Rute 2 — Explicação das Escrituras

Rute 2 — Explicação das Escrituras

Rute 2 — Explicação das Escrituras

Rute 2


2.1 Senhor de muitos bens. A mesma frase é, muitas vezes, no original, traduzida por ”Homem valente” (e.g., Jz 11.1).
2.2 Apanharei espigas. Pouquíssimas oportunidades de ganhar a vida se ofereciam às viúvas pobres no antigo Oriente. Em Lv 19.9; 23.22; Dt 24.19, Deus mandou que a provisão fosse feita por elas mesmas apanhando espigas.
2.4 O Senhor seja convosco! Provavelmente, esta frase e a reposta de Rute eram saudações, mas não se encontram em outro lugar da Bíblia.
2.5 De quem é esta moça? No oriente, a moça pertencia ao pai, ao marido, ao irmão ou a um mestre se fosse escrava.
2.11 Deixaste... Lembra ao patriarca Abraão que, igualmente, abandonara a sua terra e sua família para se estabelecer em terra alheia.
2.14 Achega-te. O sentido da palavra hebraica é incerto. A Septuaginta traduz por ”amontoar”, significado aceito por vários comentaristas.
2.15 Gavelas. Provavelmente seriam os molhos, ainda não amarrados.
2.17 Efa. Comportava c. 16 litros, ótimo resultado do trabalho de apenas um dia no rebuscar espigas. • N. Hom. Justiça Social - a Atitude Bíblica: 1) É responsabilidade individual e não somente de governos (cf. Tg 1.27); 2) Sua fonte é o amor de Deus, sendo que o cuidado ao desamparado é reconhecido como uma recompensa vinda do Senhor (12), e não obra meritória do homem; 3) Deve atingir o homem como uma totalidade, não se limitando às necessidades do corpo, mas cuida antes de ampliar suas relações com Deus (12b; cf. Mt 4.4; Sl 91.1).
2.19 Aquele que te acolheu. Noemi achou que era impossível apanhar um efa de cevada sem manifestação generosa do proprietário do campo, onde Rute rebuscara as espigas.
2.20 Bendito seja ele do Senhor, refere-se claramente a Boaz. A frase seguinte também pode reportar-se a Boaz; o mais provável, no entanto, é que fale do Senhor, que age por seu intermédio. Um dentre os nossos resgatadores. Lit. “Ele é um de nossos goelim” (cf. Nm 35.19). A responsabilidade do goel (“parente resgatador”) era: 1) Evitar a alienação das terras que faziam parte da herança familiar (Lv 25.23-25), por meio do resgate; 2) Suscitar filhos para dar continuação ao nome de um parente que viesse a morrer sem deixar filhos, casando-se com a viúva. Era necessário obedecer à ordem do parentesco: irmão, tio, primo, etc. (Lv 25.48s).