Jeremias 3 — Comentário Devocional

Jeremias 3

3.1 Essa lei encontrada em Deuteronômio 24.1-4, determina que uma mulher divorciada que se casa novamente, nunca poderá voltar para seu primeiro marido. Judá se “divorciou” de Deus e se “casou” com outros deuses. Deus tinha todo o direito de rejeitar permanentemente seu povo obstinado, mas por sua misericórdia estava disposto a aceitá-lo de volta.

3.2 A frase “como o árabe [nômade] no deserto” significa que Judá correu para a idolatria como um ladrão árabe que se es conde e espera a fim de saquear a caravana que vai passar. A malícia havia contaminado a nação.

3.4, 5 Apesar de seu grande pecado, os israelitas continuaram a falar como se fossem filhos de Deus. Porém, o único modo de sê-lo era abandonar o pecado. Quando temos consciência de que fizemos algo errado, queremos abandonar o erro e aliviar a culpa que sentimos. Quando minimizamos nosso pecado, naturalmente não há mudança, continuamos pecando. Mas se considerarmos todas as nossas atitudes como erradas, uma séria ofensa contra Deus, começaremos a entender o que significa vi ver para Ele. Será que você simplesmente desprezou algum pecado em sua vida por considerá-lo pequeno demais para se preocupar? Deus diz que devemos confessar e abandonar todos os pecados.

3.6— 6.30 O Reino do Norte havia sido derrotado pela Assíria, e os líderes de Israel foram levados em cativeiro. A trágica lição dessa queda deveria ter feito o Reino do Sul retornar para Deus, mas Judá não prestou atenção. Jeremias exortou esta nação a voltar para Deus a fim de evitar um desastre. Esta mensagem foi pregada entre 627 e 621 a.C., durante o reinado de Josias. Embora o rei tenha obedecido às ordens de Deus, seu exemplo aparentemente não penetrou no coração do povo. Como este se recusava a arrepender-se. Deus disse que destruiria a nação por causa dos pecados e males do avó de Josias, o rei Manassés (2 Rs 23.25-27).

3.11-13 Israel sequer tentou aparentar obediência a Deus, e Judá manteve a declaração de fé, porém não foi sincero. Crer nas doutrinas corretas sem ter um compromisso sincero é como oferecer sacrifícios sem o verdadeiro arrependimento. A falsa conversão de Judá acarretou o cumprimento das palavras de condenação de Jeremias. Viver sem fé é inútil; expressar pesar sem mudança é hipocrisia. Compadecer-se pelo pecado não é o bastante. O arrependimento exige uma mudança de pensamentos e sentimentos, que resulta em mudança de comportamento.

3.12-18 O Reino do Norte enfrentava o cativeiro como castigo por seus pecados. Judá, sem dúvida, tratou Israel com desprezo por sua descarada heresia e degradação moral. Mesmo assim. Jeremias prometeu as bênçãos de Deus ao remanescente de Israel, contanto que se voltassem para o Senhor. Judá, ainda confiante em seu próprio pensamento, deveria ter se voltado para Deus após ver a destruição de Israel, mas se recusou. Jeremias surpreendeu Judá ao falar da promessa de Deus para o remanescente de Israel, caso este se arrependesse.

3.15 Deus prometeu dar a seu povo lideres cheios do conhecimento, sabedoria e entendimento, homens que o seguissem. O Senhor viu a falta de direção de Israel, por isso prometeu prover o tipo certo de liderança. Observamos e confiamos em nossos líderes para termos a orientação e o direcionamento de que necessitamos. Mas se não seguirem a Deus, farão com que nos desviemos. Ore para que haja lideres, em nossa nação, nossas comunidades e igrejas, que tenham o caráter de Deus, que sejam exemplares e nos tragam a sabedoria do alto.

3.16, 17 No reinado de Davi e de Salomão, Israel estava unido, o povo tinha um lindo Templo, onde adorava a Deus. Neste Templo, estava a Arca da Aliança, o símbolo da presença de Deus. A Arca continha as tábuas com os Dez Mandamentos (ver Êx 25.10-22). O Reino futuro não sentiria falta daqueles dias em que tinham a Arca, porque a presença de Deus, pelo Espírito Santo, estaria entre o povo.

3.22-25 Jeremias predisse que, um dia, quando a nação se unisse novamente, a verdadeira adoração seria restaurada, e o pecado seria visto como realmente é. Nosso mundo glorifica a emoção que vem da riqueza, da vitória e do prazer sexual, e ignora o pecado que está tão frequentemente associado à supervalorização dessas emoções. É triste que tão poucos vejam o pecado como realmente é: um engano. A maioria das pessoas não pode ver isto até que sejam destruídas pelo que tanto procuram. A vantagem de crermos na Palavra de Deus é que não temos de experimentar os resultados destrutivos do pecado.

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