que sairá de Sião (Romanos 11:26) e salvará todo o Israel crente. Naquele dia Israel será restaurado, Jacó se alegrará e Israel se alegrará.

Notas Adicionais:

53.1-6 Este salmo é uma segunda edição do Sl 14.

53.1-3 Uma descrição da corrupção universal, que abrange a todos. A sociedade humana faz distinção entre os homens, mas Deus desmascara ao homem que; sendo pecador, precisa de um Salvador. Cf. Rm caps. 1-3.

53.4-5 Revela-se um Deus de retidão. Os que invocam a Deus e que até O desprezam são envergonhados. A retidão de Deus significa que Deus condenará o pecado. Ao mesmo tempo, porém, oferece o caminho da salvação e de perdão àquele que reconhece seu pecado, arrependendo-se e procurando a misericórdia divina. Na pessoa de Jesus Cristo, pelo Seu amor, Deus oferece esta salvação (Jo 14.6). Se o amor de Deus é desprezado, nada mais resta senão as duras consequências naturais do pecado é a vergonha eterna.

53.5 É só aqui que este salmo difere do Sl 14 (14.5-6).

53.6 A oração para que Israel não venha a participar da punição acima mencionada, que, pela intervenção divina, seja salva da condição de ímpio.