Neemias 10 — Comentário Devocional

Neemias 10 apresenta um momento crucial de compromisso e renovação quando o povo de Jerusalém entra em uma aliança solene com Deus. Eles prometem cumprir Seus mandamentos e viver de acordo com Sua lei. Esse compromisso abrangente abrange vários aspectos de suas vidas, incluindo escolhas de casamento, observância do Dia do Senhor e apoio financeiro para o templo e seus serviços. O capítulo destaca a importância da participação ativa na fé e a importância de fazer escolhas intencionais para se alinhar aos princípios de Deus. Serve como um lembrete de que a renovação espiritual requer ações deliberadas e uma vontade de alinhar nossas vidas com nossas crenças.

A história de Neemias 10 tem uma aplicação moral para nós hoje. Assim como o povo de Jerusalém fez uma aliança de compromisso, nós também podemos refletir sobre as áreas de nossa vida em que precisamos fazer escolhas intencionais para viver de acordo com nossa fé. Isso nos leva a examinar nossos próprios compromissos com os princípios de Deus e nos desafia a dar passos concretos em direção à renovação espiritual. Este capítulo nos encoraja a abordar nossa fé com sinceridade e propósito, percebendo que nossas ações são um reflexo de nossa dedicação às nossas crenças.

10.28ss O muro estava terminado, e a aliança que Deus fizera com seu povo nos dias de Moisés foi restabelecida (Dt 8). Esta promessa tem princípios importantes para nós hoje. O nosso relacionamento com Deus deve ir muito além de nossa presença na igreja e de devoções regulares. Deve afetar os nossos relacionamentos (10.30), nosso tempo (10.31), e nossos recursos materiais (10.32-39). Quando você escolheu seguir a Deus, prometeu senti-lo deste modo. Os israelitas haviam se afastado de seu compromisso original. Devemos manter a promessa que fizemos a Deus, tanto em tempos de adversidade quanto em tempos de prosperidade.

10.30 Se o povo escolhido de Deus fosse testemunhar a favor dele em um mundo pagão, precisaria ter famílias unidas em mentes ao Senhor. Também precisariam evitar quaisquer tentações de adorar os ídolos daqueles que estivessem ao seu redor. Foi por isso que Deus proibiu o casamento entre israelitas e os habitantes pagãos da terra (Dt 7.3,4). Mas apesar de tudo os israelitas e os pagãos se casaram, e os resultados foram desastrosos tanto para as famílias como para a nação. Repetidas vezes, o casamento com estrangeiros levou o povo de Deus a idolatria (1 Rs 11.1-11). Sempre que a nação virou as costas a Deus, ela perdeu sua prosperidade e sua boa influência.

10.31 Deus reconheceu que a sedução do dinheiro colidiria com a necessidade de um dia de descanso; por esta razão, o comércio foi proibido dentro da cidade no sábado. Decidindo honrar primeiramente a Deus, os israelitas recusariam fazer do dinheiro o seu deus. Nossa cultura frequentemente nos leva a escolher entre a conveniência e o lucro de um lado, e fazer primeiro a vontade de Deus de outro. Olhe para os seus hábitos de trabalho e adoração. Será que Deus tem, realmente, o primeiro lugar em sua vida?

10.31 Cancelar todas as dívidas a cada sete anos era parte da Lei (ver Êx 23.10,11 e Dt 15.1,2). O povo estava recitando e prometendo obedecer à lei de Deus e manter a aliança.

10.32 O Templo havia sido reconstruído sob a liderança de Zorobabel, há aproximadamente 70 anos (Ed 6.14,15). Portanto, o imposto do Templo, as ofertas, e as festas haviam sido restabelecidos.

10.35 Esta prática foi instituída na época do êxodo do Egito (ver nota sobre Êx 13.12-14). O povo precisou aprender novamente a importância de dedicar a Deus a primeira parte de seu rendimento. Neemias estava simplesmente reabilitando esta prática dos primeiros dias da nação (Êx 13.1,2; Nm 3.40-51). Embora este princípio não tenha sido levado para a época do NT, o conceito de dar a Deus a primeira porção do nosso tempo, de nossos recursos financeiros e de nosso talento ainda permanece. Você dedica a Deus a sua primeira e o seu melhor, ou lhe oferece meramente o que sobra?

10.37-39 De acordo com a lei de Deus, o povo deveria dar um décimo de seu produto para o Templo, para o sustento dos levitas (aqueles que cuidavam do Templo e das observâncias religiosas). Um décimo do que os levitas recebiam ou produziam destinava-se aos sacerdotes, para o seu sustento. O princípio em uso era destinado a assegurar o sustento da casa de Deus e de seus obreiros. Não devemos ignorar a responsabilidade que temos de sustentar os obreiros de Deus em nossos dias.

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