Explicação de Jeremias 24

Jeremias 24

Jeremias 24 usa a metáfora dos figos bons e dos figos ruins para ilustrar o destino dos exilados de Judá. O capítulo descreve como Deus mostrou a Jeremias dois cestos de figos, simbolizando aqueles que foram exilados na Babilônia e aqueles que permaneceram em Judá. Os “figos bons” representam os exilados que experimentarão restauração e bênção, enquanto os “figos ruins” simbolizam aqueles que permaneceram em Judá e enfrentarão mais destruição. O capítulo enfatiza a importância de reconhecer o favor e o julgamento de Deus com base na fidelidade. Jeremias 24 transmite uma mensagem sobre os diferentes resultados para os exilados e para aqueles que permanecem em Judá, sublinhando o significado da misericórdia e da justiça de Deus.

Explicação

24:1-3 Temos neste capítulo uma explicação dos dois caminhos apresentados em Jeremias 21: o caminho da vida e o caminho da morte (Jr 21:8-9). A explicação é apresentada na figura de duas cestas de figos: uma cesta de figos bons e uma cesta de figos ruins. Pode-se esperar qualquer bênção de Deus se primeiro se humilhar. Devemos primeiro reconhecer que merecemos o julgamento, então receberemos a bênção. O Juiz que condena então se torna o Doador de bênçãos.

A visão dos dois cestos de figos

O SENHOR chama a atenção de Jeremias para dois cestos de figos colocados diante do templo do SENHOR (Jr 24:1). O fato de serem colocados diante do templo faz com que essas cestas sejam uma reminiscência da cesta de primícias. Essa cesta é colocada pelo sacerdote diante do altar (Dt 26:1-4). Não há menção a isso aqui.

É a época em que ocorreu a primeira deportação para o exílio (2Rs 24:8-16; 2Cr 36:9-10). Nabucodonosor levou cativos os líderes, deixando o povo sem liderança. Ele também levou cativos os artesãos e ferreiros de Jerusalém e os trouxe para a Babilônia, de modo que o povo também não tem pessoas que lhes forneçam meios de defesa e armas.

Dizem-nos o conteúdo de ambas as cestas de figos. Em uma cesta há “figos muito bons” (Jr 24:2). Esses figos bons são “como figos maduros”, que são figos para serem oferecidos ao SENHOR como primícias (Dt 14:22). Eles são bons para comer (Isa 28:4; Os 9:10). O SENHOR diz deles: “Um figo maduro [que] desejo” (Mq 7:1). Na outra cesta estão figos muito ruins, tão ruins que não podem ser comidos. A má qualidade é enfaticamente mencionada.

Então o SENHOR pergunta a Jeremias o que ele vê (Jr 24:3; cf. Jr 1:11Jr 1:13). Jeremias deve dizer com precisão o que vê para que o Senhor também possa esclarecer o significado para ele. Sua resposta é que ele vê figos e também que há uma grande diferença entre eles. Ele os descreve exatamente como são descritos no versículo anterior. Isso mostra que ele os vê como o Senhor os vê.

24.2 Figos temporãos. Figos que raramente apareciam na primavera, antes das folhas. Depois, surgiam as folhas que produziam a ceifa dos figos no outono. Eram um prato saboroso que não aparecia com regularidade em cada ano. O tempo próprio para os figos era em agosto: Alguns creem que a frase hebraica, neste caso, significa “primeiros frutos maduros”, não havendo distinção quanto à estação do ano. Os figos bons são aqueles que foram levados para o exílio e cujos corações Deus sabia que se tinham mantido fiéis a Ele. Foram restaurados à terra e à prosperidade, depois do exílio, por causa da lealdade a Ele. Os figos ruins são aqueles que permaneceram na terra com Zedequias e que fugiram depois para o Egito, contra o mandado de Deus (2 Rs 23.34; Jr 42 ;43).

24.7 O cativeiro teve um efeito de separação da influência da idolatria de Canaã. Os outros serão destruídos por sua indiferença voluntária para com o castigo de Deus.

24.10 O senhor não deixa dúvidas em nossa mente sobre o fato que Ele controla os acontecimentos da história.

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